ENCONTRO SOMBRIO

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EDUARDO LOPES

arrumo as mangas do meu terno enquanto desço de minha Maserati preta.

sou conhecido por saber de tudo, ser um cão farejador e encontrar quem fosse, isso não seria diferente em minha busca ao desgraçado que atirou em mim.

Desci em um terreno abandonado onde decidir tratar esse negócio.

Muita gente me conhece, apesar de ser apenas de vistas em pouquíssimas vezes e em momentos muito rápidos.

Me manter inalcançável é a forma que faço, para que cada vez mais, almejam ainda mais apenas a minha atenção.

Dou passos lentos até o centro de carros que se formou no meio do espaço, dentro os doze carros oito são meus, apenas aguardando minha ordem, e com o intuito de me proteger, apesar que não preciso.

A luz está quase escassa, salvo por alguns postes espalhados pelo local, a maioria tem sua luz queimada, o que deixa o ambiente mais dramático.

Luiz e mais dois guardas meus vem atrás de mim, até pararmos em frente ao nosso carro, como os demais guardas fazem

Olho no meu rolex e já são 22:00 horas, olho novamente para frente e o vejo saindo, o velho e imprestável Sebastian.

Esse lixo que encomendou aquela jovem garota Raptada no Brasil.

Ele a viu uma vez em uma foto qualquer e ficou obcecado, ofereceu uma fortuna para tela e como ela já estava na linha do tráfico de mulheres, meu pai fechou o negócio.

Por ser alguém muito influente e que tem muito dinheiro, o velho Rodrigo decidiu levar ela mesmo pessoalmente, até o iate que eles estavam afundar e a partir daí não tive mais nenhuma notícia dele.

- Sebastian - falo seu nome carregado de ódio, ele não veio por livre e espontânea vontade, dei duas opções para ele, que pelo visto achou essa mais digna.

- Eduardo - diz com desdém meu nome.

- deviria saber que suas ações teriam consequências - falo o encarando ainda que me olha com raiva - fez algo que não devia - falo vendo seu olhar fixo em minha direção - gastei meu precioso tempo com um verme como você - falo alto vendo que tenho atenção de todos - para simplesmente dizer que poderíamos a recompensa com outra garota, já que a primeira não deu certo - falo e o vejo apertar a mãos de irá - mas não você decidiu ser burro e quis arriscar tudo em um plano de merda - fala alto e ele sorri.

- se sente confortável com o poder Eduardo - diz sorrindo - vai saber se não foi você que descartou seu pai e a minha encomenda por pura birra e vontade de assumir o poder - fala e o encaro começando a rir.

Eu e Luiz rimos, enquanto todos nós encara sem saber o porquê, e sem entender.

- você acha que eu assumi agora Sebastian ?- pergunto e ele engoli seco.

O encaro com um sorriso de lado e dou um passo a frente.

- eu já estou no comando a tempo Sebastian - digo rindo de uma maneira perturbadora e ele me olha receioso enquanto me aproximo bem lentamente, ele está apenas com cinco guardas que estão lateralizado ao seus carros - quando as crianças estavam no jardim brincando com carrinhos e bonecas meu caro, eu estava degolando minha primeira vítima - digo que com um olhar fixo nos seus vendo o medo por trás deles - quando os jovens estavam indo para os cinemas com os amigos, ou tendo seu primeiro encontro, eu já tinha mais cicatrizes do que você tem de homens que matou - falo o vendo engolir seco enquanto me aproximo mais e mais - Sebastian, quando você comprou aquela garota meu caro - digo já quase em sua frente - fui eu que a vendi a você - falo firme vendo sua expressão de espanto - eu que apareci no seu escritório aquela noite de surpresa com o rosto tampado para fechar o negócio - falo e ele me encara assustado, enquanto eu já estou bem em sua frente - eu que mandei a te enviar - vejo seus olhos procurar uma fuga mais nossos corpos estão muito próximos, olho seu rosto de confusão e sorrio chamando sua total atenção. - sabe Sebastian, quando um assassino de aluguel passa da linha sabe quem que o executa ou coloca sua cabeça a prêmio? - pergunto a ele que nega com a cabeça - bom essa pessoa sou eu - falo - sabe, quando alguém não cumpri com as regras implantadas  nas máfias, ou em qualquer ramo do mundo negro, sabe quem as executa ou penalizam Sebastian ? - pergunto e ele nega já tendo pingos de suor descendo em seu rosto - mais uma vez meu caro sou eu - falo e então ele engole seco - então só tenho uma coisa para te dizer.

Aproximo meu rosto da lateral do seu com o intuito de falar bem próximo ao seu ouvido.

- seu azar foi mexer com quem manda em tudo sem saber - digo e enfio uma adaga em seu abdômen, ele se recolhe e solta gemidos de dor enquanto seus guardas buscam pegar suas armas, mas desistem após verem que estão sobre a mira dos meus homens.

Olho para ele agoniando, torço a faca em seu abdômen o vendo retorcer de dor e o sangue escorrer sobre minhas mãos.

- ah meu caro - falo rindo, vendo em seu olhar a quase não existência de vida alí - aposto que essa hora você está totalmente arrependido de ter entrado em meu caminho - falo sorrindo e puxo a faca de uma vez.

Ele cai com as mãos sobre o abdômen, que está cada vez mais banhado de Sangue.

Entrego a faca para Luiz que coloca dentro de um saco, e pego um lenço dentro de meu terno limpando minhas mãos.

- foi um prazer te ver Sebastian - falo sorrindo me virando - nos vemos no inferno - digo e jogo o lenço sobre ele.

Dou dois passos em direção do carro até escutar novamente a voz de um guarda meu, Paulo.

- senhor qual sua ordem - pergunta ainda com as armas apontadas aos guardas que nos olham fixamente.

- sem rastros - digo e escuto os tiros disparo atrás de mim, com vários corpos caindo no chão, um sorriso nasce em meu rosto, não queria liberta esse lado meu, ainda mais pois eu gosto dele mais do que devia.

A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora