Capítulo 10

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Acordei assustada, quando os raios de sol invadiram o quarto, me mostrando que já era dia. Levantei num pulo, saindo da cama depressa.

- Onde ocê vai, fujona? – ouvi a voz sonolenta e macia de Rodolffo me perguntar, e me virei para olhá-lo.

Cabelos bagunçados, cara de sono, o corpo nu coberto apenas por um lençol fino. Deveria ser crime alguém ser tão gostoso assim, ainda mais acabando de acordar. Quase ignorei o fato de que era uma quarta-feira, e que provavelmente já estava atrasada para o trabalho, para voltar para a cama e transar com ele pelo resto do dia.

- Preciso ir pro trabalho. – justifiquei e ele fez careta.

- Vem aqui me dar um bom dia direito. – pediu, esticando os braços.

Sorri e neguei com a cabeça, me ajoelhando na cama e sendo puxada instantaneamente para o seu colo.

- Rodolffo, não dá tempo. – o censurei e ele sorriu, me jogando na cama e subindo em cima de mim.

- É rapidinho. – ele insistiu, começando a beijar meu pescoço, me fazendo ficar mole em seus braços.

- Eu ainda preciso ir para casa, tomar um banho e trocar de roupa. – empurrei seu peito delicadamente e ele olhou para mim, passando as costas dos dedos na minha bochecha.

- Então toma banho comigo?

- Ontem você me enganou, disse que era só banho e acabamos transando no chuveiro. – falei e ele riu e mordeu o lábio inferior.

- Te vejo hoje à noite, então? – ele perguntou, saindo de cima de mim.

- Acho que sim. – respondi me levantando, e procurando minhas roupas pelo quarto.

- Suas roupas estão lá em baixo. – ele lembrou.

- Ah é.

Sorri tímida, e corri até o primeiro andar, pegando as minhas roupas e as vestindo ali mesmo, aproveitando para olhar a hora em meu celular, já se passavam das seis da manhã. Corri novamente para o segundo andar, Rodolffo já estava vestido com um short, sentado na cama mexendo no celular, aproveitei sua distração para ir ao banheiro.

Lavei o meu rosto, e prendi os meus cabelos em um coque, não daria tempo para desfazer os nós em meus fios agora. Olhei para o chuveiro, sentindo muita vontade de tomar um banho, mas ele nunca me deixaria tomar um banho rápido e eu acabaria me atrasando ainda mais.

Me limpei como dava, e voltei ao quarto, pegando as minhas sandálias que estavam jogadas no chão do quarto.

- Obrigada pela noite. – agradeci, me aproximando dele e dando um selinho em seus lábios.

- A gente nem jantou. – ele lamentou, se levantando da cama e me segurando pela cintura.

- Você preparou um jantar para mim? – perguntei surpresa e ele assentiu.

- Preparei, ocê acredita?

- Teria adorado jantar com você, mas amei nossa noite mesmo sem jantar. – beijei seus lábios e o abracei. – Preciso ir. – falei me afastando.

- Te levo até a porta.

Descemos pela escada, e ele abriu a porta da entrada, segurando minha mão enquanto saía.

- Me liga? – ele perguntou, roçando o polegar pelos nós dos meus dedos.

- Ligo. – afirmei, e fiquei na ponta dos pés para beijar seus lábios, antes de dar as costas e voltar ao meu carro.

Ele ficou parado na porta, me esperando arrancar e partir, faziam segundos que estávamos longe e eu já sentia saudades.

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