Desci as escadas, e vi Rodolffo ascendendo duas velas, na mesa já posta. O cheiro estava delicioso, e eu já sentia minha boca aguar. Ele sorriu quando me viu, e me agarrou pela cintura, me puxando para um beijo apaixonado, que fez minhas pernas bambearem.
Estava louca de saudades dele.
- Tô quase desistindo de jantar, e te arrastando lá pra cima. – disse, tentando controlar as batidas do meu coração, que saltavam como bateria de escola de samba.
- Nada disso, ocê precisa se alimentar, agora por dois. – ele me deu um selinho, antes de puxar a cadeira para que eu me sentasse.
Ele trouxe da cozinha, duas taças com o que parecia vinho e eu sorri e neguei com a cabeça.
- Não posso beber, amor.
- É suco de uva. – ele sorriu.
- E vamos beber suco em taças?
- Vamo, hoje é um dia especial.
Ele colocou as duas taças à mesa, e cortou a carne assada que ele havia preparado, me servindo um pedaço, juntamente com batatas e um pouco de salada.
- O cheiro tá tão bom, visse.
- Espero que o gosto também esteja.
Rodolffo se sentou, depois que terminou de se servir, e ficou me olhando em expectativa. Parti um pedaço da carne e da batata, e comi, gemendo de satisfação.
- Meu Deus, Rodolffo. Isso tá perfeito! - Ele sorriu orgulhoso, antes de também começar a comer.
- Meus pais, convidaram a gente pra passar o natal com eles.
- Lá em Goiânia?
- Isso, eles querem muito que a gente vá.
- Eu quero ir, mas talvez a gente tenha que ir de carro, já me arrisquei muito vindo da Bahia de avião.
- Isso não é problema, vai ser até divertido.
Continuamos conversando durante todo o jantar, ele me contava animado sobre alguns projetos que tinha em mente. E eu aproveitei para dizer que talvez eu largasse meu trabalho na advocacia para sempre, e ele demonstrou muito apoio para que eu realmente seguisse com os meus planos.
- Isso me lembrou de uma coisa. – ele se levantou da mesa, indo até um cômodo próximo a sala, voltando de lá trazendo uma caixa grande e verde, com um grande laço branco por cima. – Seu presente de aniversário.
Me levantei e caminhei até ele, pegando a caixa de suas mãos e a apoiando em cima da mesa. Não sabia o que era ainda, mas sabia que era pesado.
- Como soube do meu aniversário?
- Ocê esqueceu sua carteira de motorista em casa, e eu vi a data de nascimento. – ele explicou, colocando as mãos no bolso da calça. – Devia ter me contado.
- Desculpa. – pedi e ele sorriu.
- Abre. – ele apontou para caixa e me virei novamente para ela.
Puxei uma das pontas da fita branca, e desfiz o grande laço. Abri a tampa da caixa, e levei as duas mãos à boca, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.
- Eu sei que gosta de escrever no notebook, mas me falaram que todo escritor gosta de uma dessas, e eu achei que seria um presente que gostaria, mesmo que decida não usar. – ele se explicou, mas nem precisaria.
Ele me presenteou com uma máquina de escrever, era uma versão mais moderna e pequena, toda azul claro.
Foi o presente mais lindo que já ganhei.
- Fala alguma coisa, ocê não gostou, né? Posso comprar outra coisa, trocar seu notebook se preferir... - não deixei ele terminar de falar, e pulei em seu colo, dando vários beijos em seu rosto.
- Eu não gostei, eu amei! – disse animada e ele sorriu. – É perfeito, você é perfeito. – fiz um carinho em seus cabelos e beijei seus lábios. – Obrigada, amor.
- Ocê tá me dando o maior presente de todos, isso não é nada.
- E agora eu vou dar o maior agradecimento de todos. – sorri levada e ele estreitou os olhos. – Lá no quarto.
- É? – ele perguntou, subindo as escadas comigo em seu colo.
- Uhum. – murmurei, enquanto beijava seu pescoço, fazendo ele soltar um suspiro pesado. – Vou agradecer de todas as formas que quiser. – sussurrei em seu ouvido, e ele segurou meu quadril com mais força.
Ao chegarmos no quarto, ele me depositou lentamente na cama, seus olhos incendiados de desejo, presos aos meus.
- Tem certeza que a gente pode fazer? – ele perguntou com a voz rouca, e eu percebi que ele estava inseguro.
- Podemos. – afirmei, o puxando pela camisa e o fazendo deitar por cima de mim.
- Não é melhor esperar a consulta, e perguntar a médica?
- Não. – respondi, subindo minhas mãos por dentro de sua blusa e arranhando sua pele, fazendo ele arfar.
- Tô com medo de te machucar.
Eu nem ouvia o que ele dizia, estava mais empenhada em arrancar suas roupas e tirar as minhas próprias, vi seus olhos brilharem ao ver meu corpo completamente nu, e eu sabia que o desejo dele, ia falar mais alto do que as suas preocupações.
Rodolffo começou a chupar meu pescoço, me fazendo contorcer debaixo do seu corpo, sua ereção pressionava minha coxa, e eu já me sentia encharcada, mesmo que mal tivéssemos começado as preliminares.
Quase gritei, quando ele tocou meus seios, meus mamilos estavam mais sensíveis do que nunca, ele desceu os beijos pelo meu colo, passando a ponta da língua pelo meu mamilo. Arqueei meu corpo, quando ele sugou um deles, sentia que iria gozar só com ele chupando meu seio.
Ele foi descendo os beijos até minha barriga, chupando meu umbigo, fazendo minha lubrificação escorrer pelas pernas, quanto mais ele se aproximava do meu sexo. Ele me tocou com um dos dedos, soltando um grunhido.
- Porra, Juliette. - Rodolffo abriu minhas pernas, e se posicionou entre elas, olhando para mim como se pedisse permissão, mordi os lábios e assenti. – Tem certeza que não vou te machucar? – perguntou, enquanto pincelava o pau na minha entrada, me fazendo gemer em antecipação.
Rebolei de encontro a ele, querendo que ele me penetrasse logo, mas ele segurou meus quadris, impedindo o contato.
- Coloca logo, Rodolffo. – implorei, parecia que todo o meu corpo iria entrar em combustão se eu não o tivesse logo dentro de mim.
Agarrei os lençóis, quando ele me penetrou, me preenchendo lentamente, antes de se retirar inteiro de dentro de mim, e repetir o processo, os movimentos lentos estavam me enlouquecendo, mas ele parecia gostar de me torturar.
Ele levou o polegar ao meu clitóris, massageando o ponto inchado enquanto continuava a se retirar e entrar em mim de forma lenta.
Eu já não aguentava mais, precisava que ele fosse mais rápido, e fizesse amor comigo da forma como eu mais gostava. Num movimento, inverti nossas posições e fiquei por cima dele, cavalgando como uma amazona em seu pau.
- Puta.Que.Pariu. – ele grunhiu, enquanto segurava forte em meu quadril, me ajudando com os movimentos, deixando-os cada vez mais velozes.
Senti as minhas paredes vaginais se apertarem, e levei uma das mãos ao meu clitóris, massageando como eu gostava, gemendo alto, sentindo o orgasmo se aproximar. Percebi que ele também estava próximo do ápice, rebolei mais em seu pau e o vi jogar a cabeça para trás e revirar os olhos, enquanto eu também explodia num orgasmo, que me fez não só ver estrelas, mas como a constelação inteira.
Cai por cima dele, colando nossas testas, enquanto tentávamos controlar nossas respirações.
- Vão ser os melhores nove meses da minha vida, puta que pariu! – ele exclamou e eu soltei uma risada, antes de desconectar nossos sexos e me deitar ao seu lado.
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Meu Romance!
FanfictionJuliette é uma advogada, que gosta de escrever romances nas horas vagas. Depois de escrever um novo romance, e receber um pedido da editora chefe para deixá-lo mais quente, ela conta com um novo desafio: achar um cara que a faça viver uma paixão ard...