SAÍDA

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EDUARDO LOPES

- você o que ????? - Luiz grita quando conto o que aconteceu entre mim e Cecília.

- não achei que reagiria assim - falo com ele enquanto seguro umas sacolas de roupas que ela comprou aqui no shopping.

Aproveitei que ela está experimentando sapatos e liguei para Luiz perguntando sobre as atualizações de como está meus negócios já que me afastei por cinco dias.

- você é louco né - ele fala - sou super a favor de vocês dois e essa história de amor inusitada - fala e reviro os olhos - mas pelo que tô entendendo vocês dois estão como dois Coelhos transando em todos os cantos - ele diz e engulo seco - cara se o pai dela descobre, tu fica castrado sério ! - ele fala e passo a mãos pela minha região por impulso de defesa.

- aconteceu - digo me defendendo.

- não venha com essa nao, vocês estão nesse tesão a tempos - diz e passo a mão pelos cabelos - podia bater punheta e esperar um ano para garantir que não ficaria sem membro - fala e bufo.

- terminou o sermão - digo olhando pelo o vidro se Cecília já terminou de experimentar os sapatos e vejo que nao.

- o que tá fazendo ? - pergunta vendo que não dei muita atenção a ele.

- estou no shopping com a Cecília - eu falo e então brota um silêncio.

- não me diga que ela tá em uma loja escolhendo sapatos e você está com várias sacolas no braço ?- pergunta e eu fico em silêncio pois é exatamente isso. - meu Deus, o temido rei do tráfico está domesticado.

- eu vou te mostrar o domesticado - falo e ele ri.

- só me diz uma coisa - ele fala sério - vocês se Preveniram? - ele pergunta e é como se um balde de água fria tivesse caído em minha cabeça.

Esse tempo todo o tesão que eu tinha dela, só queria saber de estar dentro dela, que acabei nem lembrando da porra da camisinha.

- Eduardo ? - Luiz pergunta de forma desesperada - pelo amor de Deus me fala que você encapou essa porcaria do seu pau - ele diz e ainda não consigo falar nada, se Cecília engravidar minha sentença de morte está declarada.

- eu tenho que desligar - falo rápido em desespero.

- EDUARDOOO - finalizo a chamada com um grito de fundo de Luiz.

Passo as mãos pelos cabelos, porra e agora, o que eu faço.

Avisto Cecília saindo da loja sorridente e por impulso meus olhos vão até sua barriga, meu Deus será?

- oie - ela diz risonha - de terra para Marte - fala balançando a mão em minha frente - Eduardo você está bem ? - pergunta e eu a encaro - você está pálido - diz e eu sorrio meio forçado.

- é que meio que passou uma coisa na minha cabeça aqui - falo me encostando na parede.

- Eduardo - ela vem preocupada - você não está bem - diz se aproximando - quer se sentar - pergunta e me acompanha até um banco.

Pai...

Porra não posso ser pai, nunca tive um bom pai, e se eu for pior do que meu pai foi comigo, e se Cecília for infeliz igual minha mãe foi com meu pai.

Começo a me desesperar e ela me abraça tentando me acalmar.

- hey - diz afagando meu rosto - calma eu estou aqui com você - diz e me encara nos olhos - pode me falar o que for - diz e encosta nossos narizes me trazendo um pouco de paz.

Olho para ela não sei como reagir, não sei o que vai ser, porra falta um ano ainda para nós casarmos e se ela estiver grávida?

Puxo o ar e tento me controlar, se ela estiver grávida, nos casamos e pronto, ela já seria minha mesmo.

O que pode acontecer é eu ir para meu casamento de cadeira de rodas, ou sem um membro do meu corpo, ou eu nem chegar a me casar.

Meu Deus tô morto.

- amor - ela men chama e volto para terra.

- tô bem - digo firme e ela me encara.

- certeza - pergunta e eu aceno confirmando.

- você tem sentindo algo diferente - pergunto do nada e ela me olha estranha.

- não - fala e eu suspiro de alívio.

- se você sentir me conta - pergunto e ela ri de mim me dando um selinho.

- conto - diz rindo e seguimos voltando até o carro.

Quando estamos indo entrar no carro me recordo de tudo que vivi com a Cecília, como uma coisa nada planejado, e uma obrigação me tornou muito mais feliz.

Quando ela.entrou no carro eu parei na. Porta.

- espera eu já volto - digo e ela me olha estranho - só um minuto - falo fechando a porta e corro para dentro do shopping de novo.

Vou até a barraca de flores que tinha no centro.

Me lembro de um dia que um rapaz da escola dela deu flores a ela, ela ficou sorridente e eu pirei.

Depois de dias Luiz me fez enxergar que ela havia gostado das flores e não do muleque.

- boa tarde - digo chegando na banca - queria pedir flores - falo sem saber só menos o que uma mulher gostaria de ganhar.

A senhora super gentil chegou perto de mim sorrindo.

- que tipo de flores - ela pergunta e eu paro sem saber o que falar, não entendo nada disso - bom - quando vê meu silêncio ela torna a falar - qualquer garota amaria ganhar rosas vermelhas de seu par - ela diz e sorrio  - mas... - ela fala prolongando e eu a encaro.

- mas? - pergunto e ela sorri para mim.

- mas as rosas brancas são as que mais simbolizam o amor de forma clara e pura, um amor duradouro e inocente - ela diz.

- vou querer esse então - digo por impulso não sabendo se fiz o certo.

- ótima escolha meu rapaz - ela diz e me entrega um buquê enorme e lindo - passo meu cartão sem se quer ver o valor e me importa com isso, só quero ver a reação dela ganhando isso aqui.

Volto para o carro e abro a porta lentamente ela está mexendo no celular quando me vê e abre a boca em total admiração.

- é para você - falo sem graça, nunca fui bom com ações de demostração de afeto.

Ela me olha com os olhos cheios de lágrimas e pega ele o abraçando.

- obrigada - ela diz encantada - eu amei - ela fala e me dá um beijo casto, sem saber o que falar apenas sorri e seguimos viagem até sua casa.

Mas dessa vez foi diferente, estávamos de mãos dadas, muito confortáveis com isso, era um sentimento diferente, estranho, mas que eu estava amando estar tendo ele, apenas com ela.

A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora