Sentir o sol das dez da manhã batendo em minhas costas nuas e me fez despertar no dia seguinte. Robert não estava ao meu lado na cama, me fazendo estranhar. Será que ele já havia saído para fazer o tal comercial?
— Bom dia, bela adormecida. — Ele entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã.
— Achei que você já tinha saído. — Me espreguicei.
— Não ia sair sem me despedir. — Recebi um beijo carinhoso na testa. — Você dormiu bem?
— Dormi até demais.
— Que bom, trouxe café pra você, espero que goste. Tem frutas, croissant, bolo, suco...
— A celebridade aqui é você, não eu. Você que devia ser mimado.
— Fica quietinha e me deixa te mimar um pouco.
— Já tomou café?
— Já, preciso sair daqui a pouco, só tava te esperando acordar.
— Ah, tá bom... — Fiz um beicinho.
— Para com esse beicinho, se não vou ficar com peso na consciência por te deixar sozinha aqui. — Ele me abraçou.
— Então evita esse peso e fica aqui comigo. — Comecei a beijar seu pescoço.
— Preciso trabalhar, Rebeca... desculpa.
— Tá bem, já vi que meu apelo não vai funcionar.
— Prometo voltar cedo.
— Ok, bom trabalho.
— Obrigado. Eu volto logo. — Robert me deu um selinho, pegou suas coisas e saiu do quarto.
Fiquei um tempo sentada na cama pensando no que fazer enquanto Robert estava fora. Então decidi me levantar, tomar um banho quente e demorado de banheira, dar uma arrumada no quarto e ter um momento de meditação após tomar meus remédios.
A psiquiatra batia na tecla dizendo que eu não podia ficar ociosa, sem fazer nada, pois aquilo me causaria ansiedade. Segui seu conselho da melhor forma, pois a meditação estava me tirando de um buraco sem fundo.
Geralmente, eu colocava uma música tranquila em meu fone de ouvido e tentava me concentrar e me conectar em linhas de pensamentos positivas. Para alguns, aquilo era bobagem, mas era um refúgio não medicinal para mim.
Porém, no meio do meu momento, escutei alguém bater na porta do quarto repetidas vezes. Então, insatisfeita, interrompi o que estava fazendo e fui olhar no olho mágico quem era.
E para a minha surpresa, foi a mulher que eu vi com Robert no restaurante, a loira bonitona. Eu estava prestes a conhecer a minha "cunhada".— Rob, abre logo essa porta! Tá surdo? — A mulher continuava batendo. — Sei que você tá aí, o Michael me disse.
Respirei fundo, dei uma leve ajeitada no cabelo e nas roupas e abri a porta. Ela me olhou com bastante surpresa, quase como um susto.
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Our Little Gift / Nosso pequeno presente
Fiksi PenggemarSem tempo para acreditar em amor e relacionamentos sérios, Rebeca foca 100% em sua carreira de jornalismo na revista GQ, em Los Angeles, com a tarefa de investigar fofocas de famosos. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela conhece o astro R...