SANGUE

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EDUARDO LOPES

- merda - digo com a mão sobre o curativo em meu abdômen.

- sorte que foi de raspão - Luiz diz ao meu lado.

- por isso que você não tinha necessidade de voar até aqui - falo bravo e ele me encara.

- você é meu amigo é claro que eu voaria - ele diz e escuto um tossinha no lado.

- o fato de eu te ti ameaçado para vir comigo não tem nada haver né - Cecília fala e Luiz mostra a língua para ela, suspiro frustado, até ela está aqui para me ver derrotado.

- vocês dois não precisavam vir até aqui por nada - falo e sinto mãos delicadas em meu braço.

- tô destinada a passar a vida do seu lado Eduardo - ela fala e minha respiração para - acha que iria querer um marido cheio de remendos? - ela diz e não consigo evitar de rir.

- ela tem razão - Luiz entra no assunto.

- você só concorda porque tem medo dela - falo e ele me olha como se fosse traído.

- Eduardo, você jamais conta os pontos fracos dos outros para seus inimigos - ele diz e Cecília revira os olhos.

- o que importa que você está bem - ela diz tentando disfarçar a preocupação, mal sabe ela que quando eu der a mínima melhora vou zuar ela pela briga.

Agora não é um bom momento, não conseguiria correr dela.

- você vai comigo para casa - ela fala como se fosse uma adulta e decidisse tudo que eu fizesse.

- eu o que ? - pergunto novamente e Luiz do observa a cena.

- vai levantar esse bumbum bonito daí - diz na maior tranquilidade - e vamos ir para minha casa onde consigo ficar de olho em você - fala pegando  a bolsa dela enquanto sento na maca.

Luiz olha a cena e se aproxima lentamente de mim, como se estivesse fazendo algo super secreto.

- Eduardo - chega sussurrando bem perto e o olho sem entender nada - se estiver sofrendo abuso e maus tratos pisque três vezes - diz e Cecília acerta um tapa em seu braço.

Sorrio e sigo em direção dela.

- depois desse tapa eu que não vou contrariar ela - falo simples e começo a seguir.

Andamos lentamente para fora do hospital e aí chegar no estacionamento reparo que ela está só.

- cadê os seus pais - falo ao entrar no carro no banco de passageiros lá atrás junto com ela.

- na África - diz colocando os óculos de sol, e puta que pariu essa mulher esbanja poder sem ao menos querer.

- África ? - pergunto confuso.

- sim minha mãe fez uma promessa no meu primeiro ano de vida que ia ajudar uma comunidade lá - fala simples - essa comunidade cresceu e agora meus pais sentem obrigação de os fazerem ter uma vida digna, tanto na educação, alimentação e todas necessidades básicas - fala orgulhosa e eu a encaro admirando sua beleza.

- quando casarmos vai querer fazer algo assim - quando percebo a besteira que disse regalo meus olhos, deve ser a porra do efeito da anestesia ainda.

- podemos analisar - diz sorrindo, e tento olhar para frente depois dessa bola fora.

- como você veio sozinha sendo de menor - falo a encarando - pelo que eu saiba, antes dos dezoito não poderia vir aqui - digo a olhando de canto de olhos.

- eu já tenho dezessete - diz simples - e outra sou uma Fontana - diz mexendo no celular - eu entro onde eu quiser e quando eu quiser - diz olhando ainda para o aparelho.

Nesse instante percebo o porque meu pai queria que eu fosse de fato marido e aliado dos Fontanas.

Eu tenho muito poder e muita influência, mas eles não posso negar é algo diferente.

Sou respeitado e endeusado no mundo obscuro, no mundo ilegal e da máfia.

Mas eles não são apenas nesse mundo, eles também tem muita influência na sociedade normal.

Ficamos em silêncio em todo o trajeto, até nos aproximarmos no aeroporto participar dos Fontanas.

Descemos do carro e seguimos em direção do jatinho particular.

Entro nele a olhando ainda não sei, em que momento isso aconteceu mais uma coisa eu não posso negar, eu estou de quatro por essa garota.

Nos sentamos só na aeronave, a comissária vem e pergunta se queremos algo e ela nega por ela e por mim.

Ela sai e vejo apenas Cecília se acomodando melhor.

Olho para ela que tenta ter uma postura imponente, mas ela está tão nervosa do que a primeira vez que a vi.

Só o fato de estar próximos a deixa assim, e porra me sinto bem pra caramba sendo o motivo dessa reação dela.

A encaro e ela continua olhando para o celular.

Mordo o lábio e seguro sua nuca a dando um leve susto.

- Eduardo o que tá ...

Antes que ela termine a frase a puxo para um beijo quente, cheio de desejo e vontade reprimida.

A beijo intensamente tirando gemidos baixinhos de sua boca.

Não via a hora de sentir o seu sabor novamente.

Seguro firme seu cabelo me apossando de seus lábios.

Até puxar sua mechas para trás de danos acesso livre a seu pescoço e principalmente me dando a visão de seu rosto cheio de desejo.

Beijo seu pescoço tirando suspiros fundos até a sentir contorcer aqui.

Vou lentamente beijando até sua orelha, me aproximando mais e sussurrando em seu ouvido.

- na hora que chegarmos eu não quero saber - falo a sentindo entrego - quero sentir seu gosto novamente em minha boca.

A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora