𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑿

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~ Maria

               Tom havia me convidado para assistir ao ensaio de sua banda, e me contou que seu irmão sabia sobre mim, fiquei pensativa sobre como as coisas estavam andando, mas apesar de ainda me sentir insegura por levarmos vidas totalmente diferentes, eu gostava de como me sentia quando estava com ele, Tom não se parecia nada com o que o descreviam nas revistas. Combinamos que ele me encontraria após o trabalho na cafeteria, mas eu jamais iria conhecer o irmão dele com cheiro de café e suor, fui até minha casa tomar um banho e me trocar, Tom me esperaria naquele jardim onde o levei a primeira vez que ele esteve aqui.


               - Eillen, estou saindo! - Gritei indo até a porta, tentando evitar o encontro com a garota que ( na minha cabeça) não sabia onde eu iria.

               - Onde é que você vai? Posso ir junto? Não estou trabalhando, pensei em sairmos juntas para um date de amigas, como nos velhos tempos - Falou vindo apressada até mim.

                -  Eu adoraria, mas podemos fazer isso outro dia? Agora tenho um compromisso na agência - Menti, rapidamente pegando meu casaco e abrindo a porta, sem conseguir olhar no rosto da garota que ficou parada sem me responder.

        Fui até o jardim em que Tom me esperava, e quando o avistei, ele estava inquieto, andando de um lado para o outro.

               - Você demorou - Disse o garoto, me olhando sério.

               - Você vai se chocar com o que eu vou te contar agora, porque sei que não é típico de vocês aqui, mas no meu país, costumamos tomar banho, sabe? E pasme, todos os dias! - Falei fingindo uma expressão de surpresa e rindo com deboche.

                - Que engraçadinha, olha como eu estou rolando de rir - Respondeu sendo sarcástico, e ficando sério logo em seguida, ele ainda parecia incomodado, ou bravo com alguma coisa.

                - Desculpa, foi uma piada boba, de mal gosto. -Disse sem graça, achando que esse era o motivo do incômodo de Tom.

                - Vamos, Bill detesta atrasos - Disse ele saindo em minha frente e indo até o carro.

        Dessa vez, Tom não fez questão de abrir minha porta como fez em todas as vezes até agora, um leve desconforto se instalou em meu estômago, eu sentia que algo estava errado, ficamos em silêncio até quase chegar ao destino. Enquanto dirigia, Tom não parava de olhar nos retrovisores, parecendo procurar algo ao redor do carro.

                  - Tom, está tudo bem? - Perguntei, não conseguindo me livrar daquele incômodo que ainda estava em meu estômago.

        Tom apenas me olhou sério e em seguida desviou o olhar, pressionando os dentes e marcando seu maxilar.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora