OGRO

7.8K 739 88
                                    

EDUARDO LOPES

- você é um OGRO ! - Cecília briga comigo mais uma vez assim que eu a coloco no chão, bem em frente da minha Ferrari.

- só isso? - pergunto com as mãos na cintura dela e ela se afasta de mim com raiva, olho para o lado e vejo Luiz no canto mais afastado, apenas nos olhando, observando a cena e rindo de tudo.

- não - ela diz - você - ela começa esbanjar todas sua raiva e indignação - você é um troglodita, ogro e um - ela fala com muita raiva - um ...

- um o que Cecília ? - pergunto de braço cruzado, e ela então da três pulinhos de raiva no chão que acaba me tirando um sorriso maior que devia.

- um idiota - fala com suas mãos esticadas para baixo evitando vir em minha direção.

Sorrio o que parece a deixar mais brava, e Luiz está até vermelho de tanto rir no canto vendo onde me meti.

- vamos - falo a puxando para o carro que tem apenas dois bancos, ela no começo não quer ir, mas apenas a olha insistindo, ela fica emburrada e bufa, mas seguem em direção do carro, entra grosseiramente no banco de passageiro até Luiz se aproxima de mim sem o sorriso no rosto .

- chefe, você não falou que ia levar ela - fala e Olha para o carro - onde eu vou ? - Pergunta e a cara de Cecília que estava em um carranca agora está surgindo um grande sorriso.

- interessante - ela começa a falar - vai apé amigo - ela diz rindo e zombeiro e bufo.

- vai de táxi Luiz - falo e o sorriso dela aumenta e o dele diminui. - encontramos no hotel depois - digo e ele permanece lá parado.

- você não estava rindo de mim agorinha - ela fala rindo e ele fecha sua expressão - o mundo da voltas rápido em - fala cantarolando, quando ela fala nem eu me aguento e sorrio.

- você é má Cecília - diz fazendo o drama dele - muito má!

Cecília mostra a língua para ele que se afasta a encarando sério mostrando na língua também, balanço a cabeça vendo essa cena e sorrio dessas duas crianças.

- tchau tchau - ela diz balançando as mãos e ele franze o cenho para ela, assim que ligo o carro.

- depois nos vemos Luiz - digo e ele me olha como se tivesse sido traído.

Acelero o carro e começo e escuto gritos atrás reconhecendo por ser de Luiz.

- não acredito que está me trocando seu amigo por uma MULHER - no final da frase quase não escuto mais, porém continuo rindo dele mentalmente.

Com uma mão começo a dirigir me encostando melhor no banco, olho de lado e vejo que ela já não está tão brava como ante, aliais ela está até melhor do que quando cheguei.

Com uma mão mexo o volante e olho de canto de olho, ela observando esse movimento.

Ela olha para minha mão segurando firme, e para as tatuagens que começam nela e segue por todo meu braço até meu tronco.

Viro o rosto por completo e a vejo mordendo o lábio inferior enquanto me observa.

Quando ela percebe que estou vendo sua reação, ela vira rapidamente.

- heyyy - ela solta quando viro rápido para a avenida principal, lado oposto de onde ela mora - para onde vai ? minha casa é para aquele lado. - ela fala e aponta.

- eu disse que ia te castigar não disse - falo rindo ela me encara. Com uma expressão de desconfiança. - você vai ter o castigo que merece - falo e ela me olha brava novamente.

- eu porque você que invadiu lá e saiu me arrastando como um homens das cavernas. - ela fala e riu.

- Eduardo eu não estou brincando - diz nervosa - para e me leva para casa - fala me encarando.

- está com medo de mim princesa ? - falo e ela me olha irritada.

- já disse para não me chamar de princesa - fala com os braços cruzados.

- tudo bem princesa - falo rindo de lado e ela fixas seu olhar assassino em mim. - tabom - digo e sua atenção volta a mim - você decide quer ir comigo ou não ? - falo e ela me encara decidindo o que vai fazer. - a escolha é sua - falo e ela fica se questionando.

- eu... - ela começa a falar e a olho impaciente.

- é simples princesa, sim ou não ? - pergunto e ela só me encara fixamente.

Bufo e jogo o carro para o acostamento a vendo assustada.

Dou seta para voltar e ela me encara confusa.

- o que está fazendo - pergunta se virando para mim.

- te levando de volta - falo começando a mexer no volante.

- não ! - ela fala firme e então eu paro.

- sabe você tem que se decidir - falo e a vejo ficando sem graça - se não quiser é só fala, mas não fica de joguinho - digo e ela me encara com um bico no rosto.

As vezes eu esqueço que sou oito anos mais velho.

Respiro fundo e encosto no banco.

Ela então olha para as mãos e para mim, tô com meu olhar fixo para frente, quando eu sinto uma mão delicada vir até meu rosto.

Me viro lentamente e sinto seus lábios alcançarem os meus, ela começa como qualquer jovem inexperiente, mas só o fato de ser ela me beijando já me enche de vontade.

Por impulso a puxo para meu colo e intensifico nosso beijo.

Escuto suspiros e gemidos dela principalmente quando eu começo a apalpar sem receio nenhum.

Quando estou com os dedos na polpa de sua bunda levantando sua saia e ela não está nenhum momento me parando, sinto meu celular vibrar.

- alô - atendo frustado e sinto Cecília beijando meu pescoço, suspiro de uma forma que pareço estar nas nuvens.

- seu sogro que te ver - Luiz fala e bufo, nesse momento estou mais interessado em manter as mãos em sua filha, penso comigo.

- não consegue enrolar ele ? - falo quando sinto as mãos delicadas delas brincar com meu sinto - por favor - digo e ele sorri, imaginando o que estamos fazendo.

- tá me devendo uma - diz e sorrio de olhos fechados sentindo um beijo dela em meu abdômen.

- até mil. - quando eu ia desligar ela pega meu celular e encerra a chamada.

Eu a encaro e ela sorri de lado para mim, de uma forma que deixaria qualquer homem de quatro por ela.

- você não queria me castigar - diz de um jeito meigo, mas com falas sacanas. - então me castigue.

A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora