Capítulo 30: Noivos?!

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Já havia se passado cinco meses desde que eu me estabilizei em Austin, e as coisas estavam começando a melhorar. Eu não pensava mais tanto em Robert quanto antes e minha atenção agora estava centrada apenas no meu filho, no meu trabalho e na minha mãe.
Depois de cinco meses, finalmente Ana tinha vindo me visitar no Texas, era primeira vez que nos víamos depois de tudo o que tinha acontecido. Mesmo que ela fosse embora no dia seguinte, seria legal passarmos um tempinho juntas.
Ela, depois de minha mãe, era a pessoa que mais queria me acompanhar na ultrassom. Não seria uma ultrassonografia qualquer, agora nós finalmente iríamos descobrir o sexo do bebê.

  — Tá ansiosa pra saber se é menino ou menina? — Minha melhor amiga perguntou enquanto dirigia até a clínica ginecológica. Ela tinha feito questão de ficar no volante, só pelo fato de eu estar grávida e supostamente "limitada".

  — Pior que não. — Respondi.

  — Ah, você tá mentindo, Rebeca. Não tem como ficar tranquila em um momento tão importante como esse. — Minha mãe falou no banco de trás.

  — É sério, eu não tô ligando muito pra isso. Independente se for menino ou menina, só quero que ele esteja saudável.

  — Mas você não tem nenhum palpite? — Ana questionou.

  — Não.

  — Qual é, isso é impossível, é claro que você tá apostando em alguma coisa.

  — Diga logo, Rebeca. — Mamãe já estava eufórica.

  — Segura os ânimos, mãe.

  — Vou segurar quando você falar qual é seu palpite.

  — Tá... eu acho que é... — Pensei um pouco. — acho que é menina.

  — Eu sabia! — Ela falou maravilhada. — Também tenho o mesmo pressentimento.

  — Rebeca mãe de menina... já pensou? — Ana sorriu. — Como esse mundo gira.

  — Pois é. As coisas mudam, as pessoas amadurecem... — Disse.

— É.

— Viu só você? A alguns anos atrás ninguém nunca diria que atualmente você estaria casada.

— É... só que eu não tô casada. — Ela falou com um sorriso amarelo.

— Que? Como assim não tá casada? E o Tom? — Perguntei em desespero.

— Ah... a gente não tava pronto pra casar. Então decidimos cada um seguir seu rumo. As coisas foram extremamente precipitadas entre nós.

— Por que você não me contou, Ana?

— Você já tava passando por muita merda, amiga. Eu não queria colocar mais um problema na sua cabeça.

— Quando isso tudo aconteceu?

— Acho que um mês depois que você foi embora.

— Cacete, Ana... eu sinto muito.

— Não sinta. Nós terminamos de forma amigável, foi uma decisão mútua.

— Bom... menos mal.

— É.

— Ana, tem uma coisa que eu tô querendo te perguntar tem um tempinho.

— Fala, amiga.

— O Tom sabe que eu engravidei?

— Hum... — Ela refletiu. — Não, não sabe. Eu não contei pra ele.

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