Capítulo 05: Encontro

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Robert POV:

Já fazia doze anos desde que Rebeca e eu havíamos nos separados. Depois de ver que eu nunca mais a teria de volta, decidi seguir minha vida.
Meu relacionamento com a Tahliah foi muito intenso, porém curto, em apenas um ano já tínhamos ficado noivos. Mas é o que todo mundo diz, uma relação que começou completamente errada nunca dará certo. Era como se estivéssemos amaldiçoados.
Com o passar do tempo, a cantora britânica e eu fomos percebendo que aquele noivado não ia chegar a lugar algum. Ela sofria muitos "hates" das minhas fãs e eu confesso que não tive colhão suficiente para defendê-la publicamente, fazendo com que ela enxergasse o pior de mim.
Eram ataques racistas diários, e também prejulgamentos acerca dela por causa da história de eu ter traído minha ex. Tahliah, na verdade, nunca teve culpa de nada, o maior errado da história era eu. Por muito tempo me culpei e me martirizei por tudo que havia acontecido, desde a traição até o fim do meu noivado com FKA. Porém, com o passar dos anos, depois de muita maturidade e terapia, percebi que a melhor coisa seria eu superar e liberar o perdão a mim mesmo.
  Sucedendo um ano após meu término com Tahliah, conheci Suki Waterhouse. Ela era uma boa parceira, apesar de todos os seus problemas.
  Ficamos nos conhecendo por alguns meses e logo depois começamos a namorar em 2018. Depois daí, firmamos um relacionamento bastante sólido e estamos juntos até hoje. Até pensei em pedi-la em casamento, pois afinal eu já estava com 42 anos. Era hora de sossegar.

  — Bom dia, Rosa, cadê a Suki? — Perguntei para a empregada assim que acordei. Ela era uma mexicana bem velhinha e simpática.

  — Ela saiu cedo pro trabalho hoje, senhor Pattinson.

  — Ela nem avisou. — Me sentei à ilha que tinha no meio da cozinha.

  — A dona Suki disse que tinha muitas coisas pra fazer, mas que logo logo estaria em casa.

  — Sei.

  — O senhor já quer que eu sirva seu café da manhã?

  — Pode deixar que eu me sirvo, Rosa.

  — Tem certeza, senhor Pattinson?

  — Tenho.

  Assim que Suki e eu começamos a morar juntos, ela praticamente me obrigou a contratar mais empregados. Mas aquilo não era muito minha praia.
  Desde a Rebeca até a Tahliah eu nunca fui dependente de faxineiras e cozinheiras, pois nós sempre dávamos um jeito de cuidar de nós mesmos sozinhos.
  Suki sempre falava que a cozinheira era essencial para ela manter a nossa dieta e que a faxineira iria sempre deixar a casa arrumada e limpíssima, evitando seus surtos de TOC. E além de cozinheiras e empregadas, ainda tínhamos piscineiro, jardineiro e segurança nas portas. Eu me incomodava bastante com aquele monte de gente à toa ali.
  Então, mostrando que eu não era um inútil, fiz meu próprio café da manhã. Cozinhei dois ovos e bati uma vitamina de frutas no liquidificador. Uma refeição bem simples, mas exatamente do jeito que eu gostava.
  Às vezes era muito chato comer aquelas comidas cheias de frescuras, sempre levando em conta o teor de calorias, de proteínas, carboidratos e etc. Por que só não podíamos comer em paz?

  — Vou dar uma nadada na piscina, Rosa. — Avisei quando terminei meu café da manhã.

  — O senhor vai precisar de mim? — Ela já ficou de prontidão.

  — Não.

  — Me chame, qualquer coisa.

  — Você precisa relaxar mais, Rosa. Eu não sou um deus que você precisa sempre servir. — Ri.

  Subi até meu quarto, coloquei meu calção de banho e rapidamente desci para a piscina. Nadar era como uma terapia para mim, me fazia ter a oportunidade de espairecer a cabeça e refletir sobre qualquer assunto que estivesse me atormentando.
  Entrei na piscina de água gelada e logo mergulhei completamente o corpo. Nadei de um lado para o outro umas três vezes. Minha piscina tinha em torno de 15 metros de comprimento, então deu para me cansar bastante.
  Ao voltar para a superfície, vi que meu segurança estava parado na beira da piscina, provavelmente querendo me falar alguma coisa. Era impressionante como de dez em dez minutos alguém tinha que me chamar. Toda hora era "senhor Pattinson" para lá e "senhor Pattinson" para cá. Chegava a ser irritante.

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