Capítulo 16

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- Nossa, Ju. – Vivi suspirou. – Depois de tudo o que me contou, me sinto realmente mal de não ter te alertado. Os com cara de mau são os melhores na cama, mas também não são os caras certos para querer algo além de sexo.

Lancei o meu olhar mais mortal na direção de Vivi, que engoliu em seco e arregalou os olhos. Estávamos almoçando juntas, no restaurante de sempre, e aproveitei para contar sobre o passeio desastroso de barco e sobre o flerte do amigo dele comigo.

Não falei com Rodolffo pelo resto do fim de semana, e nem sabia se queria falar com ele depois de tudo.

- Você. – apontei meu garfo em sua direção. – Você disse nada de nerds! – me exaltei e ela levantou os braços, fazendo um gesto para que eu me acalmasse.

- Você queria sexo, não era pra se apaixonar. – ela se defendeu, tomando um pouco de suco e eu revirei os olhos irritada.

- Sério, eu me sinto estúpida. – escorei meu rosto com as palmas da mão, respirando fundo, antes de voltar a levantar a cabeça e olhar nos olhos de Vivi. – Um nerd nunca faria isso.

- Tem nerds bem babacas. – ela ponderou. – Sem contar, que era muito difícil um nerd ter te ajudado com seu livro.

- Enfim, a merda foi feita, e não me adianta em nada lamentar. Consegui finalizar meu livro, e enviei por e-mail para Larissa ontem.

- Fico feliz por isso, Jujuba. – ela procurou minha mão em cima da mesa, fazendo um carinho nos nós dos meus dedos. – Experiência, ruim ou boa, não deixa de ser uma experiência. Mesmo que esteja doendo agora, vai te ajudar a amadurecer.

- Você está certa, e eu sei que pode parecer masoquista da minha parte, mas não me arrependo de ter ficado com ele.

- Você vai continuar ficando com ele? – ela perguntou com cautela e eu balancei a cabeça.

- Não acho que consigo. – dei de ombros. – E por ele não ter nem entrado em contato depois, imagino que não queira mais saber de mim também.

- Sinto muito.

- Eu sou forte, vou ficar bem. – respondi otimista, sorrindo para reprimir a vontade que eu estava de chorar.

-

-

Voltei para o escritório, encontrando Monalisa no corredor, que logo sorriu para mim.

- Os advogados do Sr. Werner entraram em contato. – ela informou e eu assenti. – Querem marcar a conciliação do divórcio para a amanhã.

- Por mim, tudo bem. – sorri, concordando.

- Tenho te notado com uma carinha triste, tem certeza que não quer conversar?

- Não é nada, Mona. – sorri fraco. – Obrigada pela preocupação.

- Tudo bem.

Entrei logo na minha sala, e liguei o ar-condicionado, estava um calor horrível e eu sentia que ia derreter. Liguei o computador, e antes que abrisse o processos dos Werner, resolvi checar meus e-mails, para saber se já teria alguma resposta de Larissa.

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De: Larissa de Macedo Machado

Assunto: Publicação

Para: Juliette Freire

Juliette,

Devorei seu livro em menos de um dia, meu Deus mulher, você se superou!

Estão todos eufóricos com a sua história, estou mandando hoje seu livro para revisão, e esperamos que em breve ele esteja nas plataformas digitais e nas melhores livrarias do país.

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