Capítulo 18

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De: Rodolffo Matthaus

Assunto: Sinto a sua falta...

Para: Juliette Freire

Juli,

Tentei falar com você algumas vezes, mas acho que me bloqueou.

Já faz mais de uma semana que a gente não se fala, eu sei que fui um idiota com você, e que talvez não seja capaz de me perdoar nunca mais.

Desde a primeira vez que te vi, sabia que com você seria diferente, e acabei fazendo algo que eu nunca fazia. Te levei para minha casa.

Depois de ficar com você pela primeira vez, eu sabia que queria ficar de novo e de novo, e por mais quantas vezes fossem necessárias, para a acabar com o desejo que eu sentia de você, mas ele parecia não acabar.

Todas as vezes que ficávamos, eu queria mais.

Isso me assustou, e eu fui covarde. Procurei outras mulheres, achando que isso me faria esquecer de você.

A primeira vez que ouvi o Guilherme dizer que eu estava apaixonado, eu dei risada. Mas só isso explica essa necessidade que eu tenho de querer você todos os dias.

Você foi uma sequência de primeiras vezes na minha vida: primeira mulher que eu trouxe para casa, primeira mulher que dormi de conchinha, primeira mulher por quem me apaixonei, primeira mulher com quem eu andei de mãos dadas, primeira mulher para quem eu cozinhei, duas vezes.

E eu queria muito ter outras primeiras vezes com você! E te provar, que mesmo que eu tenha sido um idiota e um escroto, eu te amo e quero fazer dar certo.

Me dá outra chance?

Eu sinto muito a sua falta, todos os dias. Tanto, que chega a doer.

Me perdoa...

Rodolffo Matthaus

CEO – R2J Publicidade e Comunicação Digital

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Termino de ler o e-mail, já procurando os três pontinhos na lateral, e clicando em "bloquear esse contato".

"Tem certeza que deseja bloquear esse contato?"

- Sim, eu tenho. – respondi para mim mesma, clicando no "sim" que aparecia em minha tela.

Nem sei como ele conseguiu meu endereço de e-mail, e achei muito audacioso ele entrar em contato comigo depois de tudo. Minha vontade era de responder e mandar ele ir se foder, em caps lock.

Ele acha o que? Que vai dizer que me ama, e tudo vai ficar bem?

Não, meu amor.

Vai ser preciso muito mais do que isso, para me reconquistar.

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- Tem certeza que vai ficar bem? – Vivi perguntou preocupada, enquanto eu a ajudava a fazer as malas.

Ronan a convidou para passar alguns dias em Angra, mas minha amiga estava insegura de ir e me deixar sozinha.

- Tenho, não é porque estou miserável, que você não mereça tirar uns dias e se divertir com seu boy.

- Você sabe que pode me ligar a qualquer momento, não é?

- Sei, amiga. – sorri, tentando deixa-la mais tranquila. – Eu vou ficar bem.

- Eu ainda não acredito que ele teve coragem de te mandar um e-mail. – ela bufou, jogando uma necessaire na mala e a fechando em seguida. – E como ele conseguiu seu contato?

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