Berlim, Alemanha. 2 semanas depois.
~ Maria
Eu estava em pé, de frente para o rio spree, o último ponto turístico que eu visitaria em Berlim antes de voltar para o Brasil, pensando em como aquela cidade tinha me conquistado.
Cada lugar que visitei em Berlim tinha algo que me chamava a atenção, eu sentia como se a cidade me prendesse, como se eu tivesse algo para viver ali, eu sentia, do fundo do meu coração, que Berlim tinha algo guardado para mim.- Terra chamando Maria, alô, oie... - disse Eillen abanando as mãos na frente do meu rosto. - Você ainda está aqui comigo? Estava tão pensativa que parece que fez uma viagem pra longe - Perguntou ela.
- Seria loucura se eu te dissesse que sinto que devo ficar? - perguntei ainda com os olhos fixados no rio - Eu acho que tenho uma conexão com essa cidade Eillen, ainda não sei o motivo, mas sinto que aqui é o meu lugar -Disse me virando para ela.
- Então fica! - Disse Eillen animada. Podemos dividir o aluguel do hostel e ficaríamos juntas, essas duas semanas foram o suficiente pra saber que por mais diferentes que a gente seja, a gente consegue se entender bem - Propôs a garota dando pulinhos e batendo palmas.
- Bom, e como eu diria isso à minha mãe? Ela me acharia louca. E por outro lado, eu precisaria de um trabalho, como pagaria minhas despesas aqui? Isso é loucura, esquece - Eu disse, balançando a cabeça em sinal de negação.
- Se a sua mãe te apoia tanto quanto você me disse, eu tenho certeza absoluta de que ela vai te entender - Disse Eillen segurando uma de minhas mãos - E quanto ao trabalho, podemos te arrumar alguma coisa aqui! Completou, indo em direção à uma pequena banca de jornais - Posso pegar um? - Eillen perguntou ao senhor que estava ao lado, que respondeu assentindo com a cabeça. - Obrigada! Agradeceu ela.
- Vamos Eillen, esse é o meu último passeio, eu quero que seja o melhor de todos... Ah Berlim, como eu vou sentir sua falta! - Eu disse a puxando para continuarmos andando.
Do outro lado da cidade, os quatro garotos ensaiavam mais uma vez a performance que fariam no grande prêmio que participariam.
~ Tom
Normalmente eu adorava tocar com os garotos, mas já estávamos nessa a tantos dias que eu me sentia completamente cansado. Eu sabia que seríamos os melhores da noite na premiação, nós sempre éramos os melhores em tudo que fazíamos, então por que eu não podia ter um dia de descanso?
- Se já terminamos aqui, então eu estou de saída - Falei colocando minha guitarra em sua case.
- Para onde vai? Não se esqueça de que precisamos descansar, Tom - Disse meu irmão com aquela mesma cara de sempre, sobrancelhas arqueadas e braços cruzados.
- É exatamente o que estou indo fazer, Bill, eu descanso enquanto me divirto, você deveria tentar, senhor intocável! - Eu disse com deboche, pegando as chaves do carro em cima da mesa.
- Para onde vai? Posso ir junto? - Perguntou Georg.
- Ainda não sei, mas você sabe, eu sempre encontro os melhores lugares, vamos! -Respondi o vendo se levantar vindo até mim.
Maria e sua amiga Eillen, que tinham caminhado por Berlin o dia inteiro, procuravam um lugar para uma última parada.
~ Maria
Essa seria talvez a minha última noite em Berlim, eu estava decidida a encher a cara de cerveja alemã e viver o primeiro porre da minha vida em grande estilo.
- "A melhor cerveja de toda a Alemanha" Eillen leu o que estava escrito numa placa, em um bar que parecia ser muito chique e sofisticado.
- Então é exatamente o que estamos procurando! - Eu disse a puxando para dentro - UAU! isso aqui é demais! Eu disse olhando tudo ao meu redor - Vem Eillen, vamos nos sentar ali - Disse apontando para uma mesa ao lado de uma pequena sacada que tinha no bar.
Nós nos sentamos e pedimos o maior copo de cerveja que eles tinham, bebemos alguns desses, não me lembro quantos, acho que nunca bebi tanta cerveja em toda minha vida. Eu e Eillen, então, pedimos a conta e saímos cambaleando um pouco.
Enquanto saíamos do bar, um carro muito chique estava parando, eu quase fui atropelada.- Ei por acaso você tem carteira de motorista? - Gritei para o motorista que não consegui ver o rosto. Ele resmungou alguma coisa de dentro do carro, mas Eillen já tinha me puxado para dentro do táxi que já esperava por nós do lado de fora.
- Você viu aquele louco? Quase te atropelou! - Disse Eillen entre as nossas risadas.
- Eu não consegui ver o rosto dele, mas acho que eu é quem entrei na frente do carro. Acho que eu tô muito bêbada - Disse, rindo mais uma vez.
- Estamos! - Respondeu Eillen, rindo junto.
Aquela tinha sido uma noite realmente muito divertida, eu de fato tinha tomado meu primeiro porre, e assim que chegamos no hostel, Eillen me entregou o jornal que ela havia comprado mais cedo, indo para o seu quarto.
Quando finalmente encontrei as chaves dentro da bolsa e entrei no meu, coloquei o jornal em cima de uma pequena mesa de cabeceira ao lado da minha cama e passei os olhos por ele, a primeira frase que eu consegui ler era: "𝐎𝐏𝐎𝐑𝐓𝐔𝐍𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐃𝐄 𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄𝐆𝐎"
estava escrita com letras grandes e chamativas, como se piscassem para mim.- Isto é um sinal, universo? - Disse olhando para cima com um sorriso de canto.
Larguei o jornal, indo em direção ao meu banheiro, tudo que eu precisava agora era de um banho e uma boa noite de sono para me recuperar daquele porre.
~ Tom
Eu e georg dirigimos pela cidade em busca de algum lugar legal para nos divertir, já conhecíamos quase toda Berlim, mas procurávamos algo diferente desta vez.
- "A melhor cerveja de toda a Alemanha" - Eu li numa placa grande - Vamos Georg, era isso mesmo que estávamos procurando - Disse olhando ao redor, procurando algum estacionamento.
- "Ei por acaso você tem carteira de motorista?" - Ouvi uma maluca gritar, depois de se jogar na frente do meu carro.
- É você que tem que olhar por onde anda, maluca! -Gritei para a garota que já havia entrado dentro de um táxi.
- Você viu quem era? - Perguntou Georg.
- Eu não, e você? - Devolvi a pergunta, estacionando o carro.
- Também não vi, mas pelo sotaque, não deve ser daqui. -Respondeu.
- Deve ser alguma turista bêbada andando por aí. - Disse saindo do carro e indo em direção ao bar, dando soquinhos no braço de Georg que me devolvia os golpes em meio às nossas risadas.
Algumas situações inusitadas que as vezes acontecem quando menos esperamos e passam despercebidas pelos nossos olhos, talvez não signifiquem nada ou talvez seja o universo tentando nos dizer alguma coisa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭
Fanfiction𝘈𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘴𝘪𝘵𝘶𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘪𝘯𝘶𝘴𝘪𝘵𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘴 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘴 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘦 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘮 𝘥𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘤𝘦𝘣𝘪𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴, 𝘵𝘢𝘭𝘷𝘦𝘻 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘪𝘨�...