Capítulo 35

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Já me sentia saudosa, enquanto arrumava as minhas malas, o fim de semana passou tão rápido, queria que passasse mais devagar, e ter mais tempo ali.

- Pronta, princesa? – Rodolffo perguntou, já vestido com uma calça jeans clara e uma camisa branca, haviam um moletom branco jogado em cimas dos ombros, e seus cabelos estavam cheios de cachinhos, que deixava ele ainda mais charmoso.

- Uhum. – murmurei, colocando minha mala no chão, e ele se aproximou, passando as mãos pela minha cintura.

- Tá com essa carinha porquê? Não queria ir embora? – fiz que não com a cabeça, enquanto fazia um bico. – A gente volta outra vez com mais tempo. – ele me prometeu e beijou meus lábios. – Agora a gente precisa ir, se não vamos perder nosso voo.

- Tá bom. – o segui, meio contrariada.

Senti meu coração se apertar quando me despedia dos meus sogros, eles foram tão atenciosos e carinhosos comigo, que parecia que eu os conhecia há anos.

- Oh, minha querida. Volte sempre, adorei conhecer você. – dona Vera me disse gentil, logo após me dar um abraço.

- Isso mesmo, volte sempre. Será sempre um prazer te ter aqui com a gente. – seu Juarez completou, também me dando um abraço afetuoso.

- Nem sei como agradecer por todo o carinho, eu amei conhecer a casa de vocês, e amei também ficar aqui por uns dias.

- Vamos tentar vir mais vezes. – Rodolffo prometeu, antes de abraçar os pais. – A gente precisa ir, meu amor.

- E a Izabella? – perguntei, não a vendo ali.

- Ela saiu com o Marcos, deve estar quase chegando. – dona Vera informou. – Mas vá tranquila, eu aviso a Izabella que tiveram que ir.

- Diz que eu deixei um abraço.

- Digo sim, filha. – Rodolffo me puxou pela mão, nos guiando até a parte de fora da casa, Modelo se encarregou das nossas malas, e meus sogros nos acompanharam até o carro. – Vão com Deus, avisem quando chegar.

- Avisamos sim. – disse e acenei, enquanto Modelo arrancava e nos levava até o aeroporto.

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Eu ainda tentava manter meu corpo desperto, no meu almoço com Vivi, o voo atrasou e chegamos bem tarde no Rio, e eu quase não dormi. Minhas costas ainda doíam do atrito da rocha, e eu estava levemente preocupada por termos feito novamente sexo sem proteção.

- Estou feliz que encontrou uma família, na família do seu namorado. – Vivi disse sorrindo, enquanto eu adoçava meu suco de laranja.

- Eles foram tão atenciosos comigo, juro que eu não esperava, os pais do Daniel também sempre me trataram bem, mas só fui conhecê-los quando já estávamos com quase um ano de namoro. Eu e Rodolffo estamos juntos há tão pouco tempo, e eles pareceram gostar tanto de mim.

- Não tem porque não gostar, Jujuba. Você é uma mulher incrível! – ela afirmou e eu sorri.

- Você vai comigo olhar apartamentos hoje? – perguntei e ela arqueou uma sobrancelha.

- Me explica porque vai continuar procurando por apartamento, se seu boy te chamou pra morar com ele?

- Você acha que eu devo aceitar? – estava em dúvida, eu lutava com minha consciência desde que ele fez o convite. – Quer dizer, estamos juntos há pouco tempo, e eu gosto muito dele e sei que ele gosta de mim, mas morar junto é quase a mesma coisa que casar, e se ele não gostar mais de mim depois de me conhecer melhor?

- Amiga, convivência nem sempre é fácil, vai ser um exercício diário. Vocês vão ter que aprender a viver com as manias um do outro, e se não der certo, não deu, ué.

- Eu tenho medo, Vivi. A nossa convivência é mínima, ele só soube dos meus pais nesse fim de semana, tenho medo de apressar as coisas e tudo acabar dando errado.

- Mas tem a possibilidade de dar super certo também. – ela pontuou e eu suspirei, enquanto considerava.

- Vou continuar procurando, amiga. Pelo menos até ter certeza que eu devo aceitar o convite dele.

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- Animada para o lançamento do seu livro amanhã? - Rodolffo perguntou, estava deitada em seu peito e ele fazia carinho em meus cabelos.

Larissa decidiu por marcar o lançamento na sexta-feira à tarde, numa livraria de renome, e os dois se empenharam na divulgação, atraindo muito interesse por parte dos leitores e impressa.

- Animada e nervosa ao mesmo tempo. - admiti, fechando os olhos, enquanto sentia o carinho gostoso e relaxante dele.

- Vai dar tudo certo. - ele afirmou, depositando um beijo em minha têmpora. - Já se decidiu sobre a minha proposta? Pelo que me contou seu prazo está acabando.

Suspirei, e beijei seu peito.

Olhei apartamentos durante toda a semana, e não havia gostado de nenhum. Vivi tentava me convencer todos os dias a aceitar a proposta de Rodolffo, e ele, por mais que nos falássemos todos os dias, evitava tocar novamente no assunto.

Bom, até agora, pelo menos.

- Eu quero muito vir morar com você, mas tenho medo também. - confessei, e ele segurou meu queixo e levantou minha cabeça, me fazendo olhar em seus olhos.

- Medo do que?

- Ah, Rod. - levantei do seu peito e me ajeitei melhor no sofá. - Eu sou bagunceira, reclamona, mandona e chata, quando começar a conviver comigo todos os dias, você vai ver isso e eu tenho medo de você deixar de gostar de mim. - despejei de uma vez, evitando olhar em seus olhos, mas ele soltou uma risada fraca.

- E ocê realmente acha que te amo apenas pelas suas qualidades? - perguntou e eu o encarei, o semblante dele era tranquilo e divertido e eu me senti boba pelos meus medos. - Mesmo estando há pouco tempo juntos, eu já sei de muitas das suas manias e defeitos, e te amo apesar deles.

- Então não vai deixar de gostar de mim se eu bagunçar sua casa? - perguntei e ele riu.

- Talvez eu brigue, mas deixar de gostar de você não. Eu também sou chato e reclamão, além de ser metódico com as minhas coisas, mas vamos aprender a conviver, uai.

- E se não der certo?

- Vai dar. - eu fiz uma menção de protesto e ele me puxou para sentar de frente em seu colo. - Não vamos ser pessimistas, sei que tem chances de não dar certo, mas vamos fazer dar certo.

- Que você saiba, que eu já acordo caçando alguém pra arengar. - contei e ele deu uma gargalhada.

- A gente pode arengar todo dia, mas no final temos que fazer um amorzinho gostoso.

- Hmm, safadinho. - brinquei, depositando um beijo em seus lábios.

- Vai vir morar comigo, então?

- Vou, mas só venho no final do mês, quando acabar meu contrato de aluguel.

- Combinado.

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