no corvil do diabo - 17 •

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Na manhã seguinte, Lisa acariciava o peito de Jensen, enquanto cantarolava em um sussurro a música que não saía de sua cabeça pelo segundo dia seguido. A chuva continuava do lado de fora, mas ali na cama estava quentinho.

A canção era uma melodia envolvente, cativante e sedutora. O único intuito era atrair parceiros, sempre foi. Mas ela não estava mais na água, por que isso continuava a chamando? Por que não saía de sua cabeça? Por que o mar a queria de volta? Ele parecia vivo, mais do que nos últimos meses.

Mas não era só isso, algo crescia dentro dela, um sentimento grande, forte e avassalador, algo que ela não sabia lidar. Talvez fosse o seu puro instinto, a música estava começando a deixa-la ansiosa, não acabava, não parava. Seu coração acelerava as batidas a cada minuto. Não, ela não podia deixar, mas ao mesmo tempo ela precisava de mais. O corpo humano parecia quente, suas mãos quase pareciam tremer. Céus, o que estava acontecendo?

A mão de Jensen tocou os cabelos dela, começando a acariciar os fios suavemente. Lisa parou de cantar, não havia percebido que ele estava acordado.

─ Então você canta também? ─ A voz dele era rouca. Definitivamente, havia acabado de acordar.

Lisa o olhou, seus grandes olhos estavam suplicantes e ansiosos.

─ Eu preciso de você. ─ Ela sussurrou.

Jensen franziu a testa.

─ O que? Eu estou aqui. ─ Ele tocou em seu rosto.

Ela o beijou. Talvez tenha sido o beijo mais desesperado que ela já deu na vida. Mas sua pele queimava, seu coração se acelerava, e ela precisava senti-lo. Ela o beijou com desejo, com vontade e desespero. Jensen a correspondeu. Sua língua invadiu a boca dela, tão desesperada quanto a de Lisa. Ela gemeu, estremecendo.

O coração dele havia se acelerado em baixo da palma de Lisa. Ela se levantou, sentando em seu colo, se esfregando nele sem afastar o beijo. Eles já estavam pelados da noite anterior. As mãos masculinas percorriam o corpo dela, a apertando, a desejando, a tocando. Lisa gemeu. Jensen mordeu seu lábio. Eles rolaram na cama. Ela o arranhou com força, talvez ficasse marcado. A ereção dele roçou sua intimidade molhada e ela arfou, ansiosa, seu peito parecia querer explodir. E então, ele estava dentro dela. Suas mãos entrelaçadas percorriam o alto da cabeça dela. Lisa gemeu alto, sentindo seu interior se abrir para ele. Ele arremeteu outra vez, mais fundo, mais forte, mais demorado. A boca quente dele desceu por seu pescoço, beijando sua pele sensível.

─ Ah, por favor. ─ Ela implorou. Nem sabia pelo o que implorava, só precisava senti-lo.

Então ele entrou mais uma vez, ainda mais forte, ainda mais fundo, ele não parou mais, seu quadril batia contra o dela, com rapidez e urgência, ambos gemiam, com as mãos entrelaçadas. Tão forte quanto ela precisava, tão fundo quanto ela ansiava. A voz dele no ouvido dela, gemendo e grunindo, os céus, sim, era daquilo que ela precisava.

o .O. o

─ O que você acha daquele jantar na casa da minha família? ─ Jensen virou o volante.

Ele estava a levando para casa, antes de ir para o trabalho. Lisa piscou, um pouco confusa.

─ Aquele que sua mãe citou? Pensei que não quisesse ir.

─ E eu realmente não quero. Minha mãe não é examente a pessoa mais fácil de lidar. ─ Ele fez uma breve careta.

Lisa sorriu, não lembrava de tê-lo visto usar uma expressão tão mesquinha antes.

─ E por que está pensando em ir agora?

─ Porque ela não está me dando paz. Meu irmão voltou recentemente da lua de mel e ela está com uma ideia de juntar a família. ─ Ele virou novamente o volante, fazendo uma curva. ─ Claro que é falsidade. O interesse dela é você. ─ Ele a olhou por um segundo.

O Corpo De Uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora