Tae e eu acordamos mais tarde do que o costume na manhã de um domingo chuvoso, ficamos enrolando para levantar. Tão bom ficar, assim, sem fazer nada com ele. A primeira coisa que ele me pergunta é se eu estava bem, se estava com dor ou algum desconforto. Logo eu o tranquilizei, disse que eu estava ótima, apenas estava morta de fome. Quando me levantei para vestir meu roupão, vejo algumas pequenas gotas de sangue no lençol. Eu pensava que seria mais sangue, fico feliz que não foi o meu sangue que mostramos na tradição de consumação do nosso casamento, seria ainda mais constrangedor do que foi. Decidimos pedir para os criamos trazer nosso café de manhã para tomarmos no quarto. Neste exato momento, enquanto tomamos nosso desjejum, estamos em uma espécie de jogo, em que respondemos perguntas rápidas sobre as nossas coisas preferidas. Essa brincadeira começou, pois Tae alegava que como somos um casal, temos que saber essas coisas um sobre o outro.
— Cor? — Ele me pergunta animado.
— Azul. – Eu digo pensativa. — E a sua? — Devolvo a pergunta para ele.
— Eu gosto bastante de verde. — Ele responde. — Mas vou dizer roxo.
— Comida preferida? — Pergunto.
— Japchae. — Ele responde.
— Não conheço. — Falo curiosa.
— É um prato com dangmyeon, um tipo de macarrão feito a partir de batata doce. Ele leva legumes, carne, cogumelos, molho de soja e óleo de sésamo. — Me explica.
— Humm, parece muito bom! Eu gostaria de provar. — Falo imaginando o gosto do japchae.
— Quem sabe algum dia eu faça para você. — Sugere de um jeito brincalhão.
— Olha só! Não sabia que meu marido cozinhava. — Falo animada. — Vai ter, sim, que fazer um dia esse prato para mim.
— Depende, o que vou ganhar em troca? — Sinto a segunda intensão na sua frase.
Onde foi parar o Tae tímido que não falava nada malicioso?
Eu rio.
— Vai ser surpresa! — Falo entrando na brincadeira. — Vai depender o quanto eu gostar do prato. Então, eu retribuo a altura.
— Você é muito boa em retribuir favores. — Fala sugestivo, sorrindo malicioso. Automaticamente, lembro da noite passada, quando eu retribui o que ele fez em mim. Sinto meu rosto corar.
Tenho que me acostumar com esse novo Tae, um Tae sem censura. Na verdade, estou adorando essa sua nova versão.
— E você, não quer saber meu prato preferido? — Pergunto tentado mudar de assunto.
— Ah, sim. Eu já sei. — Fala e toma um gole do seu suco de laranja.
— Como assim, já sabe? — Pergunto surpresa com a sua afirmação.
— Sei, sim! — Fala com um ar convencido. — É chocolate.
— Não, não é. — Respondo vendo-o levantar as sobrancelhas surpreso.
— Claro que é. — Ele fala me contradizendo. — Quando você come chocolate, você não para até acabar. — Justifica. — Não conheço ninguém que come chocolate como você.
— Chocolate não é comida. — Eu falo vendo-o rir, balançando a cabeça como se não acreditasse no que eu estivesse falando. — Na verdade, não é um prato, que comemos no almoço ou no jantar. Chocolate é algo que eu posso comer independente se estou com fome ou não. Chocolate é algo que me acalma e me deixa mais feliz.
Ele solta uma gargalhada.
— Então, o qual é seu prato preferido? — Ele pergunta.
— Humm não sei, tem várias coisas que eu gosto. — Digo pensativa. — Mas nada o suficiente que faça eu dizer que é meu prato preferido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dois Impérios - Imagine Park Jimin e Kim Taehyung
RomanceEu, princesa S/n, como filha única sou a herdeira do império do meu país, e com isso, durante a minha vida toda fui preparada para governar e ter um casamento favorável politicamente. Até que finalmente, meu pai conseguiu fechar um acordo de casamen...