𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑿𝑿

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~ Tom

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~ Tom

       Mais uma vez havíamos sido seguidos por fotógrafos, desta vez eu já estava ciente da opinião dos produtores da banda sobre mim e Maria, eu não queria que nada saísse do controle até que eu conseguisse resolver isso, então a levei para um lugar mais seguro.

- Chegamos - Falei, me virando para Maria que estava distraída no banco de trás.

- Este lugar deve custar uma fortuna - Respondeu a garota e a percebi um tanto quanto sem graça, olhando para todos os lados.

- Vocês não esperavam que eu alugasse um quarto de hostel para a namorada do meu irmão, não é? - Disse Bill. Neste momento eu e Maria nos olhamos balançando a cabeça em sinal de negação - O que houve, gente? Namorada não é um xingamento, foi só um modo de dizer, vocês não vão casar amanhã - Completou Bill, revirando os olhos.

- Bill, toma aqui, ocupa sua boca com alguma coisa
- Falei enfiando um chiclete goela abaixo em meu irmão.

- Bom, vocês já estão a salvo, o superBill vai se retirar. Seu carro será entregue aqui, assim que chegarem com ele alguém deve te ligar - Falou Bill olhando para mim.

- Bill, obrigada pela ajuda, eu ainda não sei o que teria acontecido se eu tivesse ficado lá, mas vocês lidam com isso há anos, então confio que o melhor foi mesmo vir para cá - Maria disse, em seguida abraçando meu irmão.

      Também o agradeci e nos despedimos, subindo para o quarto, que ficava na cobertura. Se tem algo que meu irmão não é, é modesto, Bill adora coisas extravagantes e luxuosas.

- Tom, isso aqui é do tamanho do apartamento inteiro onde eu morava! - Disse a garota que olhava para todos os lados, boquiaberta.

- Agora você está no quarto mais alto, da torre mais alta, a diferença é que seu príncipe sobe por um elevador, ao invés de suas tranças - Falei me aproximando dela e pegando em seu cabelo.

- Rapunzel? Você realmente é uma caixinha de surpresas - Respondeu, balançando a cabeça em negação, com um sorrisinho de lado.

- Você vai me dizer o que é que está te incomodando?
- A perguntei, franzindo a testa - Desde que saímos do hostel você está quieta e de poucas palavras - Completei.

- Desde quando você me conhece tão bem? - Perguntou se sentando na cama.

- Eu observo cada detalhe seu quando você não está olhando - Respondi, piscando um olho para ela e me sentando ao seu lado.

- As coisas não vão mais voltar ao normal, não é?
- Perguntou, olhando para o chão - Digo, nós não vamos mais poder sair para tomar uma cerveja alemã, andar por aí de mãos dadas ou voltar naquela lojinha de doces. Se não vamos mais poder ser vistos juntos, não vamos poder sair destas quatro paredes, em cada esquina agora terão fotógrafos e os seus produtores não aceitariam isto, certo? - Completou levantando o olhar para meu rosto.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora