Capítulo 17: Ela vai pagar

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Rebeca POV:

  — CADÊ ELES? EU PRECISO VÊ-LOS AGORA! — Cheguei gritando no hospital, chamando a atenção de todos.

  — Senhora, se acalme. — Um segurança veio me segurar. Ele devia estar achando que eu era uma louca que tinha acabado de fugir do hospício.

  Confesso que realmente eu estava muito alterada, com os nervos a flor da pele. Mas eu tinha culpa? Era impossível manter o controle naquela situação.

  — Me larga! — Me soltei dos braços do segurança. — Você acha que é quem pra fazer isso? Meu namorado e minha filha acabaram de sofrer um acidente!

  — Com licença, senhora, você é parente das vítimas do acidente que teve na Hollywood Boulevard? — Uma enfermeira corpulenta veio me prestar auxílio.

  — Sou, sou eu!

  — Venha comigo.

  Ela caminhava rápido a minha frente, estávamos quase correndo pelo hospital. Dava para reparar que as coisas não estavam bem e que todos estavam desesperados.

  — Sua filha está aqui. — A mulher entrou comigo na ala pediátrica. — Ela está bem.

  Fiquei aliviada quando vi que minha filha não tinha quase nenhum arranhão. Ela apenas tinha quebrado o braço, o qual já estava engessado.

  — Mãe! — Seu olhar assustado se fixou em mim.

  — Wills, eu tô aqui, eu tô aqui com você agora, tá bom? Tá tudo bem... — Lhe abracei e beijei sua testa.

  — Foi tão horrível, mãe... — Ela chorava no meu colo.

  — Shhh, eu sei... eu sei... — Fiz um lento cafuné em sua cabeça. — Mas você tá bem, tá a salvo.

  — Eu nunca deveria ter pedido pra ir nesse show, nunca!

  — Não foi culpa sua, meu amor.

  — Meu pai... eu... eu nem sei se ele tá vivo... eles separaram a gente... — Minha filha continuava a tremer.

  Aquilo me pegou como uma profunda facada no peito. Imaginar o Robert morto estava sendo o meu pior pesadelo. Ele não podia estar.

  — Meu amor, eu vou procurar pelo seu pai, ok?

  — Ele ia te pedir em casamento... — Willow falou baixinho.

  — C-como?

  — É... ele me mostrou a aliança no dia que fomos almoçar... — Ela deu uma fungada. — eu estraguei tudo.

  — Você não estragou nada, amor. Seu pai vai ficar bem, eu te prometo. A gente vai sair daqui.

  — Você sempre diz que nós não devemos fazer promessas que não podemos cumprir.

  — Onde ele está? — Me virei para a enfermeira que tinha me atendido.

  — Está na UTI, ele acabou de sair de uma cirurgia.

  — Eu posso ver ele?

  — A senhora vai ter força o suficiente para isso? — Ela perguntou com receio.

  — Como assim?

  — Estou querendo dizer que pode ser demais para a senhora vê-lo no estado que ele está.

  — Eu preciso vê-lo. — Fui firme.

  — Tudo bem. Pode me seguir, por favor?

  — Eu já volto, Wills.

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