FESTA

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EDUARDO LOPES

- Tô tentando entender o porque de estar com esse copo com gelo no seu saco ? - Luiz pergunta risonho, sentado ao meu lado.

Estamos em uma mesa infelizmente centralizada, já que muita gente gosta da minha atenção.

- você não precisa saber - falo passando a mão livre pelo meu rosto.

- algo me diz que tem haver com aquela jovem de olhos azuis que não para de olhar para cá ? - ele diz e olho em direção da mesa que Cecília está com a família.

Quando ela vê que eu olhei em sua direção ela muda rapidamente o lugar que estava olhando, do casa de mim, para seu irmão.

- essa menina vai te dar trabalho - ele fala rindo e cortando um pedaço de uma carne que está no seu prato.

- você nem imagina - digo massageando minhas têmporas.

Tiro o copo da minha virilha que começa a latejar menos dessa vez.

Não sei se ela fez de propósito, mais me acertou em cheio.

Começo a comer quando vejo Giovanni se aproximar com sua esposa.

- olá Eduardo - ele chega e deixo meus talheres sobre a mesa me levantando sério para o cumprimentar.

- olá Giovanni - digo firme e sério o cumprimentando - Melissa - falo para sua esposa que está ao seu lado, abraçada com ele.

- olá - ela diz em tom doce.

- gostaria de o parabenizar pela união - digo e eles sorriem - que seja uma união harmônica e cheio de alegrias - digo exatamente o que Luiz me disse para falar, já que não tenho um jeito bom para lidar com pessoas.

- obrigada Eduardo - ele diz sorridente - espero que se sinta confortável, já que é praticamente da família - ele diz sorrindo e sorrio apenas por educação.

Família, nem sei o que significa esse termo.

Acho que o próximo de família que tive foi Luiz que pergunta como estou as vezes.

Me arrisco dizer que até Aurora, já que algumas vezes durante as visitas de meu pai, ela tentava brincar comigo e me dava várias coisas para comer, coisas que crianças gostavam, e que eu não tinha devido ao meu pai.

Nunca tive afeição, nem momentos de família ou algo do tipo, era apenas eu e armas, eu e os negócio do meu pai.

Rodrigo nunca quis ter um filho, sempre quis ter um herdeiro, e foi assim que me criou.

- está tudo bem ? - Giovanni pergunta e assim percebo que estava em outro mundo, no meu mundo que já estou acostumado a ficar, sozinho.

- pensando em trabalho apenas - disfarço e ele ri.

- você nunca deixa de trabalhar né? - diz e apenas nego com a cabeça.

- é isso que sempre me.manteve no topo - digo e ele sorri balançando a cabeça em negativo.

- trabalho não é tudo Eduardo - fala e aperta meu ombro - já que está aqui na Itália - diz me olhando - vá no nosso almoço de domingo, que fazemos uma vez no mês.

- almoço de domingo ? - pergunto e ele me olha.

- sim - diz simples - você será da família, e terá que levar Cecília para esses almoços, se não quiser dona Anna indo atrás de você com uma arma.

Dou um sorriso singelo, nunca havia sorrido de algo que me falaram, apenas fingia por educação.

- vou pensar a respeito - digo e ele acena.

- bom vou em outras mesas, aproveite - diz para mim - você também Luiz - fala para meu amigo que estava mastigando um enorme pedaço de carne.

Luiz sorri de boca fechada e continua mastigando.

- você não podia ter parado de comer quando ele chegou. ? - pergunto sério e ele ri.

- a comida tá boa demais Eduardo, come e relaxa - fala divertido - está muito sério - diz me olhando - ninguém aqui quer te matar - ele fala e meu olhar volta para mesa caindo sobre meu futuro sogro que estava me encarando sério.

- bom fora seu futuro sogro - ele diz sorrindo - ele quer super te matar - fala e olho para ele nervoso - mas não faria isso aqui com toda essa gente - diz levanto uma sombrancelha - bom eu acho que não - diz olhando para ele.

Balanço a cabeça, péssima ideia Eduardo ter vindo para cá.

Poderia ter ficado em casa, cuidando dos seus negócios, porque tinha que vir para outro pais na correria.

Suspiro e volto a cortar minha carne, olho para o lado e a vejo me olhando novamente.

Ela corta o carte e leva até sua boca, mastiga lentamente e com toda elegância.

Vejo um pequeno resquícios da comida que havia ficado no lado do seu rosto, ela desliza o dedo limpando de uma forma muito sexy.

Porra Eduardo o que está fazendo, está mesmo secando aquela pirralha.

Balanço a cabeça e foco em  termina minha refeição.

- se arrependeu de vir ?- Luiz pergunta

- nem um pouco - falo lembrando de meus poucos minutos com Cecília no Jardim.

- quem você quase matou ? - pergunta normal como se já estivesse acostumado com isso.

- prefiro nem comentar - falo e ele ri.

- só um então - fala rindo.

- serve de exemplo para os outros - sigo e ele gargalha.

Terminamos a refeição e olho para meu relógio Rolex em meu pulso.

- creio que temos de ir - fala e Luiz faz um bico irritante.

- mas nem bebemos todas - diz e o olho bravo.

- temos que comportar, todos os líderes estão me vendo - digo sério - temos que parecer inalcançável - fala e ele confirma com a cabeça - e também temos um compromisso amanhã - digo passando a mãos pelo cabelo e ele ri entendendo.

- ok vamos então - diz e nos levantamos para nós retirar.

Ando pela sala chamando atenção de muita gente, inclusive de Cecília que me vê indo embora, sua expressão é de descontentamento?

Será que ela não ficou contente de eu ir embora?

Esqueci disso Eduardo só vai que amanhã o dia será longo, ja que tenho que dormi cedo para ir nesse tal almoço de família.

A PROMETIDA - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora