𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑿𝑿𝑽𝑰𝑰𝑰

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~ Maria

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~ Maria

       Tom ainda estava de pé, bem à minha frente. Tudo em minha volta ainda estava congelado, nós dois ainda nos olhávamos e parecia que a distância entre nós diminuía a cada segundo. Soltei minhas malas no chão e passei pelo segurança e pelas pessoas que ainda estavam na fila para a revista, Tom saiu de onde ele estava quando percebeu que eu iria até ele, passando por entre todos que estavam em sua frente ele correu em minha direção. Nos abraçamos tão desesperadamente que qualquer um a cem metros de distância poderia notar o quanto precisávamos daquele abraço. Tom colocou as mãos em meu rosto limpando minhas lágrimas enquanto as dele ainda caíam.

- Por favor, Maria, fique! Eu não consigo mais imaginar uma vida onde você não esteja presente - Falou, com a voz embargada entre soluços.

       “Dentro de instantes estaremos pousando no Aeroporto internacional de Los Angeles.
Mantenham os encostos da poltrona na posição vertical e suas mesas fechadas e travadas.
Observem os avisos luminosos de apertar cintos.”

         Ouvi o aviso do piloto, enquanto eu abria os olhos. Aquele havia sido o sonho mais real que eu já tinha tido, era como se eu conseguisse sentir cada toque de Tom e até o seu cheiro, mas a realidade era diferente, eu havia o deixado no aeroporto em Berlim, enquanto ainda nos olhávamos, limpei as lágrimas em meu rosto e virei as costas para ele indo até o portão de embarque. Dessa vez eu estava decidida, Tom não estragaria meu sonho da faculdade como estragou os meus sonhos na Alemanha.

~ Tom

       A garota que eu amava estava partindo diante dos meus olhos e eu não podia fazer nada. Maria foi embora sem olhar para trás. Por um instante enquanto nos olhávamos, acreditei que ela ficaria, seu olhar era o mesmo, ainda havia amor, mas pelo visto não era o suficiente para que ela não me deixasse.

- Como você não a impediu? Para que eu estou te pagando afinal? - Falei irritado com o segurança.

- Senhor, não havia como impedi-la, eu tentei atrasá-la a tempo de sua chegada, mas bem, o senhor a conhece melhor do que eu, ela percebeu imediatamente
- Respondeu.

- É, ela é orgulhosa e teimosa - Falei, parando por alguns segundos e pensando em Maria. Lembrar de seu rosto me deixava ainda mais perdido. Eu só queria não ter saído daquele quarto e nem ter ido àquela boate, era como se minha mente estivesse presa em um looping, me mostrando o quanto eu havia sido um idiota.

       Uma raiva incontrolável tomou conta de mim, chutei algumas latas de lixo que haviam espalhadas pelo saguão onde eu estava, andei de um lado para o outro pensando sobre o que eu deveria fazer naquele momento, mas a única coisa que eu conseguia sentir era uma fúria que tomava conta de mim.

- Como ela pôde desistir assim tão rápido depois de tudo? Como ela me deixou assim sem nenhum remorso depois de dizer que me amava? - Gritei ainda andando de um lado para o outro.

𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭Onde histórias criam vida. Descubra agora