CECÍLIA FONTANASaiu da escola esperando pelos meus guardas para me levarem até em casa mais me deparo com meus pais a me aguarda.
Sorrio para eles e corro em sua direção.
- oi pai - digo o abraçando e ele me abraça de volta.
- oi minha princesinha - ele diz e o encaro, vendo que ele me chama pelo mesmo apelido mesmo eu tendo 15 anos já.
- pai - digo com vergonha e ele sorri e vejo minha mãe se aproxima me dando um beijo na testa. - porque vocês vieram me buscar hoje ? - pergunto sem entender já que eles nunca vieram, bom não depois de eu ter meus dez anos.
- queríamos passar um tempo com você meu bem - minha mãe disse e a encaro vendo que era mais que isso.
- ah tabom - digo automaticamente e entro no carro em sua companhia.
Olho para os rostos do meu pais e sinto que a algo a mais, eles estão estranhos como se tivesse algo acontecendo que eu não sei.
- vamos jantar aqui mãe ? - pergunto assim que o carro para em uns dos restaurantes que me pai possui na cidade, eles me olham e acenam sem falar mais nada - mãe, tem algo acontecendo ? - pergunto para ela mais meu pai que se vira para mim observando e falando.
- temos algo para te contar minha filha - diz me encarando fixamente, e esperamos que você entenda.
Eles descem do carro e fico parada lá dentro sem saber como reagir, o que seria que meus pais escondem de mim.
Quando percebo que ambos estão me esperando desço e caminho com meu uniforme de escola, indo atrás deles.
Dou passos pesados o seguindo indo em direção do interior do ambiente vendo uma mesa grande com espaço para cinco pessoas.
Olho para a mesa e avisto duas pessoas já sentadas.
Um deles é um senhor de um pouco mais de cinquenta anos com os cabelos grisalhos já aparecendo, e o outro.
O outro é um homem nas casas dos vinte e poucos anos, ele é muito bonito, poderia dizer facilmente uns dos mais bonitos que já vi, alto forte, e posso ver algumas tatuagens começando em sua mão e sumindo dentro do terno, ele seria encantador se não fosse por seus olhos, verdes lindos mas com um ar sombrio nele, como se fosse uma pessoa amarga e nada merecesse sua atenção.
Nos aproximamos e eles olham para nós, nossos olhos se encontram e posso sentir minha pele arrepiar pelo olhar que ele me dá.
Engulo seco e me acomodo entre as cadeiras de meus pais, os tendo em uma posição de proteção o tempo todo comigo.
- Rodrigo - meu pai cumprimenta o homem mais velho de uma maneira de poucos amigos - Eduardo - quando ele cumprimenta o mais novo, parece que sua voz sai contra sua vontade, como se não quisesse estar Alí.
Ambos cumprimentam meu pai apenas e nem se quer ligam para mim e minha mãe.
- já falou a ela ? - o tal Rodrigo pergunta para meu pai que o encara com raiva fazendo que não - é melhor contar agora, já que amanhã todos saberão.
Ele fala seco, frio como se não tivesse nenhum sentimento, assim como o rapaz que o acompanha.
Meu pai vira para mim juntamente com minha mãe e meu coração dispara, de desespero, o que está acontecendo.
- filha - minha mãe diz e eu a encaro - quando eu estava grávida de você, eu era bem doente - diz e fico quieta apenas a observando - eu precisava de um transplante e...
- e papai te deu parte dele - digo simples e meu pai me encara como se quisesse matar todos e me tirar dali junto com minha mãe.
- sim filha - meu pai diz - mas antes de saber que eu poderia dar parte minha a sua mãe, nos tínhamos apenas uma opção - fala sério e eu engulo seco não sabendo onde essa conversa acabará.
O silêncio permanece e meu pai continua.
- Rodrigo era o único que sabia - ele diz e encaro esse Rodrigo - e como eu estava desesperado para salvar você e sua mãe ele me fez uma proposta - diz e engulo seco, não pode ser o que estou imaginando, pode ? - ele me propôs dizer onde eu encontraria essa pessoa, em troca de uma aliança.
- que aliança - digo apenas por dizer, como se estivesse em negação, porém já entendi tudo.
- uma aliança entre as duas famílias meu amor - minha mãe fala e para não conseguindo terminar.
- o que sua mãe quis dizer meu bem - fala segurando meu rosto com carinho, é que fizemos um acordo onde você, e o Eduardo - meu pai fala e eu olho para ele que já está me encarando o tempo todo - irão se casar - diz e me viro rapidamente para meu pai - fechando a aliança da família Fontana e Lopes.
Ao dizer isso sinto um bolo em minha garganta, sempre soube da possibilidade de um casamento arranjado, mas tenho que confessar que torcia para não passar por isso.
Fico quieta, sem saber o que fazer e nem o que falar até notar que o pai de Eduardo volta a falar.
- já que está tudo claro em panos limpos - fala e da uma pausa e vejo Eduardo se levantar. - seja breve - diz e o vejo retirar um anel de seu bolso, olho para os meus pais que apenas acenam, minha mãe tem lágrimas em seu rosto e meu pai uma expressão assassina.
- vá filha - meu pai diz me incentivando a ir.
Levanto trêmula, sem saber o que fazer ao certo e caminho até ele que não tira seus olhos de mim.
Ao me aproximar estendo minha mão e ele a pega de maneira bruta, aparentemente ele é um pouco assim, nossos mãos se desgrudam parecendo que uma carga elétrica passou por elas e ele me encara ainda mais.
Volta a pegar minha mão, um pouco mais delicado e me encara enquanto segura o anel com a outra.
- Cecília Fontana, aceita se torna minha noiva - ela fala com sua voz grossa que me faz arrepiar.
Engulo seco e encaro meus pais que me observam.
Volto o olhar para ele e a única coisa que consigo falar é.
- Sim.
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A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2
FanfictionCecília Fontana antes mesmo de nascer já havia sido prometida ao filho do rei do tráfico negro Eduardo Lopes. Quanto mais próximo seu aniversário de 19 anos se aproxima, mais sua família entra em desespero, apesar de serem os mafiosos mais temidos...