CECÍLIA FONTANA
Sinto seus braços me envolver e minha respiração está pesada, algo estranho aconteceu, eu me senti confortável, e livre estando com Eduardo, dessa maneira tão íntima.
Levanto meu olhar e ele está com a cabeça para trás com um ar sexy, sua boca entre aberta de um modo que me deixa hipnotizada, desço meu olhar e vejo sua camisa aberta, me dando a visão do seu belo peitoral.
Endireito minhas costas até percebe que ele em aperta evitando a sair.
Passo os olhos pelos seu tronco e braço e vejo várias cicatrizes.
Cicatrizes antigas, cicatrizes que parecem estar Ali a muito tempo.
Passo o dedo por uma delas e Eduardo me olha inquieto, como se quisesse que eu não tivesse as vistos.
Ele se acomoda melhor e me incentiva a volta para ao banco de passageiro ao lado.
- Eduardo...
Começo a falar mais ele me corta.
- acho melhor irmos - diz sem expressão - seu pai deve estar esperando você.
Fala automaticamente e percebo que ele se afastou assim que percebeu que notei suas cicatrizes.
Como isso aconteceu?
E porque o incomoda tanto?
Engulo seco saindo de sei colo e indo direto em direção do outro banco.
Coloco minha roupa com raiva e ele me encara com uma expressão de arrependimento.
Seguimos o caminho de volta totalmente em Silêncio.
Percebi ele me olhar de vez em quando, enquanto olho disfarçadamente pelo vidro do carro.
Após minutos finalmente chegamos na mansão de meus pais.
Quando o carro para, noto que ele me encara.
- Cecília - me chama sabendo que fiquei chateada.
Abro a porta do carro e saiu sem dizer mais nada, caminho para a entrada da mansão, e vejo ele saindo do carro de forma bruta vindo atrás de mim.
- Cecília - me chama novamente e finjo nem estar escutando.
- porra Cecília - ele se aproxima e segura minha nuca com força o fazendo encarar.
Engulo seco mais não aparento estar intimidada.
- o que foi - pergunto brava e ele me encara risonho
- não vai parar de ficar bravinha por qualquer coisa,? - Pergunta e eu o encaro com raiva.
- não - falo e me contorço quando ele segura a minha nuca mais forte me vendo arrepiar.
- vai ser sempre assim ? - pergunta com cara de zombeiro e balanço os ombros.
- você que lute - digo e saiu dos seus braços.
- você é muito marrenta - diz alto para mim.
- e você um ogro - falo alto resmungando para ele.
Escuto uma risada de fundo e viro meu rosto só um pouco, vejo ele entrar em sua Ferrari e acelerar saindo a mil.
Entro para casa pisando pesado e minha mãe aparece na sala preocupada.
- onde estava filha ? - pegunta toda doce, como queria ser um por cento doce como ela, mas não tenho essa paciência toda com as pessoas. - aconteceu algo ? - pergunta.
- sim - falo subindo para meu quarto acompanhada dela - algo chamado Eduardo - digo irritada e ela ri.
- o que Eduardo fez ? - ela pergunta cruzando os braços parada na porta me encarando super curiosa sobre a história que tenho que contar.
- ele simplesmente brotou do fundo da arquibancada do estádio na escola, trombou e mandou o quarteback para Nárnia, desceu e me jogou no ombro igual um homens das cavernas, só porque eu estava dançando como líder de torcida.
No final de minha fala carregada de ódio, a senhora Aurora, minha digníssima mãe em vez de ficar ao lado de sua querida filhar e falar mal do futuro genro, ela apenas me olhou e riu.
- maeeeee - falo indignada e ela ri mais ainda.
- desculpa bebe, mas essa cena na minha cabeça está hilária - diz e bufo me jogando na cama.
- mas foi só isso ? - pergunta e eu gelo. - aconteceu algo a mais?
Pergunta novamente ainda rindo e minha mente me trai com alguns flash.
Cenas de nossas intimidades juntas, sentindo seu calor e desejo, cenas de nossos beijos de tirar o fôlego e muitas cenas dele me fazendo gozar de inúmeras formas.
Dou uma tossida leve e me recomponho.
- não mãe só isso - digo rezando para que dona Aurora acredite.
- certeza - fala e entao eu pego um pacote de balinhas que estavam encima da minha cabeceira e jogo na boca.
- hunrrum - falo fingindo estar com a bica cheia.
- se você diz - fala dando os ombros, e parece que um peso sai dos meus ombros. - apenas não conte para seu pai, ele ficará super bravo com Eduardo.
Ao falar isso, a encaro com um sorriso crescente em meu rosto, jogo uma bala na minha boca pensando que é exatamente isso que farei.
- ok mamãe - digo e minha mãe vê que farei exatamente o que ela pediu para que eu não fizesse.
- meu Deus você é igual seu pai - diz risonha saindo e grito continuando a falar.
- isso é bom né, você ama ele então me ama mais que vincent - digo bem alto e posso ver que meu irmão passará aqui daqui uns minutos para me.xingar.
Deito na cama toda espalhada, e mordo o lábio lembrando de tudo que aconteceu.
Pensei que esse enlace ia ser horrível, mas estou gostando mais do que deveria.
Olho para o teto e meu sorriso vai desmanchando conforme algo vai voltando a minha mente.
Porque Eduardo é cheio de cicatrizes, e porque ele mudou quando eu as vi.
O que tem de errado para ele se sentir aéreo ao lembrar delas?
Ele não quer me falar mais eu vou descobrir, ah se vou !
Não porque eu goste dele, que é algo que não gosto, mas porque eu quero ajudar ele a superar isso, seja lá o que for.
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A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2
FanfictionCecília Fontana antes mesmo de nascer já havia sido prometida ao filho do rei do tráfico negro Eduardo Lopes. Quanto mais próximo seu aniversário de 19 anos se aproxima, mais sua família entra em desespero, apesar de serem os mafiosos mais temidos...