Capítulo 06: Em alto mar

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  — Você nunca quer me contar direito o que rola entre vocês dois! — Ana comentou sem paciência enquanto trabalhávamos

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  — Você nunca quer me contar direito o que rola entre vocês dois! — Ana comentou sem paciência enquanto trabalhávamos.

  — Eu só quero ter privacidade, aceita isso.

  — Mas eu sou a sua melhor amiga, você tem praticamente a obrigação de me contar as coisas.

  — Olha, a única coisa que você precisa saber é que eu tô correndo atrás das informações que o chefe pediu, só isso.

Desde o dia em que Ana pegou Robert e eu no flagra, ela não parava de me encher. Eram quase 24 horas por dia perguntando quando a gente iria se ver de novo, se a gente estava trocando mensagens e se eu estava conseguindo seduzi-lo.
Mas, por mais que a Hannah fosse quase minha irmã, eu não queria ficar comentando sobre o que estava rolando, porque ela só tinha interesse em saber sobre ele e a Kristen, enquanto eu já não estava mais tão interessada nessa história assim.
O Robert era gato, gato até demais, tinha pegada, era sexy e também era um cara legal. Eu só queria aproveitá-lo sem ficar pensando o tempo todo em trabalho e fofocas. É claro que uma hora aquele rolo tinha que acabar e eu precisaria repassar todas as informações da vida dele para nossa revista, mas não precisava ser agora.

— Pra que quer ter privacidade com um lance que nem é de verdade? — Ela ficou perturbando.

— Ai, Ana, porque sim. — Olhei meu relógio e vi que já estava na hora de ir. — Tô indo embora.

  — Espera um pouco, tô só enviando uns e-mails aqui, eu já tô indo também. Vamos sair juntas.

  — É que eu não vou pra casa agora.

— Ué, vai pra onde?

Só bastou dar um olhar para Ana que ela entendeu o que eu estava falando.

— Agora saquei. — Ana deu aquele sorriso cheio de malícia. — Divirta-se, então.

— Valeu.

  Peguei a chave de casa e meu celular que estavam em cima da escrivaninha e logo entrei no elevador para descer. Quando abri a tela de bloqueio do meu telefone, vi uma mensagem de Robert dizendo que já estava na porta do meu trabalho, fazendo eu ter aquele frio no estômago.
  Ao chegar no térreo, bati meu ponto, me despedi da recepcionista e fui para o lado de fora. A Mercedes preta de vidro escuro já estava me aguardando no meio fio da calçada.

— Oi. — Robert me cumprimentou enquanto eu entrava no carro e colocava o cinto.

— Oi.

— Como foi o seu dia?

— Monótono. E o seu?

— Digamos que também foi bem monótono.

— Mas agora a gente pode se livrar dessa monotonia juntos. — Mordi os lábios.

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