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Deco.

Bagulho tava estranho, tava tudo muito calmo, Delegado tava na calada. A gente ainda deu um susto nele, bateu no carro e foi bagulho suave. Mas eu tava preparando os moleques, porque sabia que quando chegasse, ia ser papo de guerra.

Entrei no quarto olhando em volta e joguei a cabeça pra trás estralando o pescoço, olhei as coisas da garota estavam tudo no mesmo lugar mas eu tava perto de jogar essas paradas tudo dela na porta do Vermelhinho.

Mas passei direto pro banheiro e tomei um banho, quando tava colocando minha roupa e ia me jogar na cama, coroa bateu na porta. Me arrastei pra abrir e ela me olhou com um sorrisinho.

Ana: Quer ir jantar? Tô com uma vontade de comer a lasanha lá do barzinho.— Encarei ela.

Tava cansadao, passei a manhã descendo e subindo com os moleques atrás de corre, o sol tinha queimado minha mente toda.

Mas eu confirmei com a cabeça e falei que ia trocar de roupa, peguei qualquer bagulho e sai com ela de moto, quando a gente chegou, ela entrou e foi direto conversar com a dona daqui, era maior amigona dela.

Eu me sentei numa mesa e fiquei mexendo no celular esperando ela parar de fofocar sobre tudo no morro pra gente poder comer... Mas eu escutei a moto chegando, junto a uma risada do Vermelhinho, quando olhei pra rua vi o Gl descendo da moto, e do lado dele tava Danda, Vermelho e Marília.

Fechei a cara pra geral na merma hora, mas assim que a Danda me viu veio correndo pra cima de mim, abracei ela colocando em cima da minha perna e ela agarrou meu pescoço.

Danda: A gente ia te chamar pra comer também, mas meu pai falou que você tá doido.— Falou beijando minha bochecha.

Deco: Besteira pô.— Falei pra não xingar o pai da garota pra ela.— Que cabelo lindo cara.

Danda: Lila que fez.— Apontou pra Marília, que tava de cara fechada pra mim, mas sorriu pra Danda.— Vamos sentar todos juntos.

Vermelhinho nem esperou, sentou de frente pra mim, Gl também sentou e dona Ana veio sentando na ponta, de um lado tava o Gl e do outro eu. Danda segundo na outra ponta e Marília sentou do meu lado, afastando a cadeira.

O perfume dela era diferente, não era tão doce, ainda era maneirinho. Mas nem chegava aos pés do outro, bagulho doido.

Vermelhinho: Nem se fosse combinado teria dado tão certo.— Apontou pra minha mãe..— Né não, tia?

Ana: É verdade, janta em família.— Sorriu pra mim e pro Gl, os dois estavam de cara fechadas mas eu balancei a cabeça pra ela, e ela olhou pra Marília, que percebeu.

Marília: Se eu estiver incomodando a senhora, posso sair sem problemas.— Falou encarando minha mãe e eu olhei pra ela.

Ana: Não falei nada.— Levantou as mãos em rendição.

Danda ignorou todo mundo e começou a falar que tava com fome, geral pediu um bagulho e só quem falava era a Ana, Vermelhinho, Danda e Gl e as vezes.

O bagulho foi chato, eu não tava a vontade ali e pelo visto nem a garota, ela foi a primeira a comer e pediu licença saindo da mesa, ela foi pra parte de fora e eu consegui ver ela sentando no banquinho e negando com a cabeça sozinha.

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