𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑿𝑿𝑰𝑿

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~ Maria

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~ Maria

       Assim que cheguei em Los Angeles, fui recebida logo no aeroporto por uma garota loira de cabelos longos, ela tinha um sorriso tão simpático que havia muito tempo que eu não via. Os alemães não são um modelo no quesito simpatia. A garota segurava um cartaz com meu nome nele, sua empolgação era tão familiar que eu podia apostar que sabia de onde ela era.

- Olá, eu sou a Maria, vim para o tour pela faculdade
- Falei tímida, estendendo a mão para ela.
 
- Olá, Maria! Tudo bem? - Respondeu empolgada, dando pulinhos - Eu sou Catarina, estou aqui representando a faculdade de Los Angeles - Completou, estendendo a mão para mim e me puxando para um abraço.

- Você também é brasileira? - Perguntei.

- Sou sim, a princípio a faculdade costuma colocar os estrangeiros juntos, segundo eles, o intuito  é que ninguém se sinta perdido - Respondeu, dando de ombros - Eu sinto que te conheço de algum lugar, seu rosto é muito familiar, você também é de São Paulo?
- Perguntou ela.

- Ah não, eu sou do sul, mais precisamente de Santa Catarina. Eu tenho um rosto muito comum, você deve estar me confundindo com alguém - Respondi sorrindo para ela.

- Imagina se uma beleza como essa fosse comum? Sua foto de inscrição é linda, mas não faz jus à sua beleza pessoalmente - Disse ela também sorrindo.

- Você é muito gentil, senti falta dessa recepção brasileira, acho que vou adorar estar aqui - Falei, enquanto andávamos em direção à saída do aeroporto.

- Tem certeza que nunca nos vimos? Eu insisto que já te vi em algum lugar - Perguntou mais uma vez.

- Bem, tenho sim. Eu nunca estive em São Paulo, na verdade estive só no aeroporto para pegar um vôo para a Alemanha - Respondi.

       Fomos até a faculdade. Catarina me mostrou o campus e me deixou por dentro do que os universitários costumavam fazer para se divertir. Confesso que estava ansiosa para começar a escrever este novo capítulo da minha vida, apesar da minha cabeça e meu coração ainda estarem presos em Berlim.

- Eu espero que você goste de se divertir, por aqui costumamos aproveitar muito o tempo livre - Falou a garota.

- Bem, eu preciso mesmo de um pouco de diversão
- Respondi, parando com o olhar fixado no chão, lembrando de toda aquela situação com Tom.

- Você foi longe agora, ele é da Alemanha ou do Brasil?
- Perguntou.

- Ele quem? - Perguntei, abrindo minhas malas para tentar disfarçar o desconforto que senti por ter deixado transparecer que havia algo errado.

- Ah, qual é? Esse olhar só pode significar uma coisa: um coração partido - Disse ela.

- Bem, eu já deixei isso para trás, não importa mais
- Respondi ainda pensativa.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora