65º Capítulo

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Ruan narrando:

Então, fui pro meu rancho e era a ultima vez que eu ficaria lá, porque tenho planos de morar em um lugar com um alguém. Fiquei conversando com Peralta e expliquei o porquê de ter mudado os meus planos e ele ficou meio confuso e de começo surpreso, mas depois ele me entendeu e isso foi bom, porque eu achei que ele não ia ficar tão de boa como ficou. Então eu tomei um banho e a tarde já tinha chegado, faltava tão pouco tempo para que eu fosse buscá-la, dei um "adeus" ao meu rancho e o tranquei, fui pro carro e peguei o caminho para a casa dela.

Isabelle narrando:

Eu não conseguia nem comer pensando em como ia ser com Ruan, foi mágico demais o que havia acontecido e o que estava acontecendo. Coloquei um vestido florido soltinho, e soltei o cabelo, me senti tão feliz. Faltavam 10 min. e eu sai para esperá-lo na porta e enquanto esperava um cara veio falar comigo, não conheço, nunca vi:

— Oi garota, você pode me informar uma coisa? - Perguntou me olhando.

— Ah, se eu souber, posso. - O olhei.

— Quem é Isabelle? - Perguntou me olhando, que estranho, sou eu.

— Ah, sou eu. Por quê? - Ele sorriu meio estranho.

— Tão bonita, eu tenho uma coisa pra fazer e é com você. - Ele juntou os dois dedos da mão e me deu um tapa no rosto.

— Ai! Qual é a sua? Por que está fazendo isso? - Perguntei com a mão onde ele deu o tapa, eu não entendia nada. Estava começando a morrer de medo.

— Eu tenho ordens pra te fazer mal. - Ordens?! Ele colocou um soco inglês na mão e deu um soco em mim, só lembro de ver sangue espirrar e melar toda a calçada, neste momento minha vista escureceu e eu não lembro de mais nada.

— Qual é a tua parceiro? - Disse Ruan indo pra cima dele, então o sujeito correu entrando no carro, e não deu tempo de Ruan alcançar.

Ruan narrando:

— Isabelle! - A balancei, colocando-a em meus braços - Eu vou descobrir quem é esse filho da puta, ah se vou. - Prometi pra mim mesmo, a testa dela estava cortada, e sangrava muito, eu liguei pra Marechal e pedi um auxilio de hospital que poderia levá-la e ele me deu uma refência de uma cliníca. Em pouco tempo Marechal chegou e eu fiquei na porta do quarto onde ela estava.

— Ruan, o que aconteceu com ela? Eu não entendi o que quis me dizer. - Perguntou me olhando.

— Um cara... Não sei se estava assaltando ela ou se estava fazendo porque queria, mas ele a machucou. - Eu me sentia fracassado, minha garota passava mal, porque um filho da puta bateu nela.

— Ele a machucou muito?

— Não, só no rosto. Ele ia machucar mais, mas eu cheguei e ele fugiu. - Marechal me olhou um tanto tenso.

— Tenho que avisar a mãe dela. Você tem algum problema? - Eu ia encará-la, eu não estou afim de me esconder de ninguém.

— Avisa, eu quero até vê-la, porque eu vou ser sincero com ela. - Então Marechal pegou o celular e ligou para ela, ela avisou que logo estaria ali.

Então alguns minutos depois uma enfermeira me disse que ela estava estável, levou alguns pontos na testa para que fechassem o corte feito pelo soco, na certa ele tinha algo nos dedos, porque soco dificilmente corta. Marechal chamou Hellen e ela disse que não poderia vir porque estava fazendo compras com a mãe de Pietro para a viagem de Isabelle, que tipo de mãe é essa? Eu queria tanto que ela vinhesse pra eu enfrentá-la. Marechal abominou a ação de Hellen, então depois de um tempo Isabelle acordou e ela estava bem, eu e Marechal fomos os primeiros a vê-la e ela nos disse como aconteceu, um homem chegou do nada e bateu nela, então não foi um assalto, alguém quis fazer isso e tinha em mente a muito tempo. Ela teve alta e foi para casa de Marechal, não a vi. Eu tinha algo muito importante pra fazer!

Eu fui até a casa de Isabelle e chamei no portão, Marques veio me atender, de começo não quis abrir, mas eu insisti e ele me deixou entrar, combinamos que se a patroa dele perguntasse eu diria que forcei a minha entrada. Quando adentrei, logo vi a mãe de Isabelle sentada no sofá conversando com Pietro, eles não me viam, mas de onde eu estava ouvia boa parte do que eles falavam e achei tão interessante:

— Ela desistiu de viajar comigo pra ficar com o motoqueiro. - Aaah, o motoqueiro? Maldito filho da puta!

— O que? Pietro, não tem sentido, minha filha deixou essa ideia de lado a muito tempo. - Ao lado do sofá tinha uma cadeira de rodas, lembrei que Léo tinha dado um tiro nele e associei.

— Eu não sei se você não quer acreditar, mas quem sai uma vez, sai duas. Ela me disse hoje que não vai comigo... Não tem como. - Disse e ela ficou odiosa.

— Minha filha não vai ficar com ele, nunca! Você sabe que eu abomino essa ideia. Tem que tirá-la daqui, tem que tirá-la. - Essa mãe dela é uma vadia.

— Eu? Senhora eu tentei muito. Se quer que ela vá, dê um jeito de forçá-la a ir. - Eu não ouvi isso. Que tipo de mãe é essa? E é por essa mãe que a Isabelle fez tudo aquilo?

— Forçá-la? Quer que a gente faça ela ir sem saber?

— Se não for assim ela não vai, ou então liquida o motoqueiro. - Liquidar?! Eles tentem... E eu faço fumaça com todo mundo. Então eu me aproximei deles.

— Eu não posso matar o motoqueiro, mal sei de onde ele é.

— Ele mora no suburbio e vive sozinho, se quiserem eu dou o endereço pra vocês, trouxas! - Disparei e a mãe dela se surpreendeu, junto ao riquinho.

— O que é isso? O que esse marginal está fazendo aqui? - Perguntou Pietro e eu dei um sorriso siníco.

— Belo carro, esse seu. - Disse apontando pra cadeira de rodas.

— Como você entrou? MARQUES! - Gritou e eu os olhei.

— Vocês são um complô né? Ridículos, planejando a vida dos outros, como se fossem donos de todo mundo. Vim pra dizer que eu não estou nem ai pro que você acha Hellen, você é uma vadia e devia parar de agir como uma fútil de 2 anos de idade! E olha que eu conheço muita gente fútil, mas você mostrou que é bem mais. Isabelle não vai com esse mané, e não vão levá-la a força. Ela não é mercadoria - Ela me olhou odiosa.

— Você não vai ficar com minha filha, você não vai! Ela nasceu pra riqueza, não pra morar debaixo da ponte com um motoqueiro infame. - Gritou e eu falei mais alto que ela.

— É DESSE MOTOQUEIRO INFAME QUE ELA GOSTA, É ESSE MOTOQUEIRO INFAME QUE FAZ ELA SUSPIRAR AOS ALTOS. - Pietro me olhou odioso - E VOCÊ? PERDEU NÉ? ELA FOI DIZER NA SUA CARA QUE É COMIGO QUE ELA QUER FICAR? LAMENTO DONZELA, LAMENTO MUITO!

— MARQUEES! - Gritou alto Hellen, e eu ri dela.

— Dona Hellen perde pro pobretão do suburbío, junto com o seu preferido. - Disse com irônia e Pietro retrucou.

— Se ela escolher ficar com você, é um problema dela, quem vai se arrepender não sou eu. - Eu olhei pra ele e apertei seu pescoço com força.

— Então não fique como um bebê chorão mendigando um pouco dela. - Disse o encarando, então o soltei e Marques chegou.

— Sim senhora? - Disse me olhando e ela o olhou.

— Você! Por que deixou esse moleque entrar? Por quê? - Perguntou e ele ficou um tanto desconcertado.

— Eu quis entrar, e se Marques me impedisse eu ia fazer mal a ele, então ele não negou... - Ela me olhou.

— Você é mesmo um marginal! Saia da minha casa, eu não quero você perto da Isabelle, minha filha nasceu pra ficar ao lado de gente fina, de pessoas que podem dar luxo. Não com você. - Isso me fez ter vontade de esbofeteá-la, mas me conti.

— Isso é o que vamos ver, sogra... - Disse dando as costas e saindo.

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora