Epílogo

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"O amor é uma construção inteligente de duas pessoas sábias, que decidem ser amigos, companheiros, cumplices, camaradas e bons amantes, que apesar dos problemas que nunca faltam, se escolhem todas as manhãs para continuar caminhando juntos pela vida."

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Comecei essa jornada, querendo ser uma escritora de sucesso e sem nunca ter vivido uma paixão arrebatadora. Mas agora, graças ao Rodolffo, eu vivi o romance mais lindo do mundo, e pude me tornar a escritora que sempre soube que poderia ser.

Hoje eu tinha a família perfeita, um marido presente e dedicado, um filho lindo, sogros que me tratavam como filha, uma cunhada que era como uma irmã, e agora dentro do meu ventre crescia mais um fruto do nosso amor, Rodolffo ainda não sabia, mas os enjoos constantes não impediriam que ele logo descobrisse.

Já faziam alguns dias que eu me sentia enjoada, mas só hoje resolvi fazer o teste e ter certeza do que motivava aqueles enjoos. Não foi surpresa quando as duas listrinhas vermelhas apareceram no teste, mas preferi contar depois da festa de dois anos do Gabriel.

Tudo já estava organizado no jardim dos fundos da nossa casa, ele quis a festa dos minions, e estava lindo de blusa amarela, macacão jeans e um óculos, que imitava os olhos dos minions, na cabeça. Toda a decoração era temática da animação, e para entrarmos no clima, também nos vestimos nas cores da festa.

Rodolffo usava uma camisa amarela e calça jeans, e eu usava um vestido estilo jardineira jeans, porém rodado, e uma blusa cropped amarela. Preferi o conforto de um tênis all star jeans, Gabriel era terrível, e eu provavelmente teria que correr atrás dele durante toda a festa.

Logo nossos convidados começaram a chegar, fizemos uma festa mais intimista, mas todos os nossos amigos vieram, inclusive Vivi e seu agora marido, Ronan.

Alguns dos coleguinhas do Gabriel também vieram, e eles corriam pela grama com cuscuz, o atentado, aos seus encalços.

Pitica era uma lady, e me seguia para todo o lado, mas de vez em quando também dava uma carreira atrás de Cuscuz, e mordia seu rabo.

As vendas dos meus livros iam bem, e a continuação fez tanto sucesso quanto o primeiro, recebi até algumas propostas para que eu transformasse o meu livro em um filme, o que me deixou empolgada.

Mas de todos, o que eu mais tinha apego e orgulho, era do "Meu Romance". Nele, conto toda a minha história com Rodolffo, todos os nossos momentos e tudo o que nos trouxe até aqui.

Mesmo que nossa história talvez não seja perfeita, me sinto agradecida de ter encontrado alguém tão entregue e companheiro quanto ele, às vezes nem eu acredito em como ele mudou tanto por mim, por nós.

Nosso casamento, é regado de companheirismo, cumplicidade, e muito amor.

- Ei amor, prova. - Rodolffo se aproximou animado, segurando um salgado em suas mãos e eu já me vi ficando verde só de sentir o cheiro.

Parecia ser um dos salgados com recheio de camarão, e eu estava enjoando muito com qualquer fruto do mar.

- Tô cheia, visse. - menti, tentando respirar o máximo de ar puro que conseguia e ele me olhou desconfiado.

- Eu não te vi comer nada hoje, e ocê precisa comer, correu o dia todo atrás do Gabe. - ele voltou a tentar colocar o salgado na minha boca, e eu precisei afastar sua mão para bem longe de mim, antes que eu vomitasse na frente dos nossos convidados. - Arri, o que tá acontecendo, Juliette?

- Eu tô enjoada. - contei.

- Também, tá esse tempo todo sem comer. - ele respondeu, comendo o salgado que ele ainda segurava. - Isso tá uma delícia, mas já que não quer, vamo ali que ocê come outra coisa.

- Não é por isso que tô enjoada, bicho leso. - briguei, e ele ficou me olhando curioso. - Eu queria esperar pra te contar depois da festa, mas já que eu mal tô me aguentando de enjoo e você tá curioso que só a mulesta, vou te contar de uma vez.

- Pois, diga.

- Eu tô grávida.

- Mintíra? - ele perguntou, imitando meu sotaque, coisa que ele amava fazer. - Eu vou ser pai de novo? - ele me abraçou pela cintura, dando aquele sorriso iluminado, que ele sempre dava quando estava muito feliz.

- Vai sim. - confirmei e ele selou nossos lábios.

- Quando eu acho que ocê não pode me fazer mais feliz, você vai e faz.

- Posso dizer a mesma coisa.

- A melhor decisão que tomei, foi te levar pra casa naquela noite. - ele recordou.

- E a minha foi ter te dado uma segunda chance, depois de ter sido um babaca. - lembrei e ele deu uma risada fraca.

- Obrigado por ter me perdoado, e por tudo o que aconteceu depois.

- Obrigada por ter me dado a família que eu sempre quis. - agradeci e ele sorriu, passando os dedos pela minha bochecha.

- Te amo. - ele disse se aproximando para me beijar.

- Te amo também. - respondi, diminuindo a distância dos nossos lábios, e o beijando com paixão.

Meu romance, era definitivamente, a minha melhor história.

FIM

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