RIO

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EDUARDO LOPES
1 ano depois...

Passeio pela praia que fica atrás de minha mansão aqui no Rio, com meu cachorro terror, aproveitando o tempo que tenho disponível depois de passar o dia inteiro no escritório.

Com o passar dos anos fui me tornando o que meu pai sempre sonhou, o seu sucessor perfeito.

Desde do casamento de Giovanni, consegui ver Cecília apenas mais duas vezes, a correria estava a mil, muitos negócios para fechar, muitas mercadorias para entrega, foi o ano que mais cresci, em questões financeiras e também poder.

A uma semana comecei a receber relatórios de Cecília semanais, ela é minha noiva e cuido mesmo.

Já que parece ter vários suicidas que ficam a cobiçando por onde que passa.

Fecho minha mão em punho ao lembrar do capô francês, aquele caso foi um quase assassinato.

Esses vermes sabem que ela é minha noiva, sabe que me pertence.

Estão mesmo é procurando um jeito de morrerem.

Sinto o suor do calor escorrer pelo meu corpo.

Ando descalço na areia apenas com meu calção de banho.

Terror que é um Rottweiler sai correndo pela praia particular de minha residência e continuo andando atrás dele.

Geralmente eu gosto de minha solidão, no dia que passei na Itália com a família de Cecília me senti estranho, com todos eles felizes em companhia um do outro sempre querendo que o próximo se sinta bem.

Balanço minha cabeça e continuo caminhar até ver Luiz saindo da cozinha espelhada e vindo em direção de onde estou.

- aconteceu algo ? - Pergunto quando vejo sua cara mais fechada do que o normal.

- bom meu não diria algo algo, mas sabe aconteceu algo - ele fala e fecho minha expressão

- desembucha - digo o encarando e ele sorri meio sem graça e olha para os lados.

- e que tipo assim - começa e respiro fundo, buscando paciência. - a Cecília meio que entrou para as líderes de torcida na escola dela - diz e sinto minhas mãos fechar só de imaginar ela com aquela saia curta, mostrando suas curvas e mostrando ainda mais seu corpo.

- ela está só sendo uma líder qualquer - digo sério - não é como se ela estivesse sendo a capitã e tivesse que dançar bem lá na frente - falo balançando os ombros e ele engole seco, fecho os olhos pedindo paciência a deus e o encaro novamente - ela é a capitã não é? - pergunto e ele apenas assente com a cabeça.

Ando os degraus indo em direção de dentro da mansão e Luiz bem atrás de mim.

- o que vai fazer Eduardo ? - pergunta e vou em direção do meu quarto.

- chame o jatinho agora - falo e ele grita do outro lado da porta.

- você é louco ?- diz alto - só porque a menina esta dançando na escola vai voar pro México?

Pergunta e como não o respondi escuto ele ligando para alguém em meio de resmungo.

Tinhamos conversado sobre isso, penso comigo mesmo, ela quer me pirraçar, tomo banho rápido para pegar o vôo.

Se ela acha que vou assistir e ficar quieto, ela está enganada.


CECÍLIA FONTANA

- esse roupa caiu tão bem em você Cecília - diz Anne minha amiga assim que entramos em campo.

- obrigada - falo pegando os pompons e indo para a beira do campo animar a torcida.

Olho para meus tênis perfeitamente branco, minha roupa de líder, que se baseia em uma saia e um cropped e ajeito meu rabo de cavalo com o laço no topo, uma verdadeira líder de torcida.

- hoje meninas será apenas o ensaio ok - digo toda feliz por finalmente ter conseguido alcança o posto de capitã.

- Qual vamos dançar ? - Anne pergunta e eu respondo com um sorriso no rosto.

- vamos Tiger - falo sorridente - a do nosso mascote - digo elas se prepararam - no três iniciamos.

- ok - todas elas respondem.

- vamos lá - digo firme - um, dois e três - falo e começamos a cantar as músicas e a arquibancada começa a encher de um pequeno números de jogares de futebol americano.

Apesar do futebol prevalecer aqui no México, nas escolas ricas, sempre tem times de futebol americano que tem os rapazes como maior cobiça.

Danço e me entrego, pode parecer algo bobo mais me sinto livre aqui.

Terminando escutamos os rapazes do time de futebol gritarem e assobiarem.

Olho para cima nas arquibancadas e vejo que o capitão deles não tira o olho de mim.

Coloco a mecha que escapou de meu cabelo atrás da orelha quando percebo que ele olha para minha mão, a mãos da aliança.

Sorrio sem graça, mas ele não tira os olhos, de mim, algo que já está começando a me incomodar.

Quando vou sair em direção da lateral, algo se movimenta na arquibancada de forma grosseira.

Meu olhar volta para cima e vejo algo que não acredito e nem quero acreditar.

Eduardo está descendo cuspindo fogo, ele passa pelo capitão do time de futebol e tromba nele o mandando longe.

Se aproxima de mim até ficar em minha frente.

Sinto um misto de sensações, nervosas por ele estar aqui, ou algo que eu não sei dizer, ele me tira o fôlego, me deixa quente, algo surreal.

- achei que tínhamos conversado sobre isso - fala de um jeito que apenas eu escute.

- o que ? - falo estressada. - eu faço o que eu quiser Eduardo - digo e ele bufa com minha teimosia. - estou apenas dançando normal...

- normal - ele me corta - se eu fiquei duro te vendo de longe imagina eles - ele fala e fico vermelha de vergonha.

- você não manda em mim - digo e ele me encara.

- nunca disse isso - fala e engulo seco - mais não sou o tipo de cara que aguenta ficar vendo os outros olhando para a minha mulher - diz e ofego afastando.

- quem disse que sou sua mulher - falo. Ele se aproxima quase colando nossos corpos.

Olho para trás e as meninas estão nos olhando, bom nos nao, todas cobiçam Eduardo e isso me dá uma certa raiva.

O que elas tanto estão olhando para eles?

Querem ficar com a cara toda arranhada?

Volto minha atenção para ele que está com seus olhos fixos em mim, e com uma raiva brotando neles, ele se aproxima mais e me olha nos fundos dos olhos.

- você vai para casa ou prefere que eu a leve - fala e eu franzo a sombrancelha tentando entender.

- como? - pergunto .

- você vai para a casa Cecília, ou quer que eu te jogue nas costa e te leve - fala e o olho perplexa.

- aaah, mas você não teria coragem - digo indignada até ele se aproxima e me pegar no colo jogando em sua costa.

Os meninos olham assustados, e as meninas com um olhar de desejo gritante.

- Eduardooooo - grito com ele assim que nos afastamos - me larga - falo alto e ele ri.

Sinto um tapa na minha bunda que me faz soltar um gemido involuntário, e ele solta uma risada.

- você vai aprender que tem castigos cada vez que me enfrentar.

A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora