Dois Impérios - Imagine Park Jimin e Kim Taehyung

O Presente de Casamento

— Presente de casamento? — Digo confusa. — Você já nos deu um presente, não estou te entendendo? — Ele havia nos presenteado com uma escultura da dinastia real coreana, no jantar desta noite.

— Eu dei um presente para os noivos. — Jimin fala com um olhar divertido. O que ele está aprontando? — Mas eu quero dar um presente exclusivamente para você. – Senti as segundas intenções no seu olhar.

Meu corpo reagiu, parecia mais difícil respirar.

— Você aceita? — Ele pergunta.

— Depende, eu não sei o que é. — Me faço de desentendida.

Ele ri.

— Tem certeza que não sabe? — Ele se aproxima e fala sussurrando no meu ouvido. — Para de se fazer de boba, você sabe exatamente do que eu estou falando. — Senti meu corpo todo amolecer e ele percebeu. — Vamos para meu quarto? — Ele me pede. — Lá é mais seguro para eu te dar o presente.

Jimin e eu sozinhos no seu quarto, isso é tão inapropriado, mas consigo resistir. Eu acho que estou ficando completamente louca...por esse homem.

***

Entramos no quarto onde Jimin estava hospedado, estávamos de mão dadas, eu sentia o calor que emanava do seu corpo. Ele estava totalmente diferente do costume. Sempre que eu estava na sua presença tudo acontecia com muita leveza, nossas conversas, as risadas por coisas bobas, o jeito que competíamos pra ver quem sabia mais sobre um determinado assunto. Era tudo leve e muito natural. Contudo, essa noite era diferente, de todas as formas, principalmente pelo dia que seria amanhã.

Hoje ele estava com uma postura dominante, a cada momento que ele me tocava, meu corpo reagia como se uma corrente elétrica passasse através dele. Sem falar no seu olhar, que parecia que me perfurava, era quase como um prazer doloroso.

Seu olhar queimava...

Eu queria me queimar.

Assim que Jimin fechou a porta, ele veio em minha direção. Eu sentia meu coração saltitar no peito. Ele se aproximou e levou sua mão direita para meu rosto, me acariciando. Eu fechei os meus olhos sentindo o calor da sua mão. Ele estava com o rosto muito próximo ao meu eu sentia sua respiração pesada, até que senti seus lábios se encontrarem com os meus.

Nosso primeiro beijo.

Jimin inicialmente me beijava com carinho e de uma forma calma, com movimentos lentos somente com os lábios. Então, me surpreendi ao sentir sua língua pedindo passagem na minha boca. Eu comecei a retribuir com os mesmos movimentos que ele estava fazendo. Neste momento, ele aprofundou o beijo, que se tornou a cada instante mais necessitado. Ele deslisou as mãos ao lado da minha cintura e me apertou contra ele. Paramos alguns segundo e nos encaramos para em seguida voltarmos a nos beijar com mais vontade.

Jimin passeava as suas mãos pelo meu corpo, eu queria mais, muito mais.

Eu também comecei acariciar o corpo dele, passei uma das minhas mãos pelos seus cabelos, desci pela nuca, ombros, peito e abdômen. Ele gemeu e me prendeu mais contra seu corpo.

Nunca senti nenhum homem desse jeito.

Evitei pensar nisso, não queria ficar nervosa, só queria continuar, queria aproveitar esse momento com ele.

Eu sentia a sua língua contornar dentro da minha boca, com vontade, ele intercalava com pequenas mordidas e sugadas nos meus lábios.

Seu beijo é uma delícia.

Sentamos na cama ainda nos beijando, o clima ficou mais quente quando ele deitou seu corpo sobre o meu e continuou me beijando com intensidade. Eu não estava mais suportando aquilo, era demais para mim.

Eu precisava dele por completo.

Por alguns segundos consigo recobrar a minha consciência.

— Jimin! – Falo ofegante. — Eu não posso fazer isso. — Mas na verdade meu corpo e minha alma clamavam por aquilo.

— Eu sei. — Disse em um tom triste. — Sei exatamente como é a tradição de consumação dos casamentos. — Foi a primeira vez naquela noite que vi o sofrimento em seus olhos. — Não se preocupe — Ele passa a mão no meu rosto. — Não vou fazer nada que te comprometa. Apesar de não concordar com essa tradição idiota, é extremamente injusto que a mulher precisa ser virgem intocada, enquanto que o homem pode ter quem ele quiser. Quando eu for imperador não vou exigir isso das minhas filhas e noras. – Ele fala revoltado, eu sinto meu coração apertar. Eu o queria. — Mas se você quiser... podemos fazer... outras coisas... sabe? — Com certeza eu não sabia. Ele deve ter percebido o meu constrangimento, pois eu sentia meu rosto pegar fogo. Então, ele continuou. — Ah me perdoe, é claro que você não sabe. Então, sexo é um ato envolve os órgãos sexuais...

— Eu sei o que é sexo. — O interrompi, ele me olhou surpreso. Não queria ele me explicando sobre isso, era constrangimento de mais para mim. Eu sabia o que era sexo e como uma mulher perde sua virgindade, só não estava entendendo onde ele queria chegar com essa conversa, porque de qualquer maneira não poderíamos ir até o final.

— Humm, como você sabe dessas coisas, Alteza? — Ele fala em tom jocoso com um sorriso malicioso.

Ele estava tentando me provocar.

— Não é da sua conta! — Ele quer o que? Me matar de vergonha. Tentei mudar o assunto para ele. — E como você, príncipe, sabe dessas coisas? — Provavelmente, ele não era virgem, mas eu queria que ele me contasse.

— Eu te conto, se você me contar. — Ele estava se divertindo com aquilo, confesso que eu gosto desse lado sem pudor dele.

Eu queria muito saber.

— Eu já escutei conversas das minhas damas de companhia sobre isso e como fiquei muito curiosa, peguei escondido alguns livros sobre esse assunto na biblioteca real. — Confessei para ele, já que esse tipo de conteúdo é proibido para mulheres.

Ele começou a gargalhar.

É isso mesmo?

Jimin está rindo da minha cara.

— Você roubou livros sobre sexo na biblioteca real? — Ele rolava na cama de tanto gargalhar.

— Para com isso! — Eu pego um travesseiro para bater nele. — Eu não roubei, peguei emprestado depois eu devolvi, e não eram sobre sexo, eram sobre anatomia e reprodução humana.

Ele continuava rindo sem parar.

Eu me levantei da cama, não iria ficar ali servindo de chacota.

Ele que chame um bobo da corte para isso.

— Não, S/n, fique aqui. – Ele me segura gentilmente. — Me desculpe, só fiquei imaginado a cena de você "pegando emprestado os livros" sorrateiramente. — Ele fez aspas com os dedos continua rindo da minha cara.

Eu levanto novamente.

— Tá bom, tá bom. Eu paro! – Fala contendo a rizada. — Mas e você? Não quer saber como eu sei? — Fala levantando as sobrancelhas.

— Você já fez? — Pergunto o que eu queria realmente saber.

— Sim, já fiz.

— É bom? — Aonde foi parar a minha vergonha na cara.

— É.

Desviei o olhar do dele.

Mil perguntas passam na minha cabeça: Com quem? Aonde? Quantos anos ele tinha quando fez na primeira vez? Quantas vezes ele já fez? Com quantas? Ele consuma fazer com frequência?

Mas então foi a vez dele me perguntar.

— Você tem vontade de fazer comigo?