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Marília.

Vermelhinho: Beleza, se liga só.— Cocou a cabeça e eu olhei pra ele.— Seis anos, tem alergia a chocolate, nem que ela rasteje no chão tu pode oferecer pra ela. Tv no máximo três horas e dependendo do desenho ainda, nada de bagulho de louco. Ela prefere banho frio, e se tu deixar ela vai tá debaixo da água o tempo todo.— Colocou as mãos na cintura pensativo.— E ela acorda umas nove horas, tá de férias essa semana e tá suave. Jae?

Marília: Comida?

Vermelhinho: Café da manhã um sanduíche com achocolatado, se ela pedir mais algum bagulho tem bolo. Almoço é o horário que eu vou tá parando em casa, então fica tranquila. Vai ter sempre um menor deixando os bagulhos aqui pra vocês, do café, almoço e janta. Qualquer bagulho, me liga e eu resolvo.

Marília: Beleza.— Cocei a cabeça, impressionada por ele ser tão responsável, achava que ele era mais vida louca, nem aí pra nada.

Vermelhinho: E outro bagulho, tô ligado que tu brigou com o Deco por essa parada, mas assim pô, não te chamei aqui na maldade. Tava gastando contigo esses dias mas é sobre minha filha então é parada que eu levo a sério, beleza?! — Balancei a cabeça.— Não confio muito nas meninas daqui, da última vez roubaram altos bagulhos meu.

Marília: Tudo bem, Matheus é meio maluco...— Vermelhinho soltou uma risada.

Vermelhinho: Ele só tá te protegendo... Danda tá dormindo agora, ela gosta de dormir no meu quarto, tu pode dormir com ela lá.— Confirmei.— Vou resolver meus bagulhos, mas papo reto, qualquer coisa me liga.

Marília: Fica tranquilo.— Fiz legal pra ele.

Ele apontou pra um celular em cima do sofá e eu semicerrei os olhos vendo ele sair sem falar nada e eu pulei em cima do celular, peguei sabendo que provavelmente era obra do Matheus e fui pro quarto onde a Danda estava dormindo.

Depois de abrir quase todas as portas eu achei, e entendi o porquê dela gostar mais desse quarto. Tava em geladinho, a cama parecia coisa de filme, tinha um televisão enorme e até uns jogo na parede, dardos.

Fiquei impressionada em como era cheiroso também, me sentei no sofazinho que tava no canto e comecei a mexer no celular, fiquei ali que nem vi o tempo passar. De contato salvo tinha apenas o Vermelinho e outro número, porém só estava salvo sem nome. Desconfiei que seria do Matheus e apenas ignorei, indo procurar se eu ainda tinha algum dinheiro, pra poder começar minha vida. 

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