Sua cabeça estava explodindo. Jensen abriu os olhos lentamente, mas então, imediatamente os fechou com força outra vez. Com cuidado, ele tocou a têmpora e tentou pensar no porquê de se sentir tão acabado.
Ele se lembrou do bar.
Se lembrou de beber e de rir.
Se lembrou de Lisa sorrindo para ele.
Se lembrou de dizer que a amava... Na frente de todo mundo.
Ele fez uma careta; sua cabeça pareceu latejar mais forte.
Lisa abriu a porta com cuidado e se arrastou para dentro, trazendo uma bandeja recheada. Ela sorriu.
─ Que bom que acordou, eu trouxe remédio. Como se sente? ─ Ela pousou a bandeja em cima do criado-mudo.
Jensen escondeu o rosto com as mãos. Não. Ele não iria encará-la sem antes lembrar de tudo o que fez ontem.
─ O quanto eu bebi ontem? ─ Ele perguntou.
Lisa deu uma risadinha enquanto subia na cama.
─ Se te serve de consolo, seus irmãos e os outros rapazes beberam tanto quanto. ─ Ela disse com humor.
Ele sentiu o toque gentil dela sobre a sua mão.
Bom, pelo menos ele não devia ser o único sofrendo essa manhã.
─ Eu aceito o remédio. ─ Ele avisou.
Jensen tirou as mãos do rosto e sentou, apoiando as costas na cabeceira. Sua cabeça latejou com o movimento.
Lisa se inclinou para pegar na bandeja e ele tomou dois comprimidos de uma vez.
─ Não era melhor ter comido alguma coisinha antes? ─ Ela perguntou preocupada.
Jensen balançou a cabeça negando, mas descobriu que o movimento lhe causava mais dor. Ele fez cara feia.
─ Você não bebeu? ─ Ele ergueu uma mão para tocar nos cabelos dela.
─ Eu fiquei um pouco bêbada, mas foi bem pouquinho... acordei bem hoje.
Jensen estreitou os olhos, olhando para o robe branco de seda que Lisa usava, e deu conta de que aquilo era tudo o que ela usava. Ele olhou para debaixo da coberta, vendo que também estava nu.
─ Nós transamos? ─ Ele perguntou desconfiado.
Lisa abriu um sorriso divertido.
─ Acho que lembro de você dizer que estávamos fazendo amor.
Lisa riu da situação. Já ele, apenas teve vontade de cobrir o rosto outra vez. Quando foi que ficou tão brega? Primeiro se confessa quando está bêbado e depois diz esse tipo de breguice? Aquele não podia ser ele.
─ Na sala, no banheiro e depois aqui... Nunca te vi tão animado. ─ Ela disse rindo.
Ele se lembrou do desejo intenso, de como o seu corpo não parecia saciado, de como a desejou tão loucamente enquanto ainda estavam no bar.
Ele sorriu também.
─ Vagamente me lembro de desejar você ainda naquele bar.
─ É, você disse algo semelhante quando chegamos.
E também havia outra coisa que ele tinha dito. Ele precisava urgentemente voltar ao assunto.
─ Sobre outra coisa que eu disse ontem...
─ Não precisa. ─ Ela o interrompeu e se virou para pegar a bandeja.
Jensen juntou as sobrancelhas. Ele havia se confessado bêbado e não precisam voltar ao assunto?

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O Corpo De Uma Sereia
FantasíaJensen Christopher tem uma vida plena e confortável. Sendo o maior empresário da sua pequena cidade, acaba tendo mais influência que o próprio prefeito. Em uma noite, em sua ilha particular, quando uma tempestade surge de repente, uma mulher misteri...