Capítulo 45

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Já faziam alguns anos que eu não me sentia tão animada para comemorar o Natal, e mesmo que eu sentisse falta da minha família todos os dias, me permiti ficar feliz com a data.

Muitas coisas aconteceram esse ano.

Encontrei um cara legal, que me ama muito, a família dele me acolheu como se eu fosse filha deles, eu esperava um filho, as vendas do meu livro estavam a todo vapor, e em breve eu lançaria a continuação dele.

Motivos mais do que suficientes para comemorar.

- Pronta? - Rodolffo apareceu no quarto, estava lindo com uma camisa vermelha e calça jeans.

- Sim. - respondi, me levantando a ajeitando meu vestido. - Como eu estou? - girei sob meus pés, mostrando meu vestido.

Era acinturado e de alças grossas, a saia era rodada e ele era todo verde, tinha um ar de anos cinquenta, o que tornava ele ainda mais lindo.

- Perfeita! - ele se aproximou, me segurando pela cintura. - Ocê é linda, meu amor.

- Você também está lindo. - o admirei, passando minhas mãos pelo seu peito firme.

- Sabe que eu não vejo a hora de ver essa barriga crescendo. - ele disse, passando a mão pela minha barriga e eu sorri.

- Eu também, nosso filho é tão pequenininho ainda. - coloquei minha mão sobre a dele.

- Ocê acha mesmo que vai vim um mulequinho, né?

- Eu sei que acha que é uma menina, mas eu acho sim que vai ser menino, lindo e bochechudo igual o que vi no meu sonho.

- Eu tô feliz com o que vier. - ele disse sincero, antes de me dar um beijo, mas encerrei antes que aprofundássemos, ouvindo um murmuro de protesto dele.

- Tu vai borrar meu batom, visse.

- Se ocê não ficasse tão linda com esse batom de cereja, eu ia proibir ocê de usar.

- Oxente! Agora eu vi mesmo. - me fingi de brava, e depois o puxei pela mão. - Larga de falar besteira, e vamos descer que seu filho está com fome.

-

-

A família Rios Silva, sabia como ninguém preparar uma ceia de Natal. Toda a decoração da casa, eram em tons tradicionais, vermelho, verde e dourado, e até os piscas eram amarelos, para não fugir do tema com cores quentes.

Israel e Laís, passariam o Natal com a gente, mas com o nascimento da pequena Duda, eles preferiram ficar em casa, com a recém nascida. Eu fiquei ainda mais encantada com a maternidade, quando segurei ela no colo, e eu não via a hora que o meu nascesse.

Minha sogra, havia feito algumas árvores com jujubas, e eu já tinha comido metade de uma árvore antes da ceia ser servida. Rodolffo não ficou muito para trás, ele também é fissurado em doce.

- Rodolffo, não se encha de balas antes da hora, ou não vai conseguir comer com a gente. - dona Vera o repreendeu, depois de vê-lo desmontar mais um de seus arranjos.

- Ela só briga comigo, ocê já comeu um tanto e ela não falou nada. - ele reclamou e eu dei risada.

- Vantagens de estar grávida. - impliquei e ele fez careta.

- Eu ser o pai da criança não conta?

- Não! - dona Vera gritou e ele bufou, me fazendo rir ainda mais.

A ceia foi servida, estava tudo delicioso e eu comi como se tivesse acabado de sair do presídio. As balas não estragaram nem um pouco o apetite de Rodolffo, que comeu tanto quanto eu.

Nos divertimos muito, seu Juju contava animado as histórias de seus filhos, e relembravam juntos outros Natais em família.

Em um determinado momento, Rodolffo pediu a palavra.

- Eu queria aproveitar esse momento, pra falar umas coisas. - Rodolffo começou. - Ocês sabem que não sou o melhor com as palavras, e eu tô meio nervoso, mas estar aqui, rodeado das pessoas que eu amo e que me amam também, me dá a liberdade de me expressar.

Rodolffo me olhou, segurou minha mão por debaixo da mesa e sorriu.

- Desde que me mudei pro Rio, tive a chance de me realizar profissionalmente, e eu achava que estava feliz assim, aí eu conheci a Ju, e tive a oportunidade de me realizar pessoalmente, ela me ensinou muita coisa e eu sei que é com ela que eu quero ficar pra sempre. Por isso hoje. - ele retirou uma caixinha quadrada do bolso, e colocou a minha frente na mesa, eu abri e encontrei dois pares de aliança de ouro branco, e um anel solitário. - Eu queria saber se me dá a honra de ser seu marido?

Me senti emocionada com o pedido, e confesso que eu já esperava por ele há dias. Já vivíamos como casados, mas queria muito me casar com ele de verdade.

- Claro que eu quero! - o abracei forte, selando nossos lábios, ouvindo meus sogros e cunhados comemorarem.

- Eu sei que não pode beber, minha nora. Mas isso é pra comemorar. – disse meu sogro animado, antes de estourar a champagne.

Rodolffo aproveitou para colocar a aliança e o anel no meu dedo, e eu coloquei a aliança no dedo dele, depositando um beijo casto em seu dedo em seguida.

- Obrigada, por tudo! – agradeci a ele emocionada, ele era para mim muito mais do que um namorado ou noivo, ele agora era a minha família.

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