Sem tempo para acreditar em amor e relacionamentos sérios, Rebeca foca 100% em sua carreira de jornalismo na revista GQ, em Los Angeles, com a tarefa de investigar fofocas de famosos.
Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela conhece o astro R...
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Willow pov:
Tinham três coisas na minha vida que eu odiava com todas as forças: comidas verdes, insetos e... a minha escola, principalmente a hora da saída. Eu via todo mundo indo embora com suas mães e seus pais e sempre me perguntava: onde estava o meu pai? Por que ele havia me abandonado? Por que ele nunca teve a mínima curiosidade de me conhecer? Minha mãe dizia que ele tinha ido embora com uma amante e não fazia mais questão de nós duas, mas por que ele tinha feito isso? Será que era mesmo verdade? Acho que talvez eu nunca iria descobrir. Mamãe nunca me deixou ter um celular ou um computador, mesmo já tendo quase doze anos de idade. Ela dizia que aquilo iria queimar meu cérebro e me deixar maluca. Então sem nenhum meio de comunicação, eu nunca iria conseguir saber de nada a respeito do meu pai.
— Oi, tá no mundo da lua de novo? — Minha melhor amiga, Alice, se sentou no banco ao meu lado.
A mãe dela e minha mãe eram amigas desde antes de nós nascemos. A tia Gisele era minha segunda madrinha, a primeira era a tia Ana, que me tratava quase como filha. Sim, eu também já perguntei para a tia Ana sobre o papai, mas ela não respondeu a nenhuma das minhas perguntas. Todo mundo fazia de conta que ele não existia, e quanto mais velha eu ficava, mais aquilo me intrigava.
— Tô só pensando. — Respondi Alice.
— No que? Na morte da bezerra?
— Você nunca se perguntou onde seu pai tá, Alice? — Perguntei a ela. Alice, assim como eu, também não tinha pai.
— Eu não, se eu tocar nesse assunto a mamãe me mata.
— Eu tenho tanta vontade de conhecer meu pai. — Comentei olhando para a rua, vendo se o ônibus escolar já estava vindo.
— Para de pensar nisso, Willow. Se a sua mãe souber que você tá falando essas coisas ela vai ficar muito brava.
— Brava por que? Não tô fazendo nada de errado.
— Esses assuntos são de adulto, tem certas coisas que a gente não precisa saber, Willow. Somos só crianças.
— Pra mim isso tudo é enrolação. — Dei de ombros.
— Mudando o rumo da conversa... sabe que filme vai lançar esse ano?
— Não, qual?
— The Batman III. — Alice falou empolgada. — Quero muito ver. Seria legal se a gente fosse junta.
— Mamãe não deixa eu assistir esse filme. — Respondi triste.
— Ué, mas por que?
— Ela disse que é muito violento.
Então o nosso ônibus chegou. Nós nos acomodamos nos bancos de trás e ficamos conversando para o tempo passar.
— Não tem nada demais nesse filme. — Alice balançou a cabeça enquanto mexia no seu celular. — Eu já assisti mil vezes. Não é violento.
