Robert POV:
Desde o dia que Rebeca declarou seu amor por mim, fiquei extremamente pensativo sobre tudo, principalmente sobre o meu relacionamento com a Suki.
Durante anos aceitei migalhas vindas dela e sempre achei que era amor, mas na verdade eu apenas havia me esquecido o que era amar e ser amado de verdade. Terminar parecia uma boa opção, mas não no momento.
Rebeca precisava reorganizar sua vida, agora que se mudou pra L.A com Willow. Ela precisava superar a morte da mãe e ficar mais estabilizada, para aí sim nós conseguirmos ter uma conversa como dois adultos.
Enquanto isso, eu tinha que suportar o tratamento frio da Rebeca. Ela dizia não se lembrar de nada do que tinha dito naquele dia no carro, mas eu tenho certeza que ela se lembrava, não era à toa que desde aquele dia ela vivia fugindo de mim.
Suki, por outro lado, ficou mil vezes mais grudenta desde que minha ex e minha filha vieram morar na Califórnia. Ela se sentia ameaçada pelas duas, era muito perceptível. Suki não queria dividir o posto de "mulher da minha vida" com mais outras duas mulheres.
A cada dia que se passava, mais saturado eu ficava daquele seu comportamento tolo e infantil. Talvez Rebeca estivesse certa quando a chamava de "ninfetinha mimada". Talvez ela fosse mesmo aquilo.— O que acha? — Suki deu uma voltinha para mim, mostrando seu vestido azul turquesa cintilante e de mangas compridas.
Nessa noite, iríamos dar uma entrevista no programa da Ellen, mas eu não estava muito afim. Era o meu dia de ficar com a Willow, mas Suki pareceu não se importar com isso e impôs que a gente fosse no talk show.
— Tá bonita. — Olhei.
— Só "bonita"? Antigamente você dizia que eu tava deslumbrante, ou que eu tava igual uma deusa. — Ela arqueou a sobrancelha e cruzou o braço.
— Você tá maravilhosa, amor.
— No que tá pensando? — Suki atravessou o closet e se aproximou de mim para ajeitar minha gravata.
— Eu não tava muito afim de ir hoje.
— De novo essa conversa, Robert?
— Desculpa, mas é que eu queria passar um tempo com a Willow.
— Sempre a Willow... — Ela bufou. — você vê ela quase todo dia.
— Vê-la quase todo dia não vai compensar os doze anos que ficamos longe um do outro.
— Você tá tão obcecado por ela que nem tem mais tempo pra mim.
— É claro que eu tenho, eu quase toda hora tô em casa. Você que sempre inventa de ir pra academia, ou pra ioga, ou pra sei lá onde.
— Eu tenho meus afazeres.
— E eu também tenho os meus. Meus afazeres de pai.
— Tá, chega desse assunto, senão vamos acabar discutindo de novo.
— Concordo.
— Você tá um gato, aliás. — Ela me olhou da cabeça aos pés. — Adoro quando você usa terno. Fica sexy.
— Obrigado.
— Faz um tempo que a gente não brinca um pouquinho... — Suki lambeu levemente os lábios.
— Agora não, meu amor, já já a gente tem que sair.
— Só uma rapidinha, Rob...
— Suki, não... — Resisti, mas ela começou a beijar meu pescoço.
— Esse seu perfume da Dior me deixa tão excitada. — Minha namorada sussurrou em meu ouvido e deu uma mordiscada.
— Você não tá facilitando as coisas. — Suspirei.
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Our Little Gift / Nosso pequeno presente
FanfictionSem tempo para acreditar em amor e relacionamentos sérios, Rebeca foca 100% em sua carreira de jornalismo na revista GQ, em Los Angeles, com a tarefa de investigar fofocas de famosos. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela conhece o astro R...