Your Song - Elizabeth Olsen/You

Capítulo 58

Um minuto parecia horas, o silêncio se instalou. Era muito coisa a se processar principalmente para nossa jovem S/n. Tadinha, oh vida sofrida. No hospital o silêncio é quebrado pelo Robert.

— Meninas, vão para casa e descansem eu fico aqui esperando notícias da Lauren, qualquer coisa aviso vocês.

— Tem certeza? - ele assente que sim - Então vou pra casa, minha cabeça chega a doer de tanta informação. - diz Brie.

— Vou junto com Brie, qualquer coisa liga pra gente. - diz Florence

— Tudo bem... Lizzie você também deveria ir, eu espero alguma de vocês voltarem para ir embora. - Lizzie suspira.

— Eu sei, só não queria deixar a Lauren sozinha até que S/n chegue.

A verdade que Lizzie temia pela reação de sua esposa, ela sabe o quanto a esposa odeia mentiras e tem medo que a própria não entende o seu ponto de vista na história e acabe a odiando por isso.

— Você deveria ver como ela está, essa altura a Scarlett já deve ter contado pra ela que está viva. - diz Robert

— Robert tem razão Lizzie, ela precisa de você. - diz Brie.

— Tudo bem ... - suspira - eu vou para casa, depois vou voltar. Não vou demorar.

As meninas se despede de Robert, Lizzie vai para sua casa enquanto Florence pega uma carona com Brie. No carro as duas estavam em silêncio, cada uma absorvendo a noticia de que Scarlett estava viva e estava proximo há elas o tempo todo. Por um lado estavam chateadas pela mentira, mesmo sabendo que era por um bom motivo, por outro estavam felizes que ficavam ansiosas por encontrar ela novamente, só que agora como Scarlett e não como Nathanael.

— Isso é tão maluco, como que pode ela estar o tempo todo perto da gente e não a reconhecermos? - Pergunta Florence.

— Eu não sei, sua irmã sempre foi boa com disfarces... Eu só queria que ela tivesse me contado.

— Eu também, mas entendo o pq deles guardarem esse segredo... Deve ser dificil pra ela tambem.

— Sim, mas ela como sempre sacrificando por quem ama.

Enquanto isso no penhasco apesar da agonia de Scarlett querer saber o que se passa na cabeça de sua filha, ela espera pacientemente o tempo de S/n. Medo talvez de dar um passo em falso? De que mesmo contando toda a verdade, sua filha nunca mais queira lhe ver.

— Eu quero ir pra casa. - diz S/n finalmente olhando para Scarlett.

— Tudo bem, te levo e vou direto para o hospital. - Scarlett se levanta.

— Posso fazer uma pergunta?

— Sim

— Onde Lauren se encaixa nisso tudo? Amaya parecia ter uma intimidade com Lauren que nunca vi. - Disse pensativa.

— Eu até queria dizer, mas cabe a Lauren te contar a parte dela nisso tudo.

— Mais mentiras?

— Desculpa...

— Tudo bem, tô começando a ficar acostumada. Só me leva embora.

Durante o caminho para casa de S/n foi feito em silêncio. Ao chegar no apartamento, S/n apenas olha para o edifício através da janela do carro, talvez criando coragem de entrar. Ao mesmo tempo querendo ficar sozinha, ela queria que Lizzie estivesse ali.

— Quer que eu entre com você? - Scarlett pergunta.

— Não precisa, vou ficar bem sozinha. - s/n olha para Scarlett - obrigado pela carona.

— Vou ficar te esperando, leve seu tempo. Só saiba que eu te amo mil milhões.

S/n sorri de lado e balança a cabeça postivamente e sai do carro. Ao sair do carro, S/n começa acaminhar até a entrada do edifício, ela sente seu braço sendo puxado, fazendo a parar e levando um susto.

— Desculpa... - o aperto no braço se afrouxa.

— Céus, você me assustou.

— Eu te chamei várias vezes, mas você não me escutou. Desculpa. - entrelaça seus dedos nos de S/n.

— Tudo bem, estava mesmo muito aérea que me desliguei por um momento.

— Tá tudo bem, vamos pra casa. - S/n apenas concorda.

Lizzie leva S/n para o apartamento, depois toma um bom banho e coloca uma roupa confortável. Ao voltar para sala,  Lizzie vê sua amada sentada na beira da janela, olhando para um ponto fixo qualquer do lado de fora. Lizzie fica somente observando sua amada, tentando decidir se interrompe o momento de S/n ou se a deixa mais um tempo sozinha.

S/n ao sentir observada e já sabendo por quem, apenas sorri de lado por saber da hesitação de Lizzie, então resolve quebrar o silêncio.

— Você vai ficar quanto tempo em pé aí? Já está com uma idade avançada, a coluna vai começar a doer.

Lizzie sorri e revira os olhos.

— Como você é engraçadinha.

Lizzie caminha até o sofá e se senta, S/n também caminha até o sofá e se deita, colocando a cabeça no colo de Lizzie que começou a fazer um carinho em seus cabelos.

— Quer conversar? - pergunta Lizzie

— Eu não sei o que fazer ou sentir. Feliz por ela estar viva, mas com raiva pela mentira.

— Ela faria tudo por você, se tivesse que mentir novamente, ela iria. Além do mais, vocês passaram por tantos momentos incríveis juntas. Vocês eram uma família antes mesmo da verdade. Uma pela outra, sempre.

— Mas houve uma mentira.

— Sim, se for sobre seu pai e a falsa morte, é até compreensível mais ainda pq Johnny queria fazer mal há vocês duas. E ela só queria te proteger. E sobre ser sua mãe, bom só foi dito o que ambas já sentiam uma pela outra, o sentimento de mãe e filha.

Ambas ficam em silêncio por um momento, no qual Lizzie quebra.

— Me perdoa por mentir para vc, não queria ter feito isso, mas quando Scar e Robert me contaram a verdade e mostraram as provas do quão ele é perigoso, fiquei com medo de te perder e os ajudei a mentir. - S/n olha para Lizzie que está com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu te amo Lizzie, estou triste pela mentira. Mas você ainda é meu porto seguro, não importa o que aconteça ou vá acontecer, você ainda é a minha pessoa certa. - S/n se senta ficando cara a cara com Lizzie - Sem você aqui eu teria ficado mais perdida ainda, você me traz de volta pra realidade. Eu preciso de você...

S/n se aproxima devagar de lizzie e a beija, um beijo calmo que dura por um breve momento. Ao finalizar o beijo S/n abraça Lizzie em um abraço forte e carinhoso. Não precisava dizer mais nada e Lizzie apenas conforta a sua esposa e fazendo uma promessa a si mesma, que ela faria de tudo para ver o sorriso em sua amada novamente e passaria por cima de qualquer um que resolvesse impedir as duas de ser feliz.

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