Our Little Gift / Nosso pequeno presente

Capítulo 15: A louca

Suki POV:

Eu jamais iria aceitar perder o meu homem para aquela vagabunda caipira. Quem ela achava que era para chegar assim de surpresa e tomar o que é meu? Aquilo era inaceitável.
E de uma coisa eu tinha certeza, eu não estava blefando quando disse que se o Robert não ficasse comigo, ele não ficaria com mais ninguém. Eu iria fazer o possível e o impossível para cumprir com a minha palavra.
Durante semanas, fiquei buscando saber sobre ele e seu novo namoro. A mídia mostrava o novo relacionamento dele como um mar de rosas. Rebeca, Robert e Willow eram a família perfeita de Hollywood agora.
Sua fãs nas redes sociais ficavam falando asneiras, como: "Ele aparenta estar mais feliz agora.", " A Rebeca sempre foi a mulher certa para ele." e etc. Aquilo me dava nos nervos. A mulher certa para ele era eu!

— Dona Suki, a senhora devia tentar dormir um pouco. — Rosa, a cozinheira, entrou de madrugada em meu quarto com uma grande xícara de café que eu havia pedido. — Aceite que o senhor Pattinson se foi.

— Cuida da sua vida. — Ordenei enquanto mexia no meu lap-top. — Não te dei nenhuma liberdade pra se intrometer nos meus assuntos.

  — Desculpe, só quis ajudar. — A velha se encolheu.

  — Vai dormir vai, Rosa. Não preciso mais de você.

  — Tá bem, estou indo, com licença. — Ela fechou a porta.

  Assim que Rosa finalmente foi embora, me aprofundei mais ainda nas informações a respeito do Robert. Segundo algumas fontes, ele estaria no próximo show da Taylor Swift no fim de semana. Seria a oportunidade perfeita para colocar meu plano em ação.
  Robert jamais voltaria comigo, eu já tinha me conformado a respeito disso, mas ele não iria ficar com a Rebeca. Não mesmo. Nem que fosse preciso separá-los com uma tragédia.
  Fazer algum mal a ela iria ficar muito óbvio que fui eu. Então... o Robert que seria o meu alvo. Ele iria se arrepender de ter me deixado.
  Depois de passar a noite em claro me comportando como uma "stalker", decidi agir logo pela manhã.
  Sem nem tomar café, trocar de roupa ou tomar banho, peguei meu carro e dirigi rapidamente até a casa em que Robert estava vivendo agora. A qual ficava a mais ou menos um quilômetro da mansão de Beverly Hills.
  Chegando lá, estacionei meu carro do outro lado da rua, para que ninguém me percebesse ali. Passaram algumas horas e finalmente Robert saiu pela porta. Ele estava tão lindo. Foco, Suki, esqueça a beleza dele!
  Assim que Robert saiu pelo portão com um carro que provavelmente era da Rebeca, saí do meu esconderijo e fiquei arrumando um jeito de entrar na casa. Tentei várias senhas para abrir as grades, mas nenhuma funcionou.
  Então tentei o dia do aniversário de Willow 24/12. De primeira, não obtive sucesso. Até que decidi colocar os números de trás para frente e o portão simplesmente abriu.
  Entrei dentro da casa e a analisei por completo. Não era uma boa ideia fazer algo lá dentro, possivelmente iriam desconfiar e me descobrir. Fui até a garagem e me deparei com o carro dele, a antiga Mercedes preta.
  Abri o capô do veículo e fiquei pensando do que fazer. Se eu mexesse no motor, o carro iria parar de funcionar, e meu objetivo não era aquele.
  Até que deitei por debaixo da Mercedes e tive a brilhante ideia de arrancar as pastilhas do freio. Graças a minha habilidade de mecânica que pouca gente sabia que eu tinha, consegui manipular o carro com sucesso.
  Meu plano era o seguinte: Quando Robert fosse ao show da Taylor, ou utilizasse a sua Mercedes para qualquer outra coisa, ele não teria como frear. Então aí ele iria ganhar o que merecia por ter me largado.

  — Eu disse que não estava blefando, Pattinson. — Falei comigo mesma quando terminei os ajustes no carro.

  De repente, comecei a ouvir um barulho de carro chegando. Então, rapidamente, saí de fininho da casa e voltei para dentro do meu carro. Abandonando a cena do crime o mais ligeiro possível.
  Agora bastava esperar. Uma hora o noticiário ia comunicar que algo havia acontecido com o precioso ator Robert Pattinson. Bastava ter paciência.