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Marília.

Quase duas semanas depois, a gente conseguiu trazer a Alana pra casa. Mas antes, tive que fazer documento por documento, polícia foi atrás da Bárbara por suposto abandono de incapaz e no fim, eu sei que estava uma confusão enorme. Mas eu não me importava com o resto, Alana estava segura comigo, e estávamos em um processo de adoção pra oficialmente ela estar no meu nome, e isso era questão de alguns meses, mas já estava tudo fluindo bem.

Em meio disso, foram quase duas semanas sem ver o Matheus direito. Como tudo envolveu polícia, não podiam nem sonhar com ele perto da gente, inclusive já tive visita de uma assistente social e tive que arrumar tudo pra parecer que eu morava sozinha, foi chato mas foi bem necessário.

Quando cheguei em casa tava tudo escuro, entrei procurando por ele mas ele não estava. Coloquei a cadeirinha da Alana em cima da cama e mandei mensagem, mas ele nem respondeu.

Eu queria tomar um banho, descansar um pouco porque meu corpo chega doía de tanto cansaço. Então coloquei a Alana no banheiro e tomei um banho rápido, porque ela resolveu chorar quando eu fui passar o sabonete.

Marília: Cadê o seu titio que não dá sinal de vida? — Falei conferindo a hora, pra dar o leite dela.

O que eu consegui graças ao estoque do hospital e só daqui um mês eu poderia começar a tentar colocar ela pra tomar o leite de lata. Eu já estava vestida e dando a comida dela quando o bonito apareceu, o cheiro de whisky me fez querer vomitar, ele me olhou com os olhinhos vermelhos e coçou a cabeça, dando uma risada.

Deco: Nem lembrava de vocês.— Fechei a cara.— Que vocês iam chegar hoje cara, quis dizer isso.

Marília: Ô Matheus, tô cansada! Toma banho e fica quietinho, ou volta pra onde você tava.— Falei respirando fundo.

Deco: Desculpa.— Deu uma risadinha, e tentou ficar sério, mas sorriu de novo.

Olhei pra Alana que devorava o leite e ele passou pro banheiro, quando ela terminou me levantei e fiquei balançando ela, esperando ela arrotar e dormir. Ela já tava quietinha a ponto de estar mole quando maior barulho saiu do banheiro, Alana tomou um susto, eu tomei um susto e o Matheus soltou um palavrão.

Deco: Foi mal, desculpa.— Falou do banheiro.

A bebê começou a chorar e eu sai do quarto encostando a porta, abri a porta da frente onde eu tinha comprado só o berço dela e um armário pra deixar as roupas, faltavam muitas coisas, já que ela veio precocemente. Quando liguei a luz, era uma bem fraquinha, acredito que pra não incomodar ela.

Mas quando eu entrei, o quarto já estava pintado, uma das parede estava com papel de parede de arco íris, enquanto as outras estavam um rosinha bem claro.

Tinha uma cadeira de amamentação e na parede umas prateleiras cheias de fraldas, tudo organizado, sem contar que o cheiro do quarto estava impecável. Eu balançava a Alana no meu colo enquanto observava tudo, abri as gavetas e quando eu sai daqui, só tinha mais roupinhas, e agora havia mamadeiras, brinquedos e até a chupeta.

Abri um sorriso e coloquei ela no berço, que antes era só um colchão, agora tinha uma proteção de canto a canto e um brinquedo pendurado em cima.

Coloquei ela lá e ela permaneceu quietinha, decidi não desligar a luz já que era tão baixa, que não era um incômodo, e até melhor pra mim quando ela chorasse de madrugada.

Voltei pro quarto e o Matheus já me olhou com cara de cachorro abandonado, passei por ele e me deitei, sentindo o peso em cima de mim.

Deco: Passei o dia ajeitando o quarto, quando a gente terminou aproveitou que era aniversário do Vermelhinho e foi beber, foi vacilo.— Falou beijando minha bochecha e eu passei a mão nos olhos.

Marília: O quarto ficou lindo.— Ele sorriu.— Não teve bolo nessa festa do vermelhinho?

Deco: Ele só vai comemorar de verdade sexta.— Hoje era segunda.— Hoje foi só uma desculpa.

Marília: Eu só preciso dormir por 12horas no mínimo.— Falei empurrando ele de cima de mim.— Se ela acordar, o que vai acontecer, o leite tá na geladeira, é só esquentar, esfriar um pouco e dar, tudo bem?

Deco: Eu tô ligado nesse esquema, ajeitei a cuidar da maioria dos filhos do Vermelhinho.— Sorri fraco.

Ele me deu um beijo calmo, mas pela mão dele eu já saquei a intenção, segurei a mão dele e ele afastou a boca da minha me olhando. Matheus sorriu pra mim e eu encarei ele, que voltou a me beijar subindo em cima de mim.

Deco: Um amorzin suave filhona, vai te levar no céu.— Me olhou novamente.— Maior saudades de você aqui comigo.

Confirmei me deixando levar pelo involuntário, ele desceu a boca pro meio das minhas pernas e eu relaxei por completo, nem me dei o trabalho de fazer algo. Quando senti o Matheus entrar em mim, senti que ele tava sem camisinha, e pelo visto ele lembrou e saiu de dentro de mim se afastando.

Ele me olhou com maior carinha de pedido de desculpa, mas eu ignorei e puxei ele de volta, vendo ele penetrou novamente sem se importar muito. Fizemos um amor gostoso como prometido e ele gozou fora, o que eu não sei se iria adiantar de algo, mas ele estava certo, não me cansou, me fez relaxar com o amor tranquilo ali.

Depois só me virei e fui dormir, ignorei todo resto, qualquer sujeita, só quis deitar e dormir. Mas ele me arrastou pro banho, praticamente deu banho em mim e eu finalmente pude dormir, relaxei tanto que não sei nem se a Alana acordou, ou se ele deu conta, mas sei que eu pelo menos estava descansada.

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