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Marília.

Sinceramente? Fazia bons dias que eu não sabia o que era tristeza, o que chorar de medo ou algo assim. Eu estava segura, estava nos melhores braços que alguém poderia me oferecer. Estava vivendo meu conto de fadas, meu era uma vez, e torcia pra ter um final feliz...

Mas quando eu olho bem nos olhos do Matheus, quando ele sustenta o olhar, eu vejo tanta coisa e vejo um nada.

A forma que ele me olha me faz sentir a sensação de liberdade, enquanto tudo que eu quero que ele sinta de mim é a sensação de estar junto.

Mas estávamos juntos?

Eu sei, nossa rotina era a mesma, estávamos namorando sob o mesmo tempo há um mês, dormia e acordava com ele, sem brigas, mas, estávamos juntos?

Era só da porta pra dentro?

Não sabia da vida dele la fora, preferia não saber, não escutar nada. Matheus nunca me prometeu fidelidade, nunca vou cobrar ele nesse ponto, porque eu não me sinto cobrada por isso, sabe?!

Sinto que estamos em tanta sintonia, numa sintonia que é só nossa, ele me fez sentir que não tem mais ninguém, mas as vezes me faz duvidar.

Isso me importava? Eu iria embora em alguns meses, iria cumprir nossa promessa.
"Um mês de sexo e depois a gente some da vida um do outro."

Estávamos seguindo bem...

Não queria ir pra baile nenhum, já sabia que estava organizado desde segunda. Estava meio receosa de estar no meio de várias pessoas, mas foi só ele falar que me queria lá, que eu não disse não.

Eu só fui me arrumar, deixei o cabelo cacheado que ele gosta e usei meu perfume que sabia que ele gostava, ou parecia gostar.
Vesti o perfume que ele me comprou porque disse que "vai ficar maneirão." e realmente ficou...

Deco: Tá igual uma princesa.— Falou entrando no quarto.

Ele me lembrou da noite que a gente se conheceu, vestido todo de preto, sua correntinha que destacava. As tatuagens aparecendo e fez me lembrar da sensação de ver ele pela primeira vez.

O embrulho no estômago, a confusão porque ele tava atrapalhando minha ida ao banheiro, o perfume forte que me fazia querer sentir cada vez mais.

As borboletas estavam voando.

Marília: Eu te comprei um presente.— Falei animada.

Com o dinheiro que eu ganhei do Vermelhinho, comprei uma blusa pra ele. Quando entreguei ele me deu um sorriso de canto, igual no dia que nos vimos pela segunda vez, o sorriso que me fazia quebrar por inteiro.

Marília: Não precisa trocar...— Falei sem nem conter o sorriso ao ver ele tirando a blusa que usava.— Vai quebrar seu look preto.

Deco: Tranquilo.— Falou colocando a blusa polo branca, caiu perfeitamente bem.

O branco combinava bastante.

Fui até ele abraçando e beijei o Matheus, ele segurou minha cintura, sem pressa, como nosso segundo beijo, no primeiro ele quis me devorar. Quando me afastei, olhei nos olhos dele.

Os olhos quem davam liberdade.

Beijei a ponta do nariz dele e ele abriu um sorriso calmo, encarei aquele sorriso e fiz uma careta fechando os olhos, ele deu uma risada e continuou me segurando.

Marília: Eu amo você.— Abri os olhos, e abri um sorriso.

Ele fechou o sorriso dele.

Matheus me encarou, seu olhar desviou do meu e ele beijou e cheirou meu pescoço, voltando a me olhar.

Deco: Te amo, cheirosa.— Soltei uma risada leve.

Abracei ele mais uma vez, eu amava o abraço.

Ele segurou minha mão e a gente se olhou no espelho, eu estava tão feliz, ele aparentava estar da mesma forma.

Deco: Meia hora de atraso? — Falou jogando a cabeça pra trás, enquanto subiu a mão pra minha bunda.

Marília: Por mim a noite toda.— Choraminguei e ele tirou a blusa.

Matheus foi necessitado fechar a porta, apesar de só estamos a gente em casa. Ele ligou o ar condicionado e eu deslizei minha calcinha, tirei o vestido e ele descia o resto da roupa. Matheus me beijou me colocando na cama e beijou todo meu corpo, sua língua encontrou minha intimidade e eu não conseguia me controlar aos toques dele, como na nossa primeira vez.

Me entreguei a cada toque dele, ele sempre soube fazer. Quando chegou a minha vez ele me olhava com a mesma carinha de sempre, "me chupa, filha da puta." fora outros palavrões que ele com toda certeza se proferia a mim. Então eu desci a boca pelo pau dele sem aviso prévio, escutando o melhor gemido possível.

Filho da mae gostoso de todas as formas... Depois de longos preliminares ele me arrastou pro colo dele, senti seu membro quente em contato com o meu, eu não conseguia nem fingir, estava totalmente entregue ao Matheus.

Marília: Essa é a melhor sensação do mundo...— Como na primeira vez...— Ainda mais quando eu me sinto uma maluca apaixonada por você.

Ele abriu um sorriso de canto em meio a boca aberta, me beijou enquanto entrou totalmente em mim e eu joguei a cabeça pra trás.

Deco: Te amo, filha da puta...— Sorri de canto a canto.

Em menos de uma semana antes, eu tinha falado pro Matheus que sentia falta das sensações do início, o medo, a adrenalina, as emoções... E era engraçado como ele conseguiu me fazer tudo de novo, da melhor maneira, como se fosse nossa primeira vez.

Eu amava esse conto de fadas, eu amava nossa história que nem se quer era uma história direito, eu simplesmente amava quem eu não deveria nem chegar perto, eu estava totalmente entregue a ele...

Era Uma Vez Onde histórias criam vida. Descubra agora