Encarando a Realidade

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O que você queria conversar comigo sobre a senhorita Bae Joohyun? — Escuto S/n me perguntar com uma expressão séria.

Eu sinto meu estômago revirar, eu estava tentando adiar o máximo essa conversa, mas chegou a hora, tenho que criar coragem e contar tudo para ela.

— Então, amor, você lembra da conversa que tivemos quando estávamos no jardim depois do casamento do Jin e da Celina? — Pergunto a ela, analisando suas expressões, ela permanece com o semblante sério.

— Sim... — Ela fala de uma forma que sugere que eu continue.

— Eu lhe contei que durante um tempo eu me envolvi com uma garota, quando eu era mais jovem. — Escolho as palavras tentando amenizar o meu reencontro com Joohyun.

— Você disse que foi apaixonado durante anos por uma garota. — Ela conclui o que eu não estava conseguindo dizer.

— Então... — Eu respiro fundo tentando acalmar meu coração que está disparado, a última coisa que eu quero é brigar com ela. — Essa garota... é a Joohyun. — Finalmente consigo falar.

S/n continua com a expressão séria, como se isso não fosse surpresa para ela. Lembro-me que ela nos viu conversando na escadaria do palácio. Meu nervosismo começa a aumentar. Será que eu deixei transparecer algo?

— O que ela está fazendo aqui? — S/n pergunta em um tom calmo.

— Como ela ainda não conseguiu um casamento... meu pai a indicou para ser uma das damas de companhia da princesa Yang Mi. — Eu explico, sentindo meu corpo todo rígido pela tensão. — Pois ela além de ser de uma família nobre da Coreia, nossos pais também são muito amigos.

— Entendi... — Ela consente, mas sua expressão indica que ela está confusa. — E por que você estava conversando com ela? Você mesmo me disse que ela tinha despedaçado seu coração e você não queria nunca mais vê-la.

­— Sim, eu disse isso. — Falo me recordando. — Eu estava conversando com ela, porque ela veio me procurar para pedir perdão. — S/n arqueia as sobrancelhas com essa informação. — Joohyun me explicou que ela fez tudo o que fez comigo, pois o pai dela a obrigou. O Duque Bae sempre foi uma pessoa agressiva, desde quando ela era criança a agredia física e psicologicamente, isso era uma coisa semelhante entre a gente, não nos damos bem com nossos pais. — Me recordo das vezes em que eu confessava a ela como meu pai me menosprezava e ela contava dos maus-tratos que o pai a fazia. — Então, eu acreditei no seu pedido de perdão e a perdoei. — Vejo que novamente S/n faz uma expressão de interrogação. — Também, porque não quero ficar com esse peso duvidando dela. Na verdade, eu me sinto culpado de não ter enxergado isso na época em que éramos próximos. — Termino de falar e engulo a seco, esperando alguma reação da minha esposa.

Ela balança a cabeça, aparentemente, processando tudo que acabou de escutar. Eu estou ansioso, quero que ela me diga alguma coisa, não aguento essa dúvida. Será que ela está zangada comigo por ter perdoado Joohyun?

— Eu entendo...você com certeza tem seus motivos para confiar que ela está lhe falando a verdade. — S/n diz parecendo estar medido cada palavras que pronuncia. — Foi somente sobre isso que vocês conversaram?

Eu queria dizer que sim, mas a conversa foi muito além disso.

— Ela me pediu que eu a ajudasse a sair da Coreia. — Não menciono que ela queria vir morar aqui, isso seria totalmente inviável. — Pois seu pai continua sendo abusivo com ela e quer casá-la com um homem de uma idade avançada. Como eu disse, me sinto culpado de não ter a ajudado e resolvi ver se consigo encontrar outro lugar para ela morar, por isso, mandei uma carta para meu primo, Kim Namjoon, que é diplomata e viaja por vários países, o perguntando se haveria alguma corte de outro país que poderia recebê-la.

Dois Impérios - Imagine Park Jimin e Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora