- Você não é a única nesse barco. - Fiz carinho em seu rosto me deitando sobre a cama, ela também se debruçou, ao meu lado.
- Não? - Me olhava como uma menina curiosa por me conhecer mais.
- Eu não posso te ferrar, só porque eu sou ferrado. Você é uma garota de classe alta, é muito diferente de mim, isso nos separa muito. - Falei com uma expressão séria.
- Não posso pensar nisso, até mesmo porque eu te quero independente dos poréns. - Ouvia aquilo, e me matava por dentro. Eu acabo de ferrá-la. Fiz com as mãos uma encenação como se algo acabasse de explodir.
- Estamos fodidos, Isabelle. Bem fodidos. - Ela beijou meu rosto com um sorriso.
- Meu amor. - Falou rindo.
Pietro:
Estava entediado em meu apartamento, tinha levado algumas garotas mais cedo para lá, mas apenas para dar conversar, afinal eu tenho que me controlar em só ir à que eu realmente quero, Isabelle, exatamente a que eu quero e agora é a hora de conseguir isso, ela está frágil por culpa da separação dos pais dela e isso me ajuda no critério de ser um ótimo cara, eram 23h20min e eu pensei em ligar para ela, para falar "Estou com saudade de você", precisava continuar "vendendo o peixe".
- Alô, Isa? Se eu te acordei, mil desculpas.
- Isabelle não está em casa, querido. - Falou a mãe dela, mas o que a mãe dela está fazendo com o celular dela? Que coisa mais estranha.
- Ah, desculpe. Jurei que era ela. - Fiquei meio desconsertado, mas sentia vontade de saber onde ela estava uma hora daquelas, será que está em alguma festa? Ou com Fabíola?
- Não sei pra onde ela foi, pensei que estivesse com você, não sei, que ia dormir ai. - Falou a mãe dela, que velha mais vadia jogando a garota para mim como se nada importasse. Ela realmente é uma mãe peculiar.
- Sério? Não ela não veio dormir comigo não... - Disse em tom meio irônico, mas nada que fosse para ela perceber.
- Estranho, muito estranho. Meu querido, quando ela chegar com certeza eu aviso que quis falar com ela, pode deixar.
- Claro, diga isso a ela. - Onde ela está? Espero que esteja com as amigas... Eu espero! Me despedi e desliguei.
Onde a Isabelle está? Essa garota é cheia de artimanhas, mas isso me faz me sentir ainda mais atraído por ela, fiquei deitado naquela cama confortável pensando em como seria se eu e Isabelle assumíssemos algo, seríamos um casal e tanto! Acabei dormindo com todo aquele tédio dominante.
Ruan:
Ela ficou muito a vontade, se soltou bastante, me contou muito sobre sua vida, sobre os seus problemas e isso me fez ficar ainda mais interessado em conhecê-la. Eu quis levá-la em casa, era muito tarde, e ela me surpreendeu com sua resposta "- Dormindo juntinho, cabe!" aquilo me fez rir por segundos, eu a deixei dormir comigo, eu não ia levá-la mesmo. Nem se ela quisesse. Aquilo era bom demais pra ser real.
Acordei mais cedo que ela e comprei algumas besteiras para comermos, passei uns 15 minutos fora e quando voltei, ela continuava dormindo:
- Isso vai dar merda, mas eu vou fazer de tudo pra que não te afete. - Afirmei a olhando dormir, ela estava com a minha jaqueta, ficava perdida dentro dela, já acordava, abrindo os olhos, talvez embaçados.
- Nossa... - Ela se esticou e olhou em minha direção, estava sentado em uma cadeira, tomando uma dose de uísque.
- Que foi? - Perguntei a olhando.
- Nada. O que está tomando? - Perguntou se sentando na cama e ficando de frente para mim.
- Uísque. Quer? - Levei o copo até a boca dela e ela segurou o copo com suas mãos, me olhando, ela ia cuspir tudo, aquele uísque é bastante forte, observei-a tomar um gole e começou a me olhar fazendo careta. - Que foi gatinha? - Dei uma risada. - Ela correu pro banheiro e cuspiu tudo na pia.
- Ai... - Tossiu algumas vezes. - Que horror! Definitivamente não é o café da manhã apropriado.
- E é tão fraco... - Disse com ironia e ela me olhou.
- Fraco... isso é horrível! - Disse ainda cuspindo na pia, fui até ela e entreguei-lhe água.
- Toma. - Disse e ela pegou a garrafa, tomando a água. Eu peguei algumas coisas que havia comprado para comer. - Aceita tomar café da manhã com este humilde cavalheiro? - Eu até ri com isso, ela me olhou como se estivesse surpresa.
- Será uma honra, motoqueiro.
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Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)
RomansaAs diferenças gritavam entre os dois, enquanto ela era o acerto dele, ele seguia sendo o erro dela. Ruan é um motoqueiro acostumado com as ruas e os desafios duros da vida, conseguindo tudo com muito esforço. Enquanto Isabelle é a primogênita com um...