𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑿𝑿𝑽

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~ Maria

       No momento em que Eillen se afastou de nós, Tom ainda estava imóvel em minha frente, com um olhar que percebi rapidamente mudar de confuso para irritado.

- Tom, podemos conversar sobre isso? - Falei, vendo o mesmo se virar, andando em direção à uma rua estreita.

- Só agora você resolveu que precisamos conversar sobre isso? - Perguntou, andando ainda sem se virar para mim.

- Eu não sabia como te contar, Tom! Eu não queria estragar as coisas - Respondi, indo atrás dele.

- Entra no carro, vou te deixar no hotel - Disse ele, entrando em seu carro e batendo forte a porta. Dei a volta e entrei logo em seguida, Tom acelerou antes mesmo que eu terminasse de fechar a porta, ele dirigia em alta velocidade e em nenhum momento sequer olhou para mim.

- Tom! Você está tentando causar um acidente? Quer dirigir devagar, por favor? - Gritei, após Tom fazer uma curva extremamente perigosa em alta velocidade.

       Tom apenas continuou dirigindo sem me responder. O hotel não ficava longe dali e quanto mais eu pensava em como falar com ele, menos palavras eu conseguia encontrar.

- Chegamos - Disse Tom, olhando fixamente para a frente, sem mover um músculo, me dando a entender que não conversaria comigo.

- Chegamos, e agora você vai subir comigo e vamos conversar como dois adultos que nós somos, Tom! - Falei, um pouco irritada.

- Eu realmente não quero te ouvir, Maria. A única coisa que eu quero agora é organizar minha mente, meus pensamentos, eu me deixei levar por… - Pausou, respirando fundo.

- Continue, já que você não quer subir, conversaremos aqui mesmo, vamos, continue, seja lá o que você queira dizer eu quero ouvir - Falei, ouvindo algumas batidas no vidro da porta de Tom, era um dos seguranças que costumavam estar sempre ali.

- Senhores - Nos cumprimentou ele, após Tom abaixar o vidro, apenas acenamos com a cabeça o cumprimentando de volta - Não quero ser intrometido, mas acho que vocês estão muito expostos conversando aqui - Completou ele, apontando com a cabeça para algumas pessoas que olhavam para o carro, certamente reconhecendo Tom.

- Está certo, vamos subir - Respondeu o garoto, abrindo a porta do carro.

- Eu estaciono, se você preferir - Disse o segurança. Tom o agradeceu, entregando as chaves para o mesmo e indo em direção ao elevador, passando pelo hall de entrada do hotel.

       Para minha infelicidade o elevador estava cheio, não havia a menor possibilidade de começar uma conversa ali e eu teria que esperar chegar até o quarto. Tom estava do outro lado e haviam várias pessoas entre nós, o garoto que ainda não havia olhado em meu rosto desde que saímos do portão de Brandemburgo estava com os olhos fixados no chão. De todas as vezes que estivemos nesse elevador, nunca havia demorado tanto para chegarmos ao nosso andar.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora