Capítulo 49

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A melhor decisão que tomei, mesmo que tenha sido difícil, foi largar meu emprego no escritório de advocacia. Tive muito apoio do Rodolffo nessa decisão, e decidi me dedicar inteiramente a escrita.

Larissa amou a continuação do livro, e ele já estava em processo de revisão na editora. Os seguidores de Scarlatt não paravam de crescer, e eu tomei a decisão de me manter anônima. Gostava da minha privacidade, e não estava disposta a abrir mão dela.

Minha gravidez avançava, e minha barriga já estava crescendo. Às vezes Rodolffo passava horas conversando com o nosso filho, e pela forma que ele se agitava quando o Rod estava perto, tinha a certeza de que ele já conhecia a voz do pai.

Rodolffo se adaptou, de forma que ele sempre estivesse em casa para o jantar, e me ligava várias vezes ao dia para ter certeza que eu estava bem. Também conversava todos os dias com Vivi, que estava vivendo feliz no Canadá com Ronan.

Esvaziamos o quarto ao lado do nosso, e eu resolvi que pintaria nas paredes, os mesmos desenhos que vi em meus sonhos. Sempre gostei de desenhar e resolvi me arriscar para que tudo ficasse perfeito, exatamente da forma como eu imaginei.

- Tá com fome, Gabe? – terminava de pintar algumas algas marinhas, quando senti meu bebê se agitar na minha barriga. – Tudo bem, vamos parar para comer um pouquinho.

Me levantei, e fui até o primeiro andar. Fiz um sanduíche natural, e um suco de abacaxi, terminava de comer, quando meu noivo chegou em casa. Quando ele me viu, correu para esconder o que tinha em suas mãos atrás das costas, e sorriu travesso.

- Tenho uma surpresa. – ele anunciou, alargando ainda mais o sorriso.

Fiquei curiosa, e me aproximei dele, tentando ver o que ele escondia atrás do corpo, mas ele não me deixou me aproximar o suficiente para que eu visse.

- Preparada? – ele perguntou e eu neguei com a cabeça. – Ocê vai gostar, eu prometo.

Rodolffo se aproximou mais, e nesse momento consegui ouvir um chorinho baixo, e eu franzi a testa, confusa sobre o que ele carregava atrás do seu corpo. Ele deu uma risada baixinha, e me mostrou o que ele trazia.

Levei as minhas duas mãos a boca, chorando compulsivamente, quando vi nas mãos grandes dele, duas bolinhas de pêlo.

- Comprei procê, sei que não é o ideal comprar animais de estimação, mas lembrei o quanto gostou do cachorro da Iza, pra compensar, eu fiz uma doação de cinco vezes o valor deles, para um abrigo de cães.

Eu não sabia o que dizer, senti meu coração transbordar de alegria e emoção, e eu só conseguia chorar, me aproximei dele e peguei os dois filhotinhos no colo, eram a coisinha mais linda e fofa que já vi na vida.

- Não era procê chorar, meu amor. Era pra ficar feliz. – ele fez um carinho em minha bochecha, secando as minhas lágrimas.

- Eu tô. – foi só o que consegui responder, e ele me abraçou, me aconchegando em seu colo e sentando comigo no sofá, juntos com os filhotinhos. – Obrigada!

- Precisamos escolher um nome pra eles, é um casal. – ele disse, passando a mão no pelo do macho, que era um pouco maior do que a fêmea.

- Ela é tão pitica. – disse emocionada e depois sorri. – Acho que esse pode ser o nome dela.

- Adorei. – ele sorriu, me dando um beijo na testa. – E esse rapazote aqui?

- O que acha de cuscuz? – perguntei e ele deu uma risada.

- Pitica e Cuscuz. – ele ponderou, fazendo um carinho nos dois. – Eu gostei, visse.

- Obrigada, eu nem sei como te agradecer, você tem sido perfeito. – agradeci e selei nossos lábios. – E a sua alergia?

- Eu te amo, Ju. – ele se declarou. – E a minha alergia a gente dá um jeito, ocê fica muito sozinha, acho que seria bom ter companhia, minha vontade era mesmo de estar com ocê o tempo todinho, mas como não posso, esses bebezinhos aqui vão cuidar d'ocê, até nosso príncipe nascer

- Eu amei, eles são perfeitos.

- Eu amei, eles são perfeitos

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Rodolffo comprou várias coisas para os cachorros, e tivemos uma noite alegre e divertida com os filhotes.

- Vou encomendar as proteções pra colocar na escada, Deus me livre acontecer alguma coisa com meus fiótim. – ele disse babão, enquanto carregava o cuscuz, e eu abafei uma risada quando eu vi um do lado do outro. – Que foi?

- Promete que não vai ficar bravo? – perguntei divertida e ele sorriu.

- Prometo.

- É que vendo vocês dois assim, vocês são meio que parecidos, visse. – nós dois demos uma gargalhada alta.

- Uai, meu filho tem que parecer mesmo com o pai.

- Eles vão dormir com a gente? – perguntei, enquanto Pitica lambia meu rosto.

- Por enquanto, sim. – respondeu, colocando Cuscuz novamente no chão da sala. – Depois vou arrumar um lugarzinho pros dois ficarem, vamos precisar de adestrador também, pra ensinar eles a fazerem as necessidades no lugar certo.

- Eu tô muito apaixonada por eles, e ainda mais apaixonada por você. – declarei me aproximando e selando nossos lábios. – Agora, vem ver o que eu fiz no quarto, tá ficando lindo, visse.

Deixamos os dois cachorrinhos num cercadinho, e subimos juntos para o segundo lugar, o quarto ainda não estava todo pintado, mas já estava orgulhosa do que já tinha feito.

Deixamos os dois cachorrinhos num cercadinho, e subimos juntos para o segundo lugar, o quarto ainda não estava todo pintado, mas já estava orgulhosa do que já tinha feito

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- Putz! – ele exclamou, assim que entramos no futuro quarto do nosso filho. – Isso tá ficando lindo demais da conta.

- Gostasse?

- Amei, nosso filho tem sorte de ter uma mãe tão linda, inteligente, talentosa. – ele me puxou contra o seu corpo, e beijou meu pescoço, me fazendo arrepiar. – Gostosa, cheirosa. – continuou me beijando e eu dei risada.

- Acho que não tô muito cheirosa não, visse. Não tomei banho ainda.

- Então vamos lá, vou dar um banho em você. – disse, já me puxando até o nosso quarto.

- Com safadeza ou sem safadeza?

- Com muita safadeza.

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