𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑿𝑿𝑿

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~ Tom

       Cheguei ao campus da universidade de Los Angeles e minha vontade era sair perguntando para todos se alguém havia visto Maria, mas o motorista me convenceu de que aquela não seria uma boa ideia, assim que eu saísse do carro eu seria reconhecido e as coisas ficariam difíceis, concordei e ele então se ofereceu para ir. Fiquei observando de longe enquanto o motorista conversava com algumas pessoas, então a vi. Maria estava saindo do campus acompanhada de uma garota. Ela parecia feliz, estava sorrindo, linda como sempre. Meu coração parecia querer saltar do peito quando a vi de longe.

  “Pelo menos não há nenhum garoto.” Pensei olhando em volta para ver em que direção as garotas estavam indo.
Tentei chamar a atenção do motorista buzinando algumas vezes, mas ele estava afastado demais para me ouvir e eu precisava ir atrás dela.

- Desculpa cara - Falei enquanto pulava para o banco do motorista.

       Maria e a garota haviam entrado num táxi, eu o seguiria até onde fosse para falar com ela. Quando notei que o táxi estava parando, parei a alguns metros, percebendo que haviam algumas pessoas esperando pelas garotas. Resolvi esperar até que Maria ficasse sozinha, a vi entrando no lugar que parecia ser um pub universitário ou um karaokê, não havia uma placa de identificação. Esperei por mais algum tempo, na esperança de que ela saísse em algum momento, mas era óbvio que ela não sairia. Desci do carro, indo até o lugar, estava escuro mas dava para ver que haviam muitas pessoas ali. “Vai ser difícil encontrá-la” Pensei. Entrei olhando ao redor, andando por entre todas aquelas pessoas, até que as luzes de um pequeno palco se acenderam, olhei naquela direção e lá estava ela, com um garoto ao seu lado, sorrindo enquanto uma música começava a tocar. Maria e aquele cara começaram a cantar juntos e era impossível não notar a forma como ele olhava para ela. Meus nervos estavam à flor da pele, “como aquele idiota se atreve a olhar daquela forma para a minha garota?” Pensei, serrando os punhos. Quando a música parou, respirei fundo e pensei que aquela seria a hora que Maria desceria daquele palco e eu iria até ela para conversarmos, mas o que eu vi a seguir foi como se alguém tivesse enfiado a mão em meu peito e arrancado meu coração para fora. O garoto puxou Maria para mais perto, a beijando. Eu queria me teletransportar para aquele palco e socar a cara daquele imbecil, esperei que Maria fizesse isso, mas ela não esboçou nenhuma reação, ao invés disso ficou parada, imóvel, como quem já esperava por aquilo. Naquele momento eu já estava tomado por uma raiva que me fazia tremer dos pés à cabeça, mas me lembrei da promessa que havia feito ao meu irmão, eu não a quebraria. Um silêncio se fez no meio de todo aquele barulho que havia antes, aproveitei este momento e bati palmas, fazendo com que todos olhassem em minha direção, inclusive os dois que estavam no palco, percebi que Maria ainda não havia me visto em meio àquela escuridão, andei então por entre as pessoas, até chegar ao meio onde estava iluminado, ainda batendo palmas, olhei em seus olhos, deixando transparecer toda a raiva e decepção que eu estava sentindo.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora