𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑿𝑿𝑿𝑰𝑰

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~ Tom - Berlim

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~ Tom - Berlim

       Eu queria mesmo encontrar aquela garota outra vez, só ela saberia me dizer o que houve naquela noite. Não imaginei que a veria em minha gravadora, mas eu não perderia a oportunidade de conversar com ela.

- Ei, podemos conversar um momento? - A perguntei, enquanto ela se levantava.

- Vocês terão tempo. Afinal, você aceitou a proposta não foi? - Falou o produtor, abrindo os braços, com um sorriso de orelha a orelha, em seguida apontando para a poltrona para que eu me sentasse.

- Ela é a garota da tal banda nova? É com ela que eu vou precisar aparecer? - Perguntei franzindo a testa.

- Exato, ela é a vocalista da flipsyde, nossa mais nova contratada. Precisamos de um bom marketing, você sabe como funciona - Respondeu, piscando um olho.

- E o que te faz pensar que seria um bom marketing? Aliás, porque é que vocês mudaram de idéia sobre eu aparecer namorando? A imagem de babaca não era o que vocês queriam de mim? - Perguntei novamente, em tom de deboche.

- Bem, Tom. Vimos quanta mídia aquelas especulações falsas sobre você e aquela brasileira alcançaram. Era algo ruim para os negócios pois aquela garota não era ninguém para nós. Mas nesse caso, nossa nova contratada precisa dessa mídia, vai ser bom para ambos e vocês podem até se divertir juntos, entende o que eu quero dizer? - Disse dando uma risada estranhamente maliciosa e mais uma vez piscando um olho.

“Aquela garota não era nada para nós? Ela era tudo para mim seu escroto!” Pensei, serrando os punhos e pressionando o maxilar, em seguida respirei fundo para não fazer nenhuma idiotice.

- Bem, sendo assim eu preciso pensar outra vez sobre essa decisão, já saíram fotos nossas na noite de ano novo, as pessoas vão pensar que já tínhamos algo naquele dia - Falei com o olhar fixado no chão, pensando em Maria.

- “As pessoas” ou alguma pessoa em específico? - Perguntou ele, fazendo aspas com as mãos e arqueando a sobrancelha com um olhar desconfiado.

- Eu vou pensar mais um pouco sobre isso, está bem? Vocês saberão quando eu me decidir. Agora preciso conversar com aquela garota antes que ela vá embora - Respondi me levantando e indo em direção à porta.

- Você sabe que essa sensação de que você tem algum tipo de escolha é uma ilusão, não sabe Tom? Mais cedo ou mais tarde você terá que aceitar que você faz o que nós queremos. Os contratos que vocês assinaram nos asseguram isso, sua banda depende de nós, garoto. Essa sua marra só dificulta as coisas para vocês aqui - Disse ele, irritado, enquanto eu apenas respirei fundo e saí batendo a porta.

- Tom! - Ouvi Bill me chamar enquanto saía de um canto próximo à porta que eu havia acabado de bater.

- Você estava ouvindo atrás da porta, Bill? - Perguntei franzindo a testa.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora