Suas lágrimas de nervosismo e decepção rolaram pelo seu rosto e se acumularam em seu queixo. Ela sentiu o gosto salgado na boca.
O sr. Hoyt paralisou. Sua única reação foi franzir o cenho. Ele piscou mais de uma vez.
─ O-o quê? ─ Sua voz saiu forçada.
─ Por que você acha que a sua filha me encontrou na praia? Nua? Ou então, por que você acha que eu não conhecia o idioma de vocês? Que eu não tinha documento? Que eu começava a ficar cansada e depois aparecia magicamente bem? ─ Ela mal conseguia respirar. Tinha certeza de que se parasse para tomar ar, não conseguiria dizer tudo a tempo. ─ Não é justo você odiar o Jensen apenas porque ele tentou me proteger, tentou evitar que em algum momento eu fosse pega por alguma maldita armadilha de vocês!
Sua visão ainda estava borrada, e puxar o ar foi difícil.
O Sr. Hoyt caiu sentado na cadeira. E Lisa encarou uma Emilly chocada, em choque, sem reação.
Só então ela se deu conta do que acabara de fazer...
O Sr. Hoyt levou uma mão ao coração, ele arfava, enquanto tentava absorver as informações.
─ Minha filha, o que ela diz é verdade? ─ Os olhos desesperados do Sr. Hoyt buscaram por Emilly.
Mas uma Emilly em completo choque ainda, apenas assentiu, sem tirar os olhos de Lisa.
─ Você sabia? ─ Ele perguntou nervoso.
O silêncio tomou conta do cômodo. Lisa limpou o rosto, enquanto ainda respirava fundo. Sr. Hoyt massageava o peito e Emilly apenas olhava, pelo o que parecia, ela não sabia como reagir. Lisa teria rido em outra ocasião.
Para a surpresa de todos, a campainha tocou. Fazendo os três olharem para a sala ao mesmo tempo.
─ Eu vou atender.─ Lisa disse com pressa, saindo da mesa o mais rápido que podia.
Ela se sentiu aliviada quando foi para a sala, fugindo completamente do clima tenso na cozinha. Ela limpou o rosto mais uma vez e abriu a porta.
─ Sra. Crawford? ─ Lisa perguntou confusa.
A mãe do seu namorado estava bem ali quando Lisa abriu a porta, na humilde casa da Emilly e do pai. Ela quase arqueou as sobrancelhas com a surpresa.
─ Olá, querida, podemos conversar um pouquinho? ─ A mulher de óculos escuros sorriu.
─ Sim! Claro. ─ Lisa saiu da frente para que a mulher mais velha pudesse entrar.
Céus, realmente não era uma boa hora. Por um segundo, Lisa se perguntou se a Sra. Crawford poderia ter escutado alguma coisa, suas mãos suaram, torcendo para que a resposta fosse um não.
Ela fechou a porta e se virou, vendo o momento em que a Sra. Crawford parecia avaliar a pequena sala. Seu nariz estava levemente inclinado quando tirou os óculos, e então ela não tinha mais o olhar gentil das outras vezes, pelo contrário, agora ela parecia tão arrogante quanto Jensen. Bom, pelo menos agora, Lisa sabia de quem ele havia herdado aquele olhar.
─ É uma surpresa ter a senhora aqui, gostaria de se sentar? ─ Lisa gesticulou para o sofá.
Por cima dos ombros da Sra. Crawford, Lisa olhou para a sala de jantar, a porta era uma cortina de miçangas. Emilly a encarava de sobrancelhas levantadas, enquanto inclinava a cabeça rapidamente. Parecia fazer alguma pergunta silenciosa. Lisa deu de ombros.
─ Não, não vou demorar, vim apenas lhe oferecer uma coisa. ─ A mulher olhou em volta com desgosto.
Lisa levantou uma sobrancelha, voltando a prestar atenção na sogra, que parecia prestes a cuspir fogo.
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O Corpo De Uma Sereia
FantasyJensen Christopher tem uma vida plena e confortável. Sendo o maior empresário da sua pequena cidade, acaba tendo mais influência que o próprio prefeito. Em uma noite, em sua ilha particular, quando uma tempestade surge de repente, uma mulher misteri...