56º Capítulo

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— Não tinha chance de defesa, ela estava com muita raiva! - Afirmei e ela deu as costas.

— Ruan, você ama ela.

— E o que isso tem haver? - Ela virou se aproximando de mim.

— Nunca vai deixar ela pra lá.

— Eu não sei do que vai acontecer, isso não é comigo. - Ela interrompeu.

— Mas eu não sou e nunca serei ela! - Eu fiquei em silêncio - Você é tudo que eu sempre quis, é um cara decidido e meu Deus, você é incrível. - Eu a olhei.

— Incrível? Eu sou um perfeito erro. - Conclui e ela me abraçou.

— Perfeito erro... -  Sussurrou.

Já era tarde e eu me despedi dela, fui pro meu rancho e pude pensar melhor nas coisas, de cabeça quente você não pensa em nada e lembrando da imagem que eu vi de Isabelle brigar com Andressa, me fez pensar que ela se sentiu muito enraivecida ao ouvi-la dizer que esteve comigo. Afinal, Isabelle que pediu pra que eu a deixasse e ela faz isso, ela fez aquilo pelo Pietro, só pra defender ele, que namoral devia ter morrido no fogo. Eu tomei um copo de whisky pra ver se ficava mais leve, e dormi um pouco, com dificuldade pra dormir, um filme passava em minha cabeça.

Pietro narrando:

Eu já tinha tudo combinado para minha viagem, não quero ficar no Brasil, principalmente por que já me ferrei muito nessa história. No fim eu consegui trazer Isabelle pro meu lado, nesse último mês minha vitória foi concretizada. Acordei as 10 h e eu ia visitar Isabelle pra falar sobre a viagem, vestia uma camisa quando ouvi os toques na porta:

— Hum? - Perguntei e o cara me olhou.

— Você é Pietro né? - Perguntou e eu não conhecia aquele cara.

— Sim... O que você quer? - Ele riu.

— O que eu quero? Eu quero te dizer que foi muita má sorte me encontrar, porque eu fui o motoqueiro que passou sete meses em coma por sua culpa. - O que?

— Não tenho tempo pra brincadeiras, não tenho. - Eu tentei fechar a porta e ele empurrou a porta com a mão adentrando.

— Maldito. - Disse alto.

— Velho, não vamos ter acerto de conta... Aquilo passou e... - Ele tirou um revólver da calça e apontou pra mim.

— Pera ai... Pera ai, abaixa essa arma! A gente faz um acordo e eu te dou um dinheiro bem gordo. - Ele riu.

— Dinheiro? Não tenho preço, desgraçado. - Ele continuou com a arma apontada.

— Para! Numa boa... - Eu entrei em desespero e ele disparou contra mim.

— Isso é pra aprender a não tentar tirar a vida de ninguém, se meteu com a pessoa errada. Perdi sete meses da minha vida. - Eu o ouvi pela última vez, meus olhos ficaram escuros.

Isabelle narrando:

Eu pensei em Ruan a noite inteira sem excessão, era tudo tão confuso, tão bagunçado, meu coração batia mais forte quando eu estava com ele e meu sangue corre mais rápido. Eu tinha vontade de gritar pra ele o quanto eu tenho vontade de ficar com ele, mas não sei o que há, eu não tenho força o bastante. Depois de brigar com alguém, ele devia ter certeza do que eu sinto. Dormi pouco e acordei cedo, fiquei com a Anne no jardim falando sobre Miami e suas belezas, já eram 10 h e a Anne tinha balé, minha mãe estava no escritório e eu não tinha pra onde ir, decidi visitar Fabíola, mas quando saía minha mãe me chamou pra me falar com muita preocupação e aflição que alguém tinha atirado em Pietro. Ruan! Não posso acreditar que Ruan tenha tentado matar ele de novo, não posso! Pietro estava em estado grave e tinha sofrido uma cirurgia para remoção da bala alojada em seu abdomém, o médico não deixou de nos contar que a bala havia atingido parte de uma das suas vértebras, eu e minha mãe fomos pro hospital em que ele estava, no mesmo que ele tinha estado a pouco tempo, a aflição de toda a família dele e pela segunda vez eles passavam pelo trauma de uma tentativa de assassinato, Ruan vai me ouvir! Vai me ouvir! Então após um bom tempo foi dito que Pietro já estava em um quarto normal, minha mãe e a mãe dele foram almoçar e eu e Maurício ficamos, após isso Fabíola chegou:

— Gente, eu soube o que aconteceu... - Disse me olhando.

— Pois é, outra vez Pietro quase morreu. - Disse Maurício.

— Fabíola, já imagina de quem eu desconfio né? - Disse e ela sentou-se ao meu lado.

— Amiga não pode ser que ele tenha tentado outra vez! E por que ele faria isso agora? - Não sei! Ruan é um obcessivo vingativo.

— Não sei, acho que por ter o prazer de fazer mal a uma família. - Maurício não entendia a conversa.

— Do que vocês estão falando? Vocês desconfiam de alguém? - Fabíola ia dizer que não, e eu a interrompi. 

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora