ONIX

5.1K 498 23
                                    

EDUARDO LOPES

Ando pelos corredores da minha empresa de faxada onde gerêncio a ONIX.

Esse prédio luxuoso é como as de todas as outras cedes que tenho pelo mundo, de fora uma enorme empresa, de linhas de diamantes, por dentro o maior gerenciamento do mundo ilegal.

Me aproximo da sala, muitos não sabiam que viria  hoje pelo fato dos exames de Cecília.

Está muito desgastante para mim, gerênciar rede de tráfico de armas, de pessoas, e ainda gerência tudo que a ONIX controla.

Me aproximo da sala de reuniões  e vejo a reunião que não devia estar acontecer, a reunião  que eu não solicitei,  a qual grande parte do conselho  está nela.

- boa noite  - digo entrando e os vejos espantandos com minha presença presença.

Luiz chega juntamente comigo e olhamos aquilo, sabendo que de boa coisa certamente não podemos esperar dali.

- boa noite senhor Lopes - o velho Victor sorri para mim ao lado dos outros três homens do conselho  que os acompanham.

A Sucessão dos cargos, são de formas hereditária,  de pai para filho e isso me fez permanecer no topo, simplesmente por ser herdeiro de Rodrigo.

- gostaria de saber o motivo dessa reunião  - falo de forma não amigável  - e o porque não fui convocado, já que sou eu que mando aqui, e tudo tem que passar por mim.

Digo vendo suas faces com um pouco  de raiva nelas.

- apenas conversas banais senhor - outro diz fazendo pouco caso - sabe que algo relacionado a ONIX não pode ser ditas na varanda da casa de qualquer um, por isso preferimos aqui.

Ele diz como se eu fosse um louco, exagerando, mas sei que algo de errado está acontecendo.

- espero - afirmo - pouco gostaria  de ter que matar com minhas maos aqueles que ousasse em se dirigir contra mim - falo serio, os vendo do mesmo jeito.

- tenho certeza - esse velho nojento  diz sorrindo para mim - esses vermes, estão irados por eu estar no comando mesmo sendo jovem, um jovem que possui mais conhecimento e sangue nas mãos que todos aqui somados e multiplicados.

- creio que seja hora de encerrarmos  as atividades aqui - falo com desdém- já que a fachada de empresa habitual deve ser mantida- falo e eles me encaram.

- certamente o senhor  está correto  - outro diz olhando entre eles quatros - vamos desocupar a sala imediatamente,  e voltar a nossa pacata rotina - diz sorrindo ambos se juntam, provavelmente se voltando a minha vida, que ultimamente está tendo uma normalidade que não posso negar, estou gostando, principalmente da tranquilidade de chegar e ter alguém que me ama e faz bem, me esperando.

- certamente  deveriam ir mesmo- Luiz fala - se em horário de trabalho vocês já estão acomodados e tranquilo, não vejo o motivo para permanecer  depois - fala e posso vê-los  cerrar os dentes em ódio do meu amigo.

- bom esse era o recado que iria dar a vocês  - digo ajeitando minha gravata  - agora como chefe, eu tenho um compromisso  importante,  os desejos bom descanso - falo me virando e um deles solta algo que me irrita profundamente.

- a senhor Lopes- diz com tom  de deboche  - já encontrou sua irmã- ele fala e paro, me virando lentamente para ele que fecha sua expressão com um pouco de medo logo a seguir.

- questão de tempo meu caro- digo deixando claro minha irá em minha voz - porem mesmo que leve algum tempo creio que o pretendente dela irá fazer de tudo para encontrá-la- falo zombeiro e eles me olham com confusão  visível.

- pretendente - um deles pergunta e vejo Luiz ficar nervoso pela primeira vez na noite.

- sim - digo seco - o seu noivo, quem será seu marido, e meu braço direito aqui na ONIX  além de comandar minhas frotas se exportação  de armas - falo alto e claro, e Luiz me olha espantado já que não havia mencionado a ele que eu o daria a minha máfia de armas.

- e quem seria esse sortudo - um pergunta extremamente curioso e eu apenas sorrio de lado.

- Luiz- digo os vendo olhar perplexo  para meu amigo - e é  melhor o tratar melhor do que os vejo tratando, aliais ele será também  um Lopes,  e superior de vocês...

- o que ?? - um se levanta irado com as mãos acima da mes - ele é  um bastardo,  um pobretão,  não tem linhagem de sangue para...

- Já já a sua família também não terá se não o respeitar... - falo sério e ele se cala - ele é mais honrado do que se juntasse todos dessa sala - falo vendo o ódio plantado na expressão de cada um - e é  melhor vocês se acostumarem a não ser que queiram lidar com as consequências..
Ao final da minha frase o silêncio é  plantado no ambiente.

Me viro e saiu da sala vendo que todos ficaram lá petrificados sem reação.

- você esta doido cara - Luiz corre se aproximando  de mim, e me acompanhando até chegar na minha sala e eu a trancar. - falar isso as eles, eles vão fazer o inferno já sua vida, e aquela história de que eu vou comandar a sua ...

Ele fala tudo rápido sem pausas até eu o cortar.

- você é quem mais confio aqui - digo o fazendo ficar quieto - você vai comandar agora a SUA frota de armas porque você merece - digo o vendo ainda calado - e vai ser o marido de minha irmã,  se tornando um Lopes  - falo me sentando na poltrona o olhando fixamente- você não percebeu ainda Luiz- pergunto e ele me olha confuso  - tem algo muito estranho aqui - digo sério e ele se senta em outra poltrona em minha frente me encarando.

- como assim ?- pergunta.

- como meu pai desapareceria por quatro anos, sem rastros e nada, teria minha irma, e quando eles os encontrassem, a acharia viva mais eles não? - digo e ele me olha com seus olhos arregalados.

- você acha entao que eles...

- eu não posso afirmar sem provas - falo mais baixo- mas muito estranho tudo isso, não faz sentido - falo e ele concorda.

- acha que ela não é sua irmã? - ele pergunta e eu nego.

- não é  isso - falo e ele me encara - de acordo com a imagem que me mostrou acredito que seja, pois se parece muito comigo - falo e ele acena - o estranho é  achar uma criança  de três anos sobrevivendo sozinha? E outra do que meu pai e  a garota morreram? E como a perderam assim que saíram da ilha!

Eu e Luiz nos olhamos e parece tudo se encaixar  aos poucos.

- e o que vai fazer ?- pergunta e sorrio aos poucos.

- fazer com que os burros mostrem seu plano fajudo - falo e Luiz me encara começando a entender - a primeira  informação já plantei,  agora é  ver o caos que isso vai causar- falo e meu amigo sorri se encostando na poltrona- e ver cauda um caindo, um pou um!

A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora