Enquanto estou dois meses suspensa das reuniões do parlamento, Tae me repassava todas as pautas discutidas em cada reunião. Eu sempre as anoto para discutirmos o que seria realmente importante abordar nessas reuniões. Muitas coisas eram assuntos fúteis e superficiais de interesse somente dos nobres. Em contrapartida, Jin estava fazendo um ótimo trabalho, já tinha visitado várias vilas e feito relatórios do que eles mais tinham necessidade e quais eram os responsáveis pelas vilas relatadas. Tae e eu pensamos juntos em sugestões de melhorias para esses povos. No caso, algumas destas, Tae repassou para o parlamento e foram aceitas. O curioso, é que tenho certeza que se fosse eu que sugerisse essas ideias, elas seriam prontamente negadas. Fico refletindo, se continuará sendo assim quando eu for Imperatriz regente.
Em relação ao meu casamento, estamos cada dia mais grudados e mais fogosos, diga-se de passagem. Eu perguntava-me se era possível de eu estar viciada em sexo, ou melhor, estar viciada em fazer sexo com ele. Viciada no corpo dele. É o que nós fazemos em todo nosso tempo livre. Na verdade, em todos os momentos que conseguimos ficar sozinhos. Estou começando a rever as nossas aulas de defesa pessoal. Pois sempre começamos muito sérios, ele me passando como fazer alguns golpes, ou me ensinado a usar a espada ou o punhal, mas depois de alguns minutos, com todo o contato físico, acabamos fazendo outro tipo de atividade na sala de treinamento. Tenho que admitir, cada dia é mais gostoso. Agora eu entendo por que as pessoas falam tanto sobre isso, realmente, é uma delícia.
Finalmente, chega o dia do casamento de Jin e Celina, nunca vi um casal tão feliz se casando, pois a maioria dos casamentos que já fui eram, como o meu, por meio de acordos políticos. A corte coreana foi convidada, mas eles avisaram que não poderiam vir, pois estavam enfrentando problemas com um terremoto que havia ocorrido no país. Felizmente, os familiares de Taehyung estavam todos bem, mas a população precisava do suporte do Império. Isso me entristece, seria uma oportunidade de ver Jimin. Provavelmente, ele já deve ter me esquecido, nunca me mandou notícias desde que foi embora, como disse que faria. Talvez seja melhor assim. Porém, eu tento com toda as minhas forças não pensar mais nele, mas parece algo impossível para mim.
A cerimônia de casamento foi lindíssima. Também, fizeram metade pela tradição coreana e metade pela tradição ocidental. Celina, com toda certeza, é uma das noivas mais lindas que eu já vi na minha vida. Jin também não ficava para trás, estava muito bonito. Mas preciso me desculpar, pois o homem mais bonito presente na cerimônia era o meu marido. O baile foi muito divertido, Tae e eu passamos da conta, bebemos demais, dançamos feito loucos no baile e no final da festa, fomos parar em um lugar escondido no jardim com uma garrafa de champagne.
– Eu fico pensando que tem várias coisas que eu posso fazer aqui, que jamais poderia fazer na Coreia. – Tae me conta reflexivo, enquanto estamos deitados no gramado observando as estrelas.
— Tipo o que? — Pergunto.
— Tipo o que fiz hoje, bebi mais do que estou acostumado, dancei extrovertidamente com você e agora estamos aqui, escondidos, deitados com roupas de gala no gramado do jardim. — Fala divertido. — Lá, seria um absurdo eu fazer isso, seria uma grande falta de respeito com a minha família.
— Entendi. — Falo sentindo meu corpo mole por causa da bebida. — Na Coreia não se pode fazer nada divertido.
Ele ri alto de um jeito que me contagia e começamos a gargalhar juntos.
— É sério! — Ele fala, depois que nos recuperarmos da nossa crise de riso. — Quer dizer, não exatamente na Coreia, quero dizer na minha família, ou melhor, na presença do meu pai, não se pode fazer nada divertido. — Ele afirma. Me viro para ele, ainda deitada no gramado, o observando. Sempre tive curiosidade de perguntar para ele sobre sua relação com seu pai, mas não queria invadir sua privacidade. — Na verdade, nada que eu faça o agrada. Agora que eu fui embora de lá, deve estar sendo os melhores meses da vida dele.
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Dois Impérios - Imagine Park Jimin e Kim Taehyung
RomanceEu, princesa S/n, como filha única sou a herdeira do império do meu país, e com isso, durante a minha vida toda fui preparada para governar e ter um casamento favorável politicamente. Até que finalmente, meu pai conseguiu fechar um acordo de casamen...