Quando deixou de ser O grande Jensen Christopher?

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Jensen piscou, sentindo uma leve pressão em seu peito. Não precisava abrir os olhos ou pensar demais para saber que era Lisa deitada com a cabeça sobre ele.

Ele levantou a mão, tocando suavemente a nuvem de cabelos loiros. Vagamente, se lembrou da madrugada, de Lisa acordando no meio da noite com uma crise de choro porque teve um pesadelo e estava com saudades da irmã, irmã essa que ela mencionou apenas uma vez, no restaurante. Ela nunca foi aberta sobre sua vida no mar ou sua família.

Ele fez uma careta, um pouco incomodado. O assunto no carro não ia deixá-lo em paz até ele resolver... Mas isso não era realmente importante agora, era? Por que ficaria se torturando com o pensamento de que ele foi apenas uma conveniência para ela?

Para começar, não devia estar pensando verdadeiramente sobre isso, uma vez que tudo o que seu pai queria era causar intrigas em sua vida.

"Eu sempre te falei que o seu avô era encantado pela sereia, mas eu mencionei que era recíproco? Ela se apaixonou por ele porque ele estava na hora e no lugar certo. Alguns chamam de sorte, eu chamo de azar." A voz de seu pai ecoou em sua mente através daquela maldita ligação, que ele não deveria ter atendido.

Agora ele mal conseguia olhar para os olhos apaixonados de Lisa sem imaginar que eles estariam brilhando para outro se ele não estivesse na hora e no lugar certo.

Inferno. Continuar deitado não estava lhe fazendo bem.

Ele abriu os olhos, tirou cuidadosamente a cabeça sonolenta de cima do seu peito e se levantou.

                                                      ...

O homem alto saiu do banheiro, com a toalha enrolada na cintura. Foi surpreendido ao ver Lisa acordada, com os olhos grandes abertos, olhando na sua direção, com partes do cabelo ondulado caído sobre o rosto e espalhado pela cama.

Ela sorriu enquanto se sentava, jogando os cabelos para trás com uma mão, graciosamente.

─ Eu só posso ter orado com muita força para que eles me respondessem com um homem desse. ─ Seus lábios rosados estavam curvados em um sorriso malicioso.

Jensen estreitou os olhos.

─ Acho que não entendi.

Lisa sorriu, tombando a cabeça para trás.

Ela jogou as cobertas para o lado e se levantou, andando graciosamente na direção dele.

─ Entendeu sim. ─ As mãos femininas pararam no peito dele, e ela cravou as unhas. ─ Você é bom demais em todos os sentidos, só posso ter orado com muita fé. ─ Ela ficou na ponta dos pés e inspirou fundo, inalando o cheiro pós-banho. ─ Cheiroso demais também...

Jensen sentiu seu pênis começar a querer se levantar, ansiando por ela.

Droga de pênis sem orgulho nenhum.

─ Está tentando me provocar? ─ Ele continuou com os olhos semicerrados.

Lisa levantou a cabeça, com seus olhos exalando maldade.

Inferno. Ela estava.

Jensen Christopher mordeu o próprio lábio antes de pegá-la no colo. Lisa soltou um gritinho e se agarrou ao pescoço dele.

Eles se olharam, cara a cara.

Suas pernas encontraram a cama e ele se curvou, jogando Lisa no colchão macio e subindo em cima dela.

─ Não devia estar me provocando tão cedo. ─ Ele tentou ameaçá-la.

Lisa riu profundamente, acariciando a cabeça dele.

O Corpo De Uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora