~ Maria
Levar Tom até o quarto foi quase uma missão impossível, ele estava completamente fora de si e mal conseguia dar dois passos sem se desequilibrar, quando enfim chegamos, o garoto se sentou no sofá, repetindo sempre as mesmas palavras:
- Maria, você precisa me ouvir, eu posso te explicar! - Repetia, colocando as mãos em meu rosto e encostando nossas testas.
- Está bem, Tom. Mas você precisa de um banho e de um curativo antes - Respondi, apontando para o corte em sua mão.
- Nós vamos tomar banho? - Perguntou me olhando malicioso e sorrindo de canto.
- Não. Você vai! - Respondi, revirando os olhos e balançando a cabeça em negação.
- Ah, não! - Disse ele, encenando uma cara triste e me abraçando.
- Vamos, Tom! Você precisa mesmo de um banho - Falei, o afastando de mim e me levantando.
Estendi minha mão para ajudá-lo a se levantar e Tom me puxou, me fazendo sentar em seu colo e deixando nossos rostos colados. O garoto colocou uma de suas mãos em volta de minha cintura e com a outra mão segurava o meu rosto. Olhando em meus olhos, Tom disse:
- Amor, eu não sei mais existir sem você, eu não aguento mais essa distância.
- Tom, você está bêbado - Respondi, fechando meus olhos, me afastando e me levantando - Vamos! - O puxei para se levantar também.
O levei até o banheiro e fechei a porta, ficando do lado de fora. Ouvi o que parecia ser Tom esbarrando e caindo algumas vezes do lado de dentro.
- Você está bem? - Perguntei, quando um silêncio repentino se fez dentro do banheiro.
- Acho que preciso de uma ajuda aqui - Respondeu o garoto com a fala arrastada e as palavras saíram um tanto emboladas.
Entrei no banheiro e o ajudei a tirar sua camisa que era três vezes maior que ele. Tom me puxou pela cintura e encostou nossos narizes, nossos olhares se fixaram e nos olhamos nos olhos por alguns segundos, até que me afastei dele mais uma vez.
- Vai, garoto. Entra logo nesse banho! - Falei, um pouco irritada.
- Você é má! - Disse ele, encenando uma cara de triste e fazendo bico.
- Eu sou má? - Perguntei, me virando de costas para ele enquanto ele entrava no banho.
- Você é sim, não vê o quanto eu estou sofrendo? Ficar sem você me tortura, Maria. Eu não queria que as coisas fossem tão complicadas - Falou, respirando fundo.
- Eu também não, Tom - Respondi suspirando enquanto me encostava na parede e colocava as mãos no rosto.
Mesmo sabendo que Tom estava fora de si naquele momento, era impossível que as palavras dele não atingissem diretamente o meu coração. Apesar de todas as coisas que estavam sem explicação, eu sentia que Tom estava sendo sincero, ou talvez fosse só o meu coração se enganando mais uma vez.
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𝗪𝗛𝗘𝗡 𝗜 𝗟𝗢𝗦𝗘 𝗠𝗬𝗦𝗘𝗟𝗙 | 𝗧𝗢𝗠 𝗞𝗔𝗨𝗟𝗜𝗧𝗭
Fiksi Penggemar𝘈𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘴𝘪𝘵𝘶𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘪𝘯𝘶𝘴𝘪𝘵𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘴 𝘷𝘦𝘻𝘦𝘴 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘴 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘦 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘮 𝘥𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘤𝘦𝘣𝘪𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰𝘴 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴, 𝘵𝘢𝘭𝘷𝘦𝘻 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘪𝘨�...